[Notícia] Rio transforma o sonho olímpico em realidade e conquista os Jogos de 2016
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[Notícia] Rio transforma o sonho olímpico em realidade e conquista os Jogos de 2016
Rio transforma o sonho olímpico em realidade e conquista os Jogos de 2016
Em
uma sexta-feira histórica para o esporte brasileiro, candidatura
carioca supera as rivais Madri, Tóquio e Chicago na disputa em
Copenhague
É impossível prever quais serão os maiores atletas do planeta
daqui a sete anos. Possível, sim, é saber em que palco eles vão
brilhar: o Rio de Janeiro. Em uma sexta-feira histórica para o
esporte brasileiro, os cariocas conquistaram em Copenhague o
direito de sediar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.
Até a cerimônia de abertura no Maracanã, serão mais de 2.400
dias. Tempo de sobra para viver intensamente cada modalidade,
moldar novos ídolos e, acima de tudo, deixar a cidade ainda mais
maravilhosa. Superadas as rivais Madri, Tóquio e Chicago,
finalmente dá para dizer com todas as letras: a bola está com o Rio.
Quando o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques
Rogge, abriu o envelope com os cinco anéis olímpicos e anunciou
a vitória do Rio, foram duas explosões simultâneas de alegria.
Na Praia de Copacabana, a multidão que aguardava o resultado
soltou o grito e começou a comemorar sob uma chuva de papel picado.
Dentro do Bella Center, os integrantes da delegação brasileira
repetiram a festa de forma efusiva. Sem conter as lágrimas, Pelé
comandava a celebração, abraçando o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, o governador Sérgio Cabral, o prefeito Eduardo Paes e
os esportistas. Entre gritos e abraços, difícil era encontrar um
brasileiro que não estivesse chorando.
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A comitiva brasileira vibra na hora do anúncio: festa
verde-amarela no auditório em Copenhague
Enquanto isso, no Air Force One, Barack Obama já voltava para
casa, com as mãos vazias e uma decepcionante eliminação na
primeira rodada. A população japonesa, em sua maioria contra a
candidatura, pôde festejar a saída na segunda fase. Madri
avançou à final, mas não conseguiu emplacar duas Olimpíadas
seguidas na Europa. E a vitória brasileira sobre os espanhóis na
última rodada veio com sobras: 66 votos contra 32.
Na primeira fase, Chicago foi eliminada com apenas 18 votos.
Madri liderou a primeira parcial, com 28, seguida por Rio (26) e
Tóquio (22). A segunda etapa já teve o Rio bem na frente, com
46, contra 29 dos espanhóis e 20 dos japoneses, que saíram da briga.
O Brasil, que lutava há mais de uma década pelo
direito de sediar os Jogos, ganhou a disputa na lágrima, da
mesma forma como costuma festejar suas conquistas em cima do
pódio em competições mundo afora. Com uma apresentação marcada
pelo tom emotivo nesta sexta-feira, o Rio deu a cartada final
para convencer os integrantes do Comitê Olímpico Internacional a
plantar o movimento olímpico na América do Sul pela primeira
vez. A estratégia funcionou bem
A vitória, na verdade, começou bem antes disso. Após duas
tentativas frustradas para as edições de 2004 e 2012, o projeto
de 2016 teve o mérito de unir as três esferas de governo. Além
disso, a comitiva incluiu não apenas o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, mas um rol de astros esportivos como Pelé, Cesar
Cielo, Guga e Torben Grael.
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O presidente do Comitê Olímpico, Jacques Rogge,
anuncia o Rio como cidade vencedora
Quando foram anunciadas as eliminações prematuras de Chicago e
Tóquio, o Rio sabia que teria, na última rodada de votação, um
adversário de peso. No relatório técnico do COI, Madri ficou à
frente dos cariocas. Na hora da decisão, contudo, os votantes
mudaram de opinião.
Quando o Brasil ainda estava na madrugada,
começaram as apresentações. A
primeira cidade a falar para os integrantes do Comitê
Olímpico foi Chicago. O presidente Barack Obama, que
tinha chegado algumas horas antes, reforçou o discurso de “uma
América de portas abertas para o mundo”. A apresentação foi
pragmática e ainda passou por um momento de saia justa, quando o
paquistanês Syed Shahid Ali, membro do COI, questionou a
dificuldade que alguns estrangeiros têm para conseguir visto de
entrada nos Estados Unidos. Enfático, Obama afirmou que acredita
num país mais receptivo ao mundo. Mas não terá os Jogos de 2016
para provar a tese.
Na apresentação
de Tóquio, o premiê Yukio Hatoyama estava desconfortável
por ter que discursar em inglês. Diante da preocupação do COI
com o meio ambiente, os japoneses tentaram convencer os votantes
de que poderiam fazer os Jogos mais ecológicos da história.
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Na Praia de Copacabana, milhares de cariocas estendem
o bandeirão para festejar a vitória
O Brasil
entrou em cena na terceira apresentação, batendo na
tecla de que a América do Sul merecia a chance de, enfim, sediar
o evento. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles,
chegou a citar o pré-sal como trunfo verde-amarelo. O governador
Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes reforçaram o elo entre
todas as esferas políticas. Mas foi a emoção que deu o tom dos
discursos. A jovem Bárbara Leôncio, do atletismo, não conteve as
lágrimas enquanto sua imagem aparecia no telão. E o presidente
Lula resumiu o espírito da candidatura ao citar a paixão
brasileira pelo esporte: “Chegou a hora.”
Madri
veio em seguida e surpreendeu. A capital espanhola
mostrou um projeto seguro e confiável, até em um de seus pontos
fracos: o controle de doping - a comitiva levou a Copenhague uma
carta com garantias da Agência Mundial Antidoping (Wada). Com
77% das instalações para 2016 já construídas, Madri apresentou
uma candidatura de poucos riscos. “É a decisão segura”, afirmou
o presidente do governo espanhol, José Luis Zapatero.
Em vez da segurança espanhola, venceu a emoção brasileira. Até 2016.
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Em
uma sexta-feira histórica para o esporte brasileiro, candidatura
carioca supera as rivais Madri, Tóquio e Chicago na disputa em
Copenhague
É impossível prever quais serão os maiores atletas do planeta
daqui a sete anos. Possível, sim, é saber em que palco eles vão
brilhar: o Rio de Janeiro. Em uma sexta-feira histórica para o
esporte brasileiro, os cariocas conquistaram em Copenhague o
direito de sediar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.
Até a cerimônia de abertura no Maracanã, serão mais de 2.400
dias. Tempo de sobra para viver intensamente cada modalidade,
moldar novos ídolos e, acima de tudo, deixar a cidade ainda mais
maravilhosa. Superadas as rivais Madri, Tóquio e Chicago,
finalmente dá para dizer com todas as letras: a bola está com o Rio.
Quando o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques
Rogge, abriu o envelope com os cinco anéis olímpicos e anunciou
a vitória do Rio, foram duas explosões simultâneas de alegria.
Na Praia de Copacabana, a multidão que aguardava o resultado
soltou o grito e começou a comemorar sob uma chuva de papel picado.
Dentro do Bella Center, os integrantes da delegação brasileira
repetiram a festa de forma efusiva. Sem conter as lágrimas, Pelé
comandava a celebração, abraçando o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, o governador Sérgio Cabral, o prefeito Eduardo Paes e
os esportistas. Entre gritos e abraços, difícil era encontrar um
brasileiro que não estivesse chorando.
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A comitiva brasileira vibra na hora do anúncio: festa
verde-amarela no auditório em Copenhague
Enquanto isso, no Air Force One, Barack Obama já voltava para
casa, com as mãos vazias e uma decepcionante eliminação na
primeira rodada. A população japonesa, em sua maioria contra a
candidatura, pôde festejar a saída na segunda fase. Madri
avançou à final, mas não conseguiu emplacar duas Olimpíadas
seguidas na Europa. E a vitória brasileira sobre os espanhóis na
última rodada veio com sobras: 66 votos contra 32.
Na primeira fase, Chicago foi eliminada com apenas 18 votos.
Madri liderou a primeira parcial, com 28, seguida por Rio (26) e
Tóquio (22). A segunda etapa já teve o Rio bem na frente, com
46, contra 29 dos espanhóis e 20 dos japoneses, que saíram da briga.
O Brasil, que lutava há mais de uma década pelo
direito de sediar os Jogos, ganhou a disputa na lágrima, da
mesma forma como costuma festejar suas conquistas em cima do
pódio em competições mundo afora. Com uma apresentação marcada
pelo tom emotivo nesta sexta-feira, o Rio deu a cartada final
para convencer os integrantes do Comitê Olímpico Internacional a
plantar o movimento olímpico na América do Sul pela primeira
vez. A estratégia funcionou bem
A vitória, na verdade, começou bem antes disso. Após duas
tentativas frustradas para as edições de 2004 e 2012, o projeto
de 2016 teve o mérito de unir as três esferas de governo. Além
disso, a comitiva incluiu não apenas o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, mas um rol de astros esportivos como Pelé, Cesar
Cielo, Guga e Torben Grael.
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O presidente do Comitê Olímpico, Jacques Rogge,
anuncia o Rio como cidade vencedora
Quando foram anunciadas as eliminações prematuras de Chicago e
Tóquio, o Rio sabia que teria, na última rodada de votação, um
adversário de peso. No relatório técnico do COI, Madri ficou à
frente dos cariocas. Na hora da decisão, contudo, os votantes
mudaram de opinião.
Quando o Brasil ainda estava na madrugada,
começaram as apresentações. A
primeira cidade a falar para os integrantes do Comitê
Olímpico foi Chicago. O presidente Barack Obama, que
tinha chegado algumas horas antes, reforçou o discurso de “uma
América de portas abertas para o mundo”. A apresentação foi
pragmática e ainda passou por um momento de saia justa, quando o
paquistanês Syed Shahid Ali, membro do COI, questionou a
dificuldade que alguns estrangeiros têm para conseguir visto de
entrada nos Estados Unidos. Enfático, Obama afirmou que acredita
num país mais receptivo ao mundo. Mas não terá os Jogos de 2016
para provar a tese.
Na apresentação
de Tóquio, o premiê Yukio Hatoyama estava desconfortável
por ter que discursar em inglês. Diante da preocupação do COI
com o meio ambiente, os japoneses tentaram convencer os votantes
de que poderiam fazer os Jogos mais ecológicos da história.
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
Na Praia de Copacabana, milhares de cariocas estendem
o bandeirão para festejar a vitória
O Brasil
entrou em cena na terceira apresentação, batendo na
tecla de que a América do Sul merecia a chance de, enfim, sediar
o evento. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles,
chegou a citar o pré-sal como trunfo verde-amarelo. O governador
Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes reforçaram o elo entre
todas as esferas políticas. Mas foi a emoção que deu o tom dos
discursos. A jovem Bárbara Leôncio, do atletismo, não conteve as
lágrimas enquanto sua imagem aparecia no telão. E o presidente
Lula resumiu o espírito da candidatura ao citar a paixão
brasileira pelo esporte: “Chegou a hora.”
Madri
veio em seguida e surpreendeu. A capital espanhola
mostrou um projeto seguro e confiável, até em um de seus pontos
fracos: o controle de doping - a comitiva levou a Copenhague uma
carta com garantias da Agência Mundial Antidoping (Wada). Com
77% das instalações para 2016 já construídas, Madri apresentou
uma candidatura de poucos riscos. “É a decisão segura”, afirmou
o presidente do governo espanhol, José Luis Zapatero.
Em vez da segurança espanhola, venceu a emoção brasileira. Até 2016.
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