O Problema do Mal - Um pouco de filosofia...

O mal no mundo não é um problema somente religioso. É um problema antropológico, universal. A resposta para o problema do mal não é tarefa apenas da Teologia, ela poderá ser uma resposta religiosa ou não, isto é, a Teologia poderá também dizer algo.
O mal é um foto, quer seja ele acaso, ou provocado. Porém qual é a causa ou o causador? Existe a possibilidade de eliminação do mesmo?
Teologicamente, sugerimos iniciar a reflexão com Epicuro e seu famoso dilema: “Ou Deus quer eliminar o mal do mundo, mas não pode; ou pode, mas não quer; ou não pode e nem quer; ou pode e quer. Ora, se Deus quer e não pode, é impotente; se pode e não quer, não nos ama; se não quer e nem pode, é mau e impotente; se pode e quer, de onde vem o mal? Por que Deus não elimina?”
Vejamos... O dilema de Epicuro se apóia na hipótese de um mundo sem mal, o que julgamos ser impossível, por causa da finitude do mundo. Tudo aquilo que é finito é imperfeito porque é finito.
O segundo argumento para explicar o mal no mundo, é que Deus não pode fazer o contraditório. Deus não pode fazer um círculo quadrado, por exemplo. Deus não pode algo contra a limitação da natureza, como um cientista não pode ensinar a teoria da relatividade para o seu filho de um ano, mesmo que esse cientista saiba tudo sobre as leis da ciência. Portanto, onde há limitação há mal.
São Paulo sustenta que há algo desconcertante na existência humana em Romanos 7,14-24 (fazemos o mal que não queremos e não fazemos o bem que queremos).
Não é possível que exista uma pessoa santa, sem nenhum mal, sem nenhum pecado. E se fosse possível, para os cristãos, esvaziaria a necessidade da redenção de Cristo. Cristo não seria necessário.

Qual sua opinião sobre o parágrafo em destaque?