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Livro: Antes do Baile Verde

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Mensagem por Johnny-Five (J5) 06/08/11, 09:46 pm

Obs: No total são 18 contos.

Os
objetos



É o primeiro conto e narra o diálogo
entre o marido Miguel (protagonista, jovem, infantil e tem desequilíbrio
emocional) e sua mulher Lorena (antagonista,
desatenciosa e
desprezível
) sobre os
objetos comprados, os seus valores e suas representações. Como o peso de papel
que só tem função se está sobre papéis, um anjinho que só tem valor quando
tocado, pois ganha vida e uma adaga que só tem função quando cravada em um
peito. Depois, Miguel pergunta a Lorena
se tem biscoitos para o chá, Lorena responde negativamente, logo o seu marido
diz que vai comprar biscoitos pra ela. Quando ele estava prestes a entrar no
elevador, Lorena pergunta se ele sabe onde está a adaga árabe, e ele diz que
está com ele. Ao chegar ao térreo, Miguel se depara com o porteiro do prédio e
cordialmente com a expressão de bom dia e a pergunta se ele vai passear. Por fim, ele olha e não diz nada, apenas
apressa os seus passos na direção da rua (Clímax).



Verde
lagarto amarelo



Fala sobre dois irmãos, o caçula
Rodolfo (“antagonista” sempre foi o preferido da mãe, e o mais velho vivia a
serviço do querer dele por intervenção da mãe) o mais velho Eduardo
(“protagonista” sempre mais calado e quieto cresceu e vivia sozinho). A única
coisa que sentia ter como sua era a escrita, ele era escritor. Já Rodolfo era
casado, animado. Foi numa visita que fez ao irmão que lhe declarou também
ter escrito um romance (Clímax),
roubando assim a única coisa pertencente
ao irmão mais velho.



Apenas
um saxofone



É a história de uma mulher
(“protagonista” velha, rica e amargurada). Tinha um homem rico que a
sustentava, um jovem que lhe satisfazia e um professor espiritual com quem
dormia. Possuía jóias, tapetes e uma mansão, no entanto vivia infeliz. Vivia na
saudade do seu grande amor, um saxofonista (dedicado, amoroso cheio de paixão)
que se dedicara a ela completamente, ela era a música dele. Ele tocava com
paixão o saxofone e assim mantinha a mulher. Mas a relação se desgastou a
ponto dele ir embora enojado (Clímax).
E assim ela vivia só com a
lembrança.






Helga


Fala de Paulo (antagonista, doentio,
ambicioso e filho de um brasileiro e uma alemã) que morava no sul do Brasil e
passou a viver em férias na Alemanha, logo assumindo uma vida alemã. Em uma das
férias passou pela guerra, não seria mais aceito no Brasil. Vivia ali de uma
espécie de tráfico de alimentos. Foi lá que conheceu Helga (protagonista, bela,
alemã e tinha uma cara perna ortopédica devido à guerra) foi por quem se
apaixonou. Chegou a noivar, o pai dela propôs que iniciassem o tráfico de
penicilina, mas faltava o investimento inicial. Foi assim que ele casado com
Helga roubou-lhe a perna ortopédica e desapareceu voltando, tempos depois, rico
para o Brasil. (Clímax).

O moço do saxofone



Narra a história de um chofer de
caminhão (“protagonista” meio malandro e estressado) que se instalou em uma
pensão. Nela viviam inúmeros anões e uma mulher (“antagonista”, uma vadia) com
seu marido (triste por ser corno) que era saxofonista, um homem traído e
conformado. Na pensão havia quartos separados, quando a esposa estava com outro
homem o marido tocava o saxofone de uma forma deprimente, isso incomodava de
mais o chofer. Quando ele se encontrou com a mulher do saxofonista marcaram
um encontro (Clímax).
Ela explicou qual era a porta, no entanto quando ele
chegou teve com o saxofonista, conformado como era indicou a direção e ao ser
questionado do por que não fazia nada afirmou que tocava o saxofone. Com isso o
chofer partiu da pensão.



Antes
do baile verde



Narra a preparação de Tatisa
(antagonista,
jovem, irresponsável, mesquinha e egoísta) para o carnaval. Com ajuda da sua
empregada Luzinha (protagonista, meiga, racional e um pouco egoísta) pregavam,
nos últimos minutos, as lantejoulas na saia da moça, nesse momento a empregada
se inquietava, pois iria se atrasar para o encontro com seu homem e também
discutiam o fato do estado de saúde do pai de Tatisa, que não era nada bom. Ainda
antes de sair, a menina duvidosa da proximidade da morte do pai, desejava ir ao
baile. Assim, as duas saíram à porta deixando o pai de Tatisa desfalecendo
(Clímax).



A
caçada



O conto fala de um homem
(protagonista, características não divulgadas no conto) que visita uma loja de
antiguidades onde ele conversa com a vendedora



(protagonista, características não
divulgadas no conto) e encontra no fundo da loja uma tapeçaria velha onde tem
uma lembrança que não reconhece. E por conta disso volta pra casa e tenta
dormi, mas acaba sonhando que está dentro da imagem do tapete velho e acorda
desesperado. No outro dia ele volta a loja de antiguidades para rever a imagem
então se torna preso à imagem e se sente como personagem da caçada. Mas esse
era o problema ele não sabia se era a caça ou o caçador, então ele cai pondo a
mão em cima do peito em direção ao coração. (Clímax).



A
chave



Fala de um casamento saturado, onde
Tomás (antagonista, senhor com 59 anos de idade) e sua mulher Magô
(protagonista, jovem com 28 anos de idade) se arrumam para um jantar, enquanto
ele insatisfeito reclama e pensa na inutilidade desses jantares e no quanto
gostaria de ficar ali dormindo.



Por fim, Tomás sente o peso da idade e
dá a chave a Magô, permitindo que ela vá sozinha para o jantar (Clímax).

Meia noite em ponto em Xangai



Narra a noite de uma cantora (protagonista,
loira) que alcança o momento de brilho de sua carreira em um concerto na China.
Recebe em casa, depois do show, a visita de Mister Stevenson seu empresário
(protagonista, características não divulgadas) e conversam sobre a carreira
dela e sobre a desumanidade dos empregados dali. Porém, depois que o
empresário se vai a cantora junta a seu cachorrinho e se aterrorizam com a
escuridão e com o desaparecimento de seu empregado chamado Wang
(antagonista,
alto, magro, entre 30 e 50 anos de idade) que aparentemente mata a cantora
(Clímax).



A
janela



Narra a conversa entre um homem
(protagonista, alto, magro, cabelos grisalhos com reflexos de prata) e uma
mulher (antagonista, fumante, atenciosa, vestia uma roupa larga). O homem chega
ao quarto da mulher, se aproxima da janela dizendo que seu filho morrera ali e
que na janela havia uma roseira que seu filho amava. A mulher o questiona, mas
ele pouco responde, preso à lembrança do filho. A mulher então lhe oferece
um refresco ao que ele aceita, mas quando ela retorna ao quarto vem acompanhada
de médicos, ele lhe pergunta o motivo e sem necessidade da camisa de força os
médicos o levam embora (Clímax).



Um
chá bem forte e três xícaras



Fala da espera de Maria Camila
(“protagonista” Calma, mas triste), enquanto observa uma nova borboleta em uma
rosa, por sua convidada ao chá, uma jovem de 18 anos (Clímax)
(bonita que trabalha com seu marido).
A Matilde (empregada de Maria Camila) que está com ela pergunta se tal moça é a
que liga atrás do patrão e ela afirma que sim. Depois, limpando as lágrimas, a
mulher caminha até o portão para receber a jovem que vem chegando, enquanto a
empregada vai buscar o chá e três xícaras, caso o patrão venha também.



O
jardim selvagem



O conto começa com uma garotinha
(protagonista, características não divulgadas no conto) relembrando os dias em
que o seu tio chamado Ed (protagonista, características não divulgadas no
conto) se casou com Daniela (antagonista, características não divulgadas no
conto) as escondidas, que era de início comparada com um jardim selvagem. A
princípio, em confidência com a sobrinha, a Tia Pombinha (protagonista,
características não divulgadas no conto), irmã de Ed, desaprova o casamento,
dizendo que Daniela vive constantemente com uma luva em uma das mãos a qual ninguém
vê. No entanto, depois de conhecê-la a acha um amor. Depois de um tempo a
empregada da casa conta à sobrinha de Ed que viu Daniela matar o cachorro da
casa com um tiro na cabeça, por ele estar doente e que ela afirmava que só lhe
poupou da dor que a doença lhe causava. Dias depois chegou a notícia que Ed
estava doente e, mais tarde, que ele se matara com um tiro na cabeça (Clímax).



Natal
na barca



Narra o diálogo de uma senhora
(protagonista, características não divulgadas no conto) com uma mulher (protagonista,
características não divulgadas no conto) em uma barca que cruza o rio no dia de
natal. A mulher trás no colo o filho doente a quem está levando ao médico,
durante a viagem ela conta a senhora de como perdeu o filho mais novo quando
ele pulou do muro intencionado voar e como o marido a abandonou mandando uma
carta depois. A senhora, sem saber o que dizer, arruma a manta do bebê e
percebe que ele estava morto, nesse ponto a embarcação chega e ela se precipita
pra descer não querendo ver a dor da mulher (Clímax).
Porém, assim que
descem o bebê acorda e a senhora vê a mãe e a criança partirem.



A
ceia



O conto se trata da despedida de dois
amantes em um restaurante. Os dois se sentam em uma mesa as escuras onde se
podia enxergar as estrelas. A mulher chamada Alice (protagonista,
características físicas não apresentadas no conto desesperada e apaixonada)
tristemente suplica para que o homem chamado Eduardo (protagonista,
características não apresentadas no conto) a visite, mas ele afirma que acabou.
No entanto, diz que foi bom durante todo o tempo e não quer romper como
inimigos. Ela assume um ar sarcástico e o questiona sobre a noiva, mas no
final ela pede pra que ele vá embora e a deixa sozinha, partindo sozinha.
(Clímax).



Venha
ver o pôr-do-sol



Fala da história de um casal que
depois de um tempo que já haviam rompido o relacionamento, devido às súplicas
do homem se reencontram. Ricardo (antagonista, magro, cabelos crescidos e
desalinhados, jeito jovem de estudante) marca um encontro no cemitério, Raquel (protagonista,
bonita, fumante, perfumada e ingênua) vai relutante e assim conversando ele a
conduz até o jazigo que dizia ser de sua família. Ele a leva até lá a fim de
mostrar, no túmulo, a fotografia da sua prima que tinha olhos parecidíssimos
com os de Raquel. Quando entra no jazigo Raquel vê que a data da morte da
moça era muito antiga para ter sido prima de Ricardo, mas a esse ponto ele já
havia fechado o jazigo, trancou até a fechadura e depois foi embora, enquanto
crianças brincavam na rua (Clímax).



Eu
era mudo e só



Fala sobre um homem (“protagonista”
oprimido e triste) pelo casamento que o afastou dos amigos. Fernanda
(“antagonista” sua mulher, criada na perfeita educação das aparências), também
passa isso para Gisela (filha do casal). Ele abandonara o jornalismo e se
tornara sócio do sogro no ramo de máquinas agrícolas apenas para manter o
padrão que Fernanda exigia (Clímax).



As
Pérolas



O tema
é um diálogo entre Tomás (protagonista) e Lavínia (protagonista). O que gera a
tensão no conto é o fato de Tomás estar doente, e ambos sabem que a morte de
Thomás está próxima. Lavínia preocupa-se com o estado de saúde de Tomás. Ele
sabe que a situação entre Lavínia e Roberto (protagonista) irá mudar depois
dessa noite, depois do encontro que acontecerá. Seria o primeiro segredo entre
os dois. E essa certeza deixa Thomás desesperado, e acaba gritando, mas o grito
de angústia não é verbalizado, fica apenas dentro da mente de Tomás.



Tomás
percebe que não pode escapar da morte. E então Lavínia e Roberto ficarão juntos.
Entretanto, ele pode se permitir uma pequena maldade, a subtração de um detalhe
importante na cena, o colar de pérolas que Lavínia usou no casamento e que
pretende usar no jantar dessa noite. No fim, Tomás decide aceitar os fatos e
entrega o colar à sua mulher. (Clímax).



O
Menino



Narra a ida do menino (”protagonista”
considerado pela mãe um nenê) sua



mãe (“antagonista” a mais linda do
bairro) ao cinema. Enquanto caminha ele vai orgulhoso por causa da beleza de
sua mãe. Quando chegam ao cinema, ela, que caminhara apressada na rua, se
demora na porta do cinema e manda o menino comprar doces. Finalmente entram na
sala e passam por muitos acentos com vaga para duas pessoas até que chegam a um
com lugar para três. O filme começa e o menino reclama da enorme cabeça na sua
frente, ele tenta mudar de lugar, mas a mãe não deixa, até que se senta na
cadeira vaga um homem. Depois de alguns momentos a cabeça que o atrapalhava
sai do acento e nessa hora ele vê a mãe de mãos dadas ao estranho do lado
(Clímax).
Daí para frente à imagem da mão branca da mãe e da mão morena do
homem o perturba. Pouco antes do fim do filme o homem parte. Ele e a mãe vão
embora, ela alegremente. Chegando a casa encontram o pai e o menino então
chora.


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Johnny-Five (J5)
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