Seleção da Libertadores da América de 2011

Finalizada mais uma Copa Libertadores e o troféu segue no Brasil. Teve apenas que pegar a estrada de Porto Alegre à Baixada Santista.

A seleção da Libertadores em 2011 reúne jogadores dos quatro semifinalistas.

Nota triste para o Cruzeiro, que arrebentou na primeira fase, mas caiu longe do título e os gols do artilheiro Wallysson acabaram sendo em vão. O Santos, ao contrário, acelerou no mata-mata, levou o título e fica com cinco vagas na seleção.

Com um jogo mais coletivo do que com brilhos individuais, o Peñarol emplacou o treinador e dois jogadores. Time com futebol mais vistoso do torneio, o Velez podia ter até mais vagas, mas, fora da decisão, perdeu espaço. O Cerro liderou um grupo difícil na primeira fase e só foi cair diante do Santos, embora tenha tentado dificultar a vida.

Veja como ficou a seleção:

Goleiro: RAFAEL (Santos)
- apesar de jovem, passou muita segurança para a defesa santista. A atuação contra o América-MEX foi essencial para a classificação do Santos. Em Montevidéu, evitou também alguns problemas para o jogo da volta.

Lateral-direito: Iván PIRIS (Cerro Porteño)
- já era destaque na campanha do Cerro quando se proclamou “o melhor marcador do continente”. No Pacaembú, conseguiu manter a fama contra Neymar. Em Assunção, não deu. Mas, tudo bem, perder para o Neymar não é demérito.

Zagueiro: Carlos VALDEZ (Peñarol)
- ficou fora de alguns jogos, mas foi importantíssimo para a defesa do finalista. Muito experiente, apesar dos 28 anos, voltou em boa forma ao Peñarol. Mais seguro que o esquentadinho companheiro de zaga Guillermo Rodriguez.

Zagueiro: DURVAL (Santos)
- foi tão bem no torneio, que quis dar até mais emoção à decisão. Foi muito regular, tendo algumas apresentações muito boas.

Lateral-esquerdo: Emiliano PAPA (Velez)
- uma das melhores opções do time argentino para chegar ao ataque. Voltou a estar na forma futebolística que chamou a atenção de Maradona quando ele dirigia a Seleção Argentina.

Volante: DANILO (Santos)
- seja no meio-campo, seja na lateral, esteve sempre bem. Fôlego para marcar e chegar ao ataque, qualidade no passe ou até mesmo nas finalizações, como mostra o gol decisivo na quarta-feira.

Volante: AROUCAS (Santos)
- a letra “s” acima não é fruto de um erro de digitação. Apenas um justo reconhecimento a todos os Aroucas que jogam no Santos. Porque não é possível que ele seja um só e consiga estar em tantos lugares ao mesmo tempo.

Meia: Jonathan FABBRO (Cerro Porteño)
- a vaga é do Ganso, mas ele emprestou a camisa para o meia argentino do Cerro, já que ficou de fora de boa parte dos jogos decisivos do torneio. Não é um jogador excepcional, mas fez uma bela Libertadores e foi importantíssimo para o semifinalista.

Meia-atacante: Alejandro MARTINUCCIO (Peñarol)
- Tá certo, foi anulado nas duas finais, mas o time só conseguiu a façanha em Porto Alegre porque ele jogou muito. Depois, foi muito bem novamente contra o Universidad Católica. Na semifinal, contra o Velez, alguns lampejos, que se apagaram de vez na final.

Atacante: Juan Manuel MARTINEZ (Velez)
- o cara joga demais. Tem habilidade, sabe criar oportunidades e é bom finalizador. Junto com Moralez, marca a diferença no bom time do Velez.

Atacante: NEYMAR (Santos)
- já está na lista do “esse eu vi jogar” de todos nós. Aos 19 anos, mantém o atrevimento de garoto com a tranquilidade de um veterano. É marcado de perto e joga bem. Apanha e joga ainda melhor. Perigo iminente em todas as vezes que toca na bola. Enfim, foi o craque desta Copa Libertadores.

Técnico: Diego AGUIRRE (Peñarol)
- poderia muito bem ser Muricy, que deu rumo ao desorientado barco santista. Importância incontestável à parte, quem tem Neymar e Ganso sempre está mais próximo da taça. Por isso, vale dar este mérito para Diego Aguirre, que levou à decisão um time inegavelmente limitado, mas muito consciente do que devia fazer em campo.

Fonte: GE