Exclusivo: Washington fala sobre sua decisão de encerrar carreira no futebol
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Exclusivo: Washington fala sobre sua decisão de encerrar carreira no futebol
Férias definitivas. Depois de 20 anos de carreira, Washington surpreendeu a imprensa e a torcida e anunciou sua aposentadoria. Ele já estava, inclusive, treinando com os companheiros na pré-temporada do Fluminense. Na coletiva em que fez o anúncio, ele não foi muito claro, mas para o repórter Thiago Asmar, do "Esporte Espetacular", ele abriu o coração e disse que os problemas cardíacos foram definitvos.
- A idade já não é mais a mesma e daqui a pouco vou forçar uma coisa que pode ser prejudicial não agora, mas no futuro. De repente não vale à pena, por um ano a menos, um ano a mais, não vale à pena. E ainda vou terminar por cima, campeão do brasileiro, o campeonato mais difícil do mundo.
Problema de saúde
Washington, que se considera um exemplo não só dentro de campo mas também fora dele ganhou o apelido "Coração Valente" em função de um episódio marcante. Em 2003, quando jogava no Fenerbahçe, da Turquia, um exame de rotina mostrou a obstrução quase total de uma das artérias de seu coração. Alguns médicos disseram que o atacante teria que parar de jogar com 27 anos. Acabou dispensado do clube, mas não desistiu:
- Nunca pensei que fosse parar. Acho que foi essa minha vantagem de continuar. Eu falei, vou voltar a jogar, aconteça o que acontecer, doa a quem doer.
Depois disso, o atacante passou por duas cirurgias cardíacas e precisou de muita coragem para voltar a jogar pelo Atlético-pr. Teve que assinar um termo de compromisso com o clube, afirmando ter consciência dos riscos que corria. Dali sairia sua recompensa durante um clássico contra o Paraná Clube, pelo Campeonato Paranaense. Em sua reestreia, veio o gol mais especial da carreira de Washington que ganhou até nome:
- Foi a minha volta por cima do futebol depois de um ano e dois meses parado. Inclusive, muitos torcedores do Paraná aplaudiram aquele gol, que é chamado de o "gol da vida". Ganhamos de três a zero e eu fiz o primeiro gol. Até me ajoelhei no meio de campo, ali veio um filme, porque muitos falaram que eu não voltaria a jogar.
Depois do apelido de "Coração Valente'', Washington conta que passou a comemorar gol batendo no peito, no coração, e isso se tornou sua marca registrada.
Final contra LDU
Washington é o maior artilheiro da história de uma edição do Campeonato Brasileiro. No ano da volta, 2004, fez 34 gols pelo Atlético-PR. Em 2010, conquistou um título, o mais importante de sua vida, vestindo a camisa do Fluminense. Mas foi com o mesmo Tricolor Carioca que o atacante vivenciou a maior frustração da carreira ao perder nos pênaltis para a LDU, do Equador, na final da Taça Libertadores.
- Ali foi um dos momentos mais difíceis da minha carreira, um jogo fatídico. A gente foi vivendo um grande momento, melhor campanha da Libertadores. Como eu gostaria de ter comemorado, ter dado esse título pra torcida do Fluminense. Ela merecia.
Na disputa de pênaltis, Washington era o último cobrador. Toda esperança estava nos pés dele, que acabou morrendo nas mão do goleiro cevallos.
- Foi uma sensação horrível. se eu pudesse me enfiar ali debaixo da terra, eu me enfiava ali mesmo. E o pior é que os três melhores cobradores do time, eu, Conca e Thiago Neves, perdemos, era pra acontecer.
Ausência na Copa do Mundo de 2002
Outra frustração na carreira do artilheiro foi não ter sido convocado por Felipão para o Mundial da Ásia em 2002, quando o Brasil foi pentacampeão do mundo.
- Modéstia à parte, eu cheguei à Seleção, disputei a Copa das Confederações, disputei amistosos e quase cheguei à Copa do Mundo em 2002, que, pra mim, era o meu ano. Na época, eu jogava na Ponte Preta, tinha sido artilheiro da Copa do Brasil, do Paulista, fui vice-artilheiro do Brasileiro. Fui o atacante que mais marcou gols naquele ano. Então, eu tinha números pra isso. Mas aí foi escolha do Felipão, a gente respeita. Mas aquele era o meu ano, poderia ter tido a minha chance.
Fim da carreira
Aos 35 anos, 20 deles no futebol, Washington anunciou sua despedida dos gramados. Na coletiva de imprensa ainda com os jogadores do Fluminense concentrados para pré-temporada, o atacante deu a notícia. Logo após, suas duas filhas, Catarina, de 3 anos, e Ana Beatriz, de 8, o abraçaram como se tentassem defender o pai do assédio da imprensa. Aquele episódio, segundo ele, foi uma surpresa:
- Elas não estavam no Rio, estavam de férias em Aracaju com meu pai. Eu vim pra A pré-temporada e acabei tomando a decisão. Não sabia de nada. Minha esposa, junto com meu assessor e meu empresário fizeram essa surpresa trazendo toda a família. Eu já estava emocionado, anunciando que estava parando, e vejo aquela galera e as duas vindo me abraçar. Ali eu falei, agora, vocês querem me matar do coração mesmo. Se não morri dentro de campo, vou morrer fora.
Washington diz que, como todo jogador de futebol, parou contra a vontade, mas que a família pesou em sua decisão:
- Fiquei dois, três dias pensando, conversei com a família, ela falou que realmente eu já tinha conquistado muitas coisas até mesmo depois dos problemas do coração.
Hoje, sua meta é continuar como empresário de jogadores de futebol e também de cantores sertanejos. Para o campeão brasileiro de 2010, o que vai deixar mais saudades é ouvir a torcida gritando, festejando o gol, a comemoração. Para ele, não tem dinheiro que pague essa emoção.
- Em 2008, fui artilheiro do Brasileiro pelo Fluminense e depois, pra coroar, veio o título nacional. Foi tão pouco tempo no fluminense, mas com momentos tão maravilhosos, tão intensos. Eu me sentia muito ligado à torcida, à história do clube.Aquela torcida vestiu tão bem em mim e eu sempre vesti com orgulho, com honra de representar uma nação
fonte:Globoesporte
- A idade já não é mais a mesma e daqui a pouco vou forçar uma coisa que pode ser prejudicial não agora, mas no futuro. De repente não vale à pena, por um ano a menos, um ano a mais, não vale à pena. E ainda vou terminar por cima, campeão do brasileiro, o campeonato mais difícil do mundo.
Problema de saúde
Washington, que se considera um exemplo não só dentro de campo mas também fora dele ganhou o apelido "Coração Valente" em função de um episódio marcante. Em 2003, quando jogava no Fenerbahçe, da Turquia, um exame de rotina mostrou a obstrução quase total de uma das artérias de seu coração. Alguns médicos disseram que o atacante teria que parar de jogar com 27 anos. Acabou dispensado do clube, mas não desistiu:
- Nunca pensei que fosse parar. Acho que foi essa minha vantagem de continuar. Eu falei, vou voltar a jogar, aconteça o que acontecer, doa a quem doer.
Depois disso, o atacante passou por duas cirurgias cardíacas e precisou de muita coragem para voltar a jogar pelo Atlético-pr. Teve que assinar um termo de compromisso com o clube, afirmando ter consciência dos riscos que corria. Dali sairia sua recompensa durante um clássico contra o Paraná Clube, pelo Campeonato Paranaense. Em sua reestreia, veio o gol mais especial da carreira de Washington que ganhou até nome:
- Foi a minha volta por cima do futebol depois de um ano e dois meses parado. Inclusive, muitos torcedores do Paraná aplaudiram aquele gol, que é chamado de o "gol da vida". Ganhamos de três a zero e eu fiz o primeiro gol. Até me ajoelhei no meio de campo, ali veio um filme, porque muitos falaram que eu não voltaria a jogar.
Depois do apelido de "Coração Valente'', Washington conta que passou a comemorar gol batendo no peito, no coração, e isso se tornou sua marca registrada.
Final contra LDU
Washington é o maior artilheiro da história de uma edição do Campeonato Brasileiro. No ano da volta, 2004, fez 34 gols pelo Atlético-PR. Em 2010, conquistou um título, o mais importante de sua vida, vestindo a camisa do Fluminense. Mas foi com o mesmo Tricolor Carioca que o atacante vivenciou a maior frustração da carreira ao perder nos pênaltis para a LDU, do Equador, na final da Taça Libertadores.
- Ali foi um dos momentos mais difíceis da minha carreira, um jogo fatídico. A gente foi vivendo um grande momento, melhor campanha da Libertadores. Como eu gostaria de ter comemorado, ter dado esse título pra torcida do Fluminense. Ela merecia.
Na disputa de pênaltis, Washington era o último cobrador. Toda esperança estava nos pés dele, que acabou morrendo nas mão do goleiro cevallos.
- Foi uma sensação horrível. se eu pudesse me enfiar ali debaixo da terra, eu me enfiava ali mesmo. E o pior é que os três melhores cobradores do time, eu, Conca e Thiago Neves, perdemos, era pra acontecer.
Ausência na Copa do Mundo de 2002
Outra frustração na carreira do artilheiro foi não ter sido convocado por Felipão para o Mundial da Ásia em 2002, quando o Brasil foi pentacampeão do mundo.
- Modéstia à parte, eu cheguei à Seleção, disputei a Copa das Confederações, disputei amistosos e quase cheguei à Copa do Mundo em 2002, que, pra mim, era o meu ano. Na época, eu jogava na Ponte Preta, tinha sido artilheiro da Copa do Brasil, do Paulista, fui vice-artilheiro do Brasileiro. Fui o atacante que mais marcou gols naquele ano. Então, eu tinha números pra isso. Mas aí foi escolha do Felipão, a gente respeita. Mas aquele era o meu ano, poderia ter tido a minha chance.
Fim da carreira
Aos 35 anos, 20 deles no futebol, Washington anunciou sua despedida dos gramados. Na coletiva de imprensa ainda com os jogadores do Fluminense concentrados para pré-temporada, o atacante deu a notícia. Logo após, suas duas filhas, Catarina, de 3 anos, e Ana Beatriz, de 8, o abraçaram como se tentassem defender o pai do assédio da imprensa. Aquele episódio, segundo ele, foi uma surpresa:
- Elas não estavam no Rio, estavam de férias em Aracaju com meu pai. Eu vim pra A pré-temporada e acabei tomando a decisão. Não sabia de nada. Minha esposa, junto com meu assessor e meu empresário fizeram essa surpresa trazendo toda a família. Eu já estava emocionado, anunciando que estava parando, e vejo aquela galera e as duas vindo me abraçar. Ali eu falei, agora, vocês querem me matar do coração mesmo. Se não morri dentro de campo, vou morrer fora.
Washington diz que, como todo jogador de futebol, parou contra a vontade, mas que a família pesou em sua decisão:
- Fiquei dois, três dias pensando, conversei com a família, ela falou que realmente eu já tinha conquistado muitas coisas até mesmo depois dos problemas do coração.
Hoje, sua meta é continuar como empresário de jogadores de futebol e também de cantores sertanejos. Para o campeão brasileiro de 2010, o que vai deixar mais saudades é ouvir a torcida gritando, festejando o gol, a comemoração. Para ele, não tem dinheiro que pague essa emoção.
- Em 2008, fui artilheiro do Brasileiro pelo Fluminense e depois, pra coroar, veio o título nacional. Foi tão pouco tempo no fluminense, mas com momentos tão maravilhosos, tão intensos. Eu me sentia muito ligado à torcida, à história do clube.Aquela torcida vestiu tão bem em mim e eu sempre vesti com orgulho, com honra de representar uma nação
fonte:Globoesporte
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