O Islamismo
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O Islamismo
A religião islâmica surgiu em 610 EC (era comum) com a mensagem revelada ao profeta Maomé (Mohammad).O termo islam deriva da palavra "Salama" (estar em paz), e seu significado no contexto religioso é a submissão voluntária à vontade de Deus.
Os seguidores desta religião são chamados de muçulmanos (aqueles que se submetem a Deus).
O calendário muçulmano iniciou-se no ano 622 da era comum, quando o profeta Maomé migrou para a cidade de Madina.
No ano 749 EC, Bagdá se tornou a capital do mundo islâmico. Os muçulmanos conquistaram a Espanha em 749 e a religião islâmica começou a se espalhar pela África, Ásia, Bálcãs e sudeste da Europa a partir do ano 800.
Após o falecimento do profeta Maomé (Mohammad), seus sucessores (os califas), passaram a liderar os muçulmanos por um grande período até o ano de 1918, quando ocorreu a queda do Império Otomano.
No período entre 998-1030 da era comum (EC), o noroeste da Índia foi conquistado por Mahmud de Ghazna. O Sudeste Asiático sofreu a influência do Islam durante o período de 1588 a 1629, principalmente na Indonésia e Sumatra. Em 1757, com o término da Batalha de Palssey, na Índia, o controle muçulmano diminuiu naquela região, devido à vitória britânica.
A religião islâmica continuava sua expansão. Shehu Usman Dan Fodio, levou o Islam até a África ocidental durante o ano 1804.
Foi estabelecido um estado muçulmano no Sudão, no período de 1885 a 1898, por Mahdi. Em 1947, o Paquistão foi criado pelos muçulmanos da Índia.
No século XX, em busca de emprego e novas oportunidades, muitos muçulmanos emigraram para a Europa. Esta emigração resultou numa grande expansão da religião islâmica nas décadas de 80 e 90, se tornando a religião que mais se expandiu no Ocidente durante esse período.
A maioria dos muçulmanos encontra-se no Oriente Médio, África e Ásia.
Constituem 95% da população nos países como Afeganistão, Argélia, Bahrein, Egito, Guiné, Indonésia, Irã, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbia, Ilhas Maldiva, Mauritânia, Marrocos, Omã, Paquistão, Catar, Arábia Saudita, Senegal, Somália, Tunísia, Turquia, Emirados Árabes Unidos e Iêmen.
No Cazaquistão, Tanzânia, Malásia e Moçambique, a população islâmica é de 50% a 75%. Na Índia, Rússia, Tailândia, Zâmbia, Gana, Quênia, Madagáscar, Suriname, o percentual está entre 10% e 50%.
Com grande concentração na África e na Ásia, o islamismo é praticado por uma sétima parte da população mundial, se confirmando como a segunda maior religião do planeta.
No Brasil há um milhão de muçulmanos espalhados por todo o território nacional. As maiores comunidades se encontram nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Rio Grande do Sul e Foz do Iguaçu.
Em todo o país existem mais de uma centena de mesquitas e salas de oração. Só em São Paulo, capital, se encontram cerca de 10 mesquitas, incluindo a primeira edificada na América Latina, a mesquita Brasil na avenida do Estado, Centro da Cidade, que começou a ser construída em 1929.
Organização
Grupos
Xiitas (Shiat Ali ) – Partidários de Ali, que segundo os xiitas, deveria ter sido o primeiro sucessor (califa), por ser parente do Profeta Maomé(Mohammad). Na hierarquia política os xiitas determinam que o líder da nação deve ser um descendente do profeta Maomé. São maioria no Irã e numerosos no Iraque, e Afeganistão.
Sunitas – Representam 90% dos muçulmanos. Para eles a liderança cabia sempre a quem foi eleito, desde que apresente capacidade.
Principais lideranças:
Califas - Foram eles os primeiros líderes do Islã e governaram até 1918, quando terminou o Império Otomano. A princípio governavam com força e sabedoria, e viviam de forma simples. Com o crescimento do Império, seus poderes tornaram-se maiores e então eles passaram a viver como reis.
Imam - Líder religioso, pessoa que conduz as orações na mesquia ou a nação.
Shaikh - Pessoa que tem alto conhecimento sobre qualquer área do saber, ou uma pessoa que alcança uma idade avançada.
Fundamentação Doutrinária
Dogmas
O foco principal do Islam é o Monoteísmo (a concepção do Deus único) e a revelação d´Ele ao profeta Maomé (Mohammad).
"Não há deus senão Alá ( Deus), e Maomé é seu Profeta."
Os muçulmanos seguem um conjunto de cinco obrigações religiosas, chamado de "Os cinco Pilares": credo, oração,zacat(caridade, jejum e a peregrinação à Caaba que fica na cidade de Meca (Makkah).
Livros Sagrados
o Corão (Alcorão) – livro sagrado dos muçulmanos que reúne as revelações para o profeta Maomé (Mohammad). O primeiro Corão foi compilado por volta de 650 EC (Era Comum). Este livro maravilhoso do ponto de vista dos ensinamentos e do seu estilo literário, é um conjunto de 114 capítulos (suras), que se organizam da seguinte forma: os textos mais longos vêm primeiro, seguidos pelos mais curtos. Exceção à regra, é a sura 1, que inicia o Corão. Denominado "Al Fatiha" (a abertura), este capítulo inicial louva Alá e pede Sua orientação. Para os muçulmanos, o Corão contém as palavras exatas de Deus, que conforme eram reveladas a Maomé, este as recitava e seus seguidores as escreviam. Algumas histórias são de profetas do Velho e do Novo Testamento da Bíblia.
As leis do Corão dividem as ações humanas em vários grupos:
Fard – o que deve ser feito.
Mandub – ações encorajadas e recompensadas por Deus.
Mubah – ações nem punidas, nem recompensadas, pois o Corão nada fala sobre elas.
Makruh – atos desencorajados, mas não punidos.
Haram – ações ilegítimas e puníveis por lei.
Sunna – Palavra que significa "caminho"ou "lei". São as palavras e atos do profeta. É a explicação prática do conteúdo do Corão através dos ditos, atos e afirmações do profeta Maomé.
Hadith – Dizeres e relatos das ações do profeta, que foram compilados, para servir de exemplo para a geração futura. Duas das mais confiáveis coleções são a do imã Bukhari e a do imã Muslim.
Templos
Mesquitas - São os templos muçulmanos. A maioria possui planta retangular. Um arco na parede, denominado "mihrab", indica a direção de Kaaba. À sua direita, geralmente com três degraus, está o "mimbar", de onde o imã fala. Em grandes mesquitas do Oriente Médio, oficiais ficam sobre uma plataforma denominada "dakka"; ao lado há o "kursi", estante sobre a qual é apoiado o Corão.
Kaaba - É o centro físico da fé islâmica. Todas as orações são feitas em sua direção. Primeiro santuário construído por Ibrahim para adorar o Deus Único, a Kaaba está localizada na cidade de Meca (Makkah). Estrutura oca em forma de cubo, com a pedra negra encravada no lado oriental, constitui o início e o fim do Hajj – peregrinação à cidade de Meca (Makkah).
3 mesquitas sagradas dos muçulmanos:
1. Kaaba
Kaaba - local de adoração que há cerca de 4000 anos foi construído por Abraão e seu filho Ismael por ordem de Deus.
Esta constução foi feita de pedra, onde se acredita que foi o local original de um santuário estabelecido por Adão. Segundo a interpretação muçulmana Deus ordenou a Abraão que convocasse toda a humanidade para vistar o Kaaba. Por isso, quando os peregrinos visitam a Kaaba, dizem:
Eis-no aqui, ó Senhor.
2. Madina
Madina - a mesquita do Profeta Mohammad. Ela se encontra na cidade de Madina, um dos locais mais respeitados do mundo islâmico.
Madina contém o Jardim Purificado (Arrawdat Almutah-hara), e a tumba do Profeta Mohammad, juntamente com a tumba dos Califas Abu Bakr Assidik e Ômar Ibn Al Khatab.
A mesquita foi fundada no primeiro ano da hégira, logo após a chegada de Mohammad à Madina. Ele mesmo participou de sua construção.
3. Al Aqsa
Al Aqsa - encontra-se na cidade de Jerusalém, Bait Al Makdis É o símbolo das três grandes religiões monoteístas: judaismo, Cristianismo e o Islamismo. Para os muçulmanos, ela representa o local onde o Profeta Mohammad realizou a sua Viagem Noturna (Isrá), e sua ascenção aos céus (Miraj).
Compreende-se Isrá como a viagem noturna com a qual, Deus honrou o Profeta Mohammad, levando-o da mesquita sagrada Kaaba, até a mesquita de Al Aqsa, em Jerusalém, aonde rezou.
Por Miraj, compreende-se a posterior ascenção do Profeta Mohammad aos sete céus, alcançando o limite onde o conhecimento das criaturas jamais alcançou. Então ele retornou de corpo e alma para a mesquita da kaaba.
Canto do Adhan pelo muezzin - Este ritual foi estabelecido no primeiro ano da Hégira, o Profeta Mohammad, o respeitava, tanto de dia como de noite, tanto em sua vida domiciliar, como quando estava viajando, ninguém jamais ouviu dizer que Mohammad, deixou uma única vez de atender ou pronunciar o chamamento para a oração o Adhan, ou permetiu a alguém se abster-se dele, até o dia de sua morte, e se tornou um dever para todos os muçulmanos.
O Chamamento(Adhan) - é pronunciado pelo muezzin para convocar os muçulmanos na hora da oração. A pessoa põe-se de pé voltada para a Quibla, ou seja em direção à Kaaba em Meca (Makkah), levantando ambas as mãos e colocando-as na altura das orelhas, pronuncia a seguinte oração:
Allahu Akbar
Deus é Maior !
Allahu Akbar
Deus é o Maior !
Allahu Akbar
Deus é o Maior !
Allahu Akbar
Deus é o Maior !
Ach hadu an la ilaha ill- Allah
Testemunho de que não há outra divindade além de Deus
Ach hadu an la ilaha ill- Allah
Testemunho de que não há outra divindade além de Deus
Ach hadu anna Mohammadan raçulullah
Testemunho de que Mohammad é o Mensageiro de Deus
Ach hadu anna Mohammadan raçulullah
Testemunho de que Mohammad é o Mensageiro de Deus
Haiyá alas-salat
Vinde para a Oração
Haiyá alas-salat
Vinde para a Oração
Haiyá alal-falah
Vinde para o êxito
Haiyá alal-falah
Vinde para o êxito
Allahu Akbar
Deus é o Maior !
Allahu Akbar
Deus é o Maior !
Lá ilaha ill Allah
Não há outra divindade além de Deus !
Somente na oração da alvorada o Muezzin deve pronunciar depois de ''Haiya alal-falah'', o seguinte 2 vezes:
As-salatu Kairun minan-naum
A oração é melhor do que o sono.
As-salatu Kairun minan-naum
Mohammad - Maomé
Profeta do Islam
Maomé (Mohammad) nasceu em Meca (Makkah), na Arábia, em 571 EC (Era Comum). Foi casado com Cadija.
Em 610, quando se retirou na caverna do monte Hira para meditar, recebeu a visita do anjo Gabriel, que veio em nome do Deus Único. Então, o profeta começou a divulgar a palavra de Deus e partiu para Madina em 622, devido às perseguições que sofria em Meca.
Sua emigração para Madina é conhecida em árabe como Hijra (Hégira), que significa "rompimento" ou "partida".
Em Madina, Maomé se tornou o líder político e religioso, e na década seguinte, um pouco antes de morrer, retornou poderoso a Meca, estabelecendo a união do seu país.
O Calendário Islâmico
calendário islâmico inicia-se com a partida do Profeta para Medina em 622
EC (Era Comum). Cada mês dura de uma lua nova até a seguinte, tornando o ano islâmico 10 ou 11 dias mais curto do que o calendário gregoriano.
O calendário apresenta doze meses. São eles:
Muharam
Safar
Jumadulaual
Jumadulthani
Rabiulaual
Rabiuthani
Autoria: Márcia Torres
Mais sobre o Islamismo
Para cada uma das seitas verdadeiras ou falsas, das associações beneficentes ou perniciosas e dos partidos retos ou perversos, há uns princípios e fundamentos racionais, e umas questões ideológicas que determinam sua meta e dirigem sua marcha, sendo norma para cada um de seus afiliados e seguidores. Quem quer afiliar-se a qualquer deles se fixará primeiro nestes princípios que, se os admitir e acreditar que são corretos, aceitá-los-á em meu consciente e subconsciente e não abrigará nenhuma dúvida, e solicitará sua filiação a esta assossiação. Cumprirá com suas obrigações dentro dela, realizará os trabalhos instituídos pelos seus estatutos, pagará a cota do afiliado tal como prescreve o regulamento e, além disso, deve demonstrar, com sua conduta, fidelidade a seus princípios, lembrar sempre destes princípios e não fazer com que seus atos algo que o distancie dela, mas dar, com sua moral e conduta, um bom exemplo e ser um predicador verdadeiro.
A filiação nesta assossiação representa conhecimento de seus estatutos, crença em seus princípios, obediência às suas determinações e uma vida coerente com a associação.
Este panorama geral é aplicável ao Islam.
Quem quer entrar no Islam tem que aceitar primeiro seus fundamentos racionais e crer neles totalmente, até que constituam para ele uma ideologia. Estes fundamentos se resumem em que este mundo materialista não é tudo e a vida mundana não é a vida íntegra. Porque o homen existia antes de nascer e seguirá existindo depois da morte, e não criou a si mesmo, mas foi criado do nada (antes de conhecer-se), e não foi criado pelo inanimado que o rodeia, porque é racional, e o inanimado não tem razão, foi criado e a tudo do Universo do nada por Um só Deus, Que é Único, o Que ressuscita e faz morrer. É Ele Quem criou tudo e se quiser pode aniquilá-lo e fazê-lo desaparecer, pois este é o Deus que não tem semelhante algum em todos os universos. Que não tem princípios nem fim, Eterno, Todo-Poderoso, e não há limitações para Seu poder e capacidade; é Sapientíssimo e não há nada oculto para Ele; É justo, porém não se mede Sua Justiça absoluta com os parâmetros da justiça humana.
Ele foi quem disse dispos as regras do Universo (as que denominamos de Leis Naturais) e as fez todas comedidamente, limitado desde sempre suas partes espécies, e o que acontecerá com os vivos inanimados, com o movimento e a inércia, com a constância e mutação, com o feito e o deixado. Dotou o homen de um cérebro com o qual pode julgar sobre muitas coisas e escolher o que quiser, e de uma vontade com a qual realiza o que escolher. Crê que depois desta vida terrena provisória há outra eterna, na qual se premeia os virtuosos com o Paraíso e se castiga os iníquos com o inferno.
Este é o Deus Único
Não tem associado a quem se pode adorar junto a Ele, nem mediador que possa interceder junto a Ele sem a Sua anuência. Assim, pois, a submissão deve ser absoluta em todos os aspectos.
Entre suas criações há as que são materiais, evidentes para nós perceptíveis pelos sentidos, e outras ocultas para nós, inanimadas umas, viventes e responsáveis outras. Entre as viventes, há umas absolutamente virtuosas, são anjos; outras caracterizadas pelo mal absoluto, são os demônios; e outras que são uma mescla que contém o bem e o mal, a virtude e a maldade, estes são os gênios.
Ele elege entre os humanos a quem os anjos tem de revelar a legislação divina para que a divulguem entre as pessoas. Estes são os mensageiros. Estas legislações estão contidas em livros revelados que anulam os anteriores a eles e os modificam. O último desses livros é o Alcorão, que, ao contrário do que ocorreu com os livros anteriores a ele que foram desvirtuados e esquecidos, permaneceu intacto e salvo das desvirtuações ou de qualquer perda. E o último desses mensageiros e profetas é Mohamad Ben Abdullah, o árabe, o coraixita, e com ele ficaram selados para sempre topdas as mensagens, e com sua religião todas as religiões. Não haverá depois dele profeta algum.
Portanto, o Alcorão é a constituição do Islam e quem está persuadindo que é divino e crê nele, em todas e cada uma de suas partes, chama-se crente. A fé neste sentido não é conhecida mais que por Deus, porque os humanos não podem abrir os corações das pessoas e saber o que contêm neles. Por isso, para contar-se entre os muçulmanos só é preciso declarar a fé dizendo:
"Testemunho que não há outra divindade além de Deus e que Mohamad é o mensageiro de Deus".
Se a declarar, tornar-se-á muçulmano, e gozará dos mesmos direitos de qualquer muçulmano e aceitará cumprir com todos os deveres que o Islam o responsabiliza. Estes preconceitos são poucos, fáceis e não precisam de grande esforço nem fadiga.
Primeiro: Prostar-se duas vezes ao amanhecer, chamando a seu Senhor pedindo-lhe Seus bens e refúgio de Seu castigo, e fazer abluções parcialmente, ou totalmente no caso de ter tido contacto sexual. Prostar-se quatro vezes ao meio-dia, seguidas de outras quatro à tarde, três vezes ao pôr do sol e quatro no começo da noite.
Estas são as orações prescritas, cujos cumprimentos não leva mais que meia hora por dia. Não se exige um lugar específico para realizá-las nem uma pessoa determinada que as dirija, para que sejam corretas, nem precisa mediadores entre muçulmano e seu Senhor.
Segundo: Durante o ano há determinado mês em que o muçulmano adianta o seu desjejum e o faz ao final da noite, em vez do começo do dia; atrasa o seu almoço até depois do entardecer; abstêm-se durante o dia de qualquer comida, bebida ou relação sexual. Será, pois, este, um mês para purificar sua alma, dar descanço a seu estômago e educar seu caráter, o qual será também benéfico para seu corpo. Além disso, este mês é uma manifestação de concordância das pessoas na prática do bem e na igualdade no viver.
Terceiro: Se depois de satisfazer seus gastos pessoais e os de sua família, ainda sobrar uma importância determinada de dinheiro, que possuirá durante um ano sem ter necessidade de gastá-la, responsabiliza-se em tirar, passado esse tempo, em quantidade equivalente a 2,5% para os pobres e necessitados, o que para ele não será uma grande carga, porém sim, uma grande ajuda para aqueles. Ademais, será um sólido pilar para a soliedariedade social e um remédio para a enfermidade da pobreza, que é o pior dos males.
Quarto: O Islam organizou para a sociedade islâmica reuniões periódicas, semelhantes às reuniões de bairros, e com horário parecido a de um colégio; dispos que se reunissem cinco vezes cada dia. Esta é a oração coletiva na qual cada fiel reitera sua submissão absoluta apresentando-se perante Deus. O fruto disso será, pois, que o forte ajude o fraco, que os sábios ensinem aos ignorantes e que os ricos socarram aos pobres. A duração desta reunião é de um quarto de hora, o qual não distrai o trabalhador de seu trabalho nem a um comerciante de seu comércio. Se alguém faltar à reunião e rezar em sua casa, não será culpado pela ausência, mas priva-se do prêmio pela presença.
Outra reunião similar aos conselhos dos distritos, celebra-se uma vez por semana; é a congregação de sexta-feira. Sua duração é de aproximadamente uma hora e sua assistência é obrigatória para todos os homens.
Uma terceira reunião, semelhante, aos conselhos das cidades, celebra-se uma vez por ano, é a oração do Id (Festa celebrada pelos muçulmanos no encerramento do mês de Ramadan). O comparecimento não é obrigatório e sua duração é inferior a uma hora.
E por último, uma grande reunião, a exemplo de um congresso geral. Celebra-se cada ano em um local determinado. Na realidade é uma convocação educativa, disportiva ou para reflexão, à qual o muçulmano tem a obrigação de comparecer ao menos uma vez em sua vida; é o Haj (Peregrinação).
Estes são os deveres religiosos originais com os quais o muçulmano é responsabilizado.
Entre esses deveres há os que privam de atos concretos, aqueles sobre os quais concordam as pessoas sensatas desta terra em decidir que são um mal e , portanto, devem ser evitados, tais como matar sem motivo, suplantar os direitos das pessoas, a tirania em todas as suas formas, as bebidas alcoólicas, pois fazem perder a razão, a fornicação, que atenta contra a honra e mistura, a descência, a usura, a mentira, a trama, a traição e a deserção do serviço militar, quando este é para servir a causa de Deus. Porém, entre todos, os mais graves são a desobediência aos pais, o perjúrio e o falso testemunho.
Além destes, há outros atos abomináveis e maldosos, sobre o que coincide a razão em perceber a sua falsidade e maldade.
Se o muçulmano descuida do cumprimento de algum de seus deveres ou infringe alguma das proibições, porém logo se arrepende e pede o perdão de Deu, Ele o perdoará. Porém, se não se arrepende, ficará muçulmano, todavia pecador e merecedor, do castigo no Dia do Juízo Final, se bem que seu castigo será transitório, não eterno, como será para o incrédulo.
Se renega alguns dos princípios ou doutrinas originais, que duvida delas, ou renega um dever sobre o qual há um consenso geral para o seu cumprimento ou de algo no que há acordo sobre sua ilicitude, ou de uma só palavra do Alcorão, será considerado um apóstata e ser-lhe-á tirada a identidade islâmica, pois o apóstata é o pior crime contra o Islam, igual à traição nas leis modernas. Se não se arrepende, o castigo será a morte.
É possível que o muçulmano abandone algum de seus deveres ou infrinja algumas proibições, mesmo sabendo que é seu dever e que é ilícito. Ele continuará sendo muçulmano, porém pecador. Mas quanto à fé, esta é indivisível e mesmo que creia em noventa e nove por cento e renegue um, será um apóstata.
Pode-se ser muçulmano sem ser crente. É como quem se filia a uma associação, assiste as suas reuniões, paga suas contas e faz papel de sócio, porém não aceita seus princípios nem crê em sua autenticidade. Só entra nela para espionar e corromper seus assuntos. Este é o hipócrita, o que pronuncia os dois testemunhos de fé e cumpre os deveres religiosos aparentemente, porém não crê na verdade. Este não se salvará ante Deus. Sem dúvida, as pessoas o consideram muçulmano, pois só vêm as aparências, porém Deus sabe a respeito dos sentimentos e do coração.
Se o homem crê nos fundamentos ideológicos que são crença absoluta em Deus, não relacionado com associados nem mediadores, nos anjos, nos mensageiros, nos livros Sagrados, na outra vida, no destino, e pronuncia os dois testemunhos de fé, pratica as orações prescritas, jejua durante o mês de Ramadan, paga o Zakat de seu dinheiro, peregrina uma vez na vida se puder, e se priva daquilo em que há acordo sobre sua ilicitude, será um muçulmano crente. Porém o fruto de sua crença não se manifestará nele nem sentirá sua doçura; tampouco será um muçulmano completo até que adote em sua vida a conduta de um muçulmano crente.
O mensageiro de Deus resumiu esta forma de conduta em uma só frase, com as mais eloquentes das palavras que os homens tenham pronunciado.
Estas palavras reunem o bem absoluto, desta e de outra vida e são: Que o muçulamano tenha presente em sua memória que em todo o momento, esteja e pé ou sentado, só ou acompanhado, na seriedade ou na frivolidade, e em todas as circunstâncias, que Deus o vê e observa; então assim não O desobedecerá, e não teme e nem desespera pois sabe que Deus está com ele; não sente a solidào nem a necessidade de nada, um vez que pede e roga a Deus. Pois, ainda que desobedeça - sua natureza é por si desobediente - retorna e se arrepende e lhe será aceito o arrependimento.
Tudo que foi dito anteriormente está baseado nas palavras do Profeta sobre o coneceito Ihsan:
"Adorarás a Deus como se O estivesses vendo, pois se não O estiveres vendo, Ele estará te vendo".
Fonte: Centro Islâmico de Foz do Iguaçu
Os seguidores desta religião são chamados de muçulmanos (aqueles que se submetem a Deus).
O calendário muçulmano iniciou-se no ano 622 da era comum, quando o profeta Maomé migrou para a cidade de Madina.
No ano 749 EC, Bagdá se tornou a capital do mundo islâmico. Os muçulmanos conquistaram a Espanha em 749 e a religião islâmica começou a se espalhar pela África, Ásia, Bálcãs e sudeste da Europa a partir do ano 800.
Após o falecimento do profeta Maomé (Mohammad), seus sucessores (os califas), passaram a liderar os muçulmanos por um grande período até o ano de 1918, quando ocorreu a queda do Império Otomano.
No período entre 998-1030 da era comum (EC), o noroeste da Índia foi conquistado por Mahmud de Ghazna. O Sudeste Asiático sofreu a influência do Islam durante o período de 1588 a 1629, principalmente na Indonésia e Sumatra. Em 1757, com o término da Batalha de Palssey, na Índia, o controle muçulmano diminuiu naquela região, devido à vitória britânica.
A religião islâmica continuava sua expansão. Shehu Usman Dan Fodio, levou o Islam até a África ocidental durante o ano 1804.
Foi estabelecido um estado muçulmano no Sudão, no período de 1885 a 1898, por Mahdi. Em 1947, o Paquistão foi criado pelos muçulmanos da Índia.
No século XX, em busca de emprego e novas oportunidades, muitos muçulmanos emigraram para a Europa. Esta emigração resultou numa grande expansão da religião islâmica nas décadas de 80 e 90, se tornando a religião que mais se expandiu no Ocidente durante esse período.
A maioria dos muçulmanos encontra-se no Oriente Médio, África e Ásia.
Constituem 95% da população nos países como Afeganistão, Argélia, Bahrein, Egito, Guiné, Indonésia, Irã, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbia, Ilhas Maldiva, Mauritânia, Marrocos, Omã, Paquistão, Catar, Arábia Saudita, Senegal, Somália, Tunísia, Turquia, Emirados Árabes Unidos e Iêmen.
No Cazaquistão, Tanzânia, Malásia e Moçambique, a população islâmica é de 50% a 75%. Na Índia, Rússia, Tailândia, Zâmbia, Gana, Quênia, Madagáscar, Suriname, o percentual está entre 10% e 50%.
Com grande concentração na África e na Ásia, o islamismo é praticado por uma sétima parte da população mundial, se confirmando como a segunda maior religião do planeta.
No Brasil há um milhão de muçulmanos espalhados por todo o território nacional. As maiores comunidades se encontram nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Rio Grande do Sul e Foz do Iguaçu.
Em todo o país existem mais de uma centena de mesquitas e salas de oração. Só em São Paulo, capital, se encontram cerca de 10 mesquitas, incluindo a primeira edificada na América Latina, a mesquita Brasil na avenida do Estado, Centro da Cidade, que começou a ser construída em 1929.
Organização
Grupos
Xiitas (Shiat Ali ) – Partidários de Ali, que segundo os xiitas, deveria ter sido o primeiro sucessor (califa), por ser parente do Profeta Maomé(Mohammad). Na hierarquia política os xiitas determinam que o líder da nação deve ser um descendente do profeta Maomé. São maioria no Irã e numerosos no Iraque, e Afeganistão.
Sunitas – Representam 90% dos muçulmanos. Para eles a liderança cabia sempre a quem foi eleito, desde que apresente capacidade.
Principais lideranças:
Califas - Foram eles os primeiros líderes do Islã e governaram até 1918, quando terminou o Império Otomano. A princípio governavam com força e sabedoria, e viviam de forma simples. Com o crescimento do Império, seus poderes tornaram-se maiores e então eles passaram a viver como reis.
Imam - Líder religioso, pessoa que conduz as orações na mesquia ou a nação.
Shaikh - Pessoa que tem alto conhecimento sobre qualquer área do saber, ou uma pessoa que alcança uma idade avançada.
Fundamentação Doutrinária
Dogmas
O foco principal do Islam é o Monoteísmo (a concepção do Deus único) e a revelação d´Ele ao profeta Maomé (Mohammad).
"Não há deus senão Alá ( Deus), e Maomé é seu Profeta."
Os muçulmanos seguem um conjunto de cinco obrigações religiosas, chamado de "Os cinco Pilares": credo, oração,zacat(caridade, jejum e a peregrinação à Caaba que fica na cidade de Meca (Makkah).
Livros Sagrados
o Corão (Alcorão) – livro sagrado dos muçulmanos que reúne as revelações para o profeta Maomé (Mohammad). O primeiro Corão foi compilado por volta de 650 EC (Era Comum). Este livro maravilhoso do ponto de vista dos ensinamentos e do seu estilo literário, é um conjunto de 114 capítulos (suras), que se organizam da seguinte forma: os textos mais longos vêm primeiro, seguidos pelos mais curtos. Exceção à regra, é a sura 1, que inicia o Corão. Denominado "Al Fatiha" (a abertura), este capítulo inicial louva Alá e pede Sua orientação. Para os muçulmanos, o Corão contém as palavras exatas de Deus, que conforme eram reveladas a Maomé, este as recitava e seus seguidores as escreviam. Algumas histórias são de profetas do Velho e do Novo Testamento da Bíblia.
As leis do Corão dividem as ações humanas em vários grupos:
Fard – o que deve ser feito.
Mandub – ações encorajadas e recompensadas por Deus.
Mubah – ações nem punidas, nem recompensadas, pois o Corão nada fala sobre elas.
Makruh – atos desencorajados, mas não punidos.
Haram – ações ilegítimas e puníveis por lei.
Sunna – Palavra que significa "caminho"ou "lei". São as palavras e atos do profeta. É a explicação prática do conteúdo do Corão através dos ditos, atos e afirmações do profeta Maomé.
Hadith – Dizeres e relatos das ações do profeta, que foram compilados, para servir de exemplo para a geração futura. Duas das mais confiáveis coleções são a do imã Bukhari e a do imã Muslim.
Templos
Mesquitas - São os templos muçulmanos. A maioria possui planta retangular. Um arco na parede, denominado "mihrab", indica a direção de Kaaba. À sua direita, geralmente com três degraus, está o "mimbar", de onde o imã fala. Em grandes mesquitas do Oriente Médio, oficiais ficam sobre uma plataforma denominada "dakka"; ao lado há o "kursi", estante sobre a qual é apoiado o Corão.
Kaaba - É o centro físico da fé islâmica. Todas as orações são feitas em sua direção. Primeiro santuário construído por Ibrahim para adorar o Deus Único, a Kaaba está localizada na cidade de Meca (Makkah). Estrutura oca em forma de cubo, com a pedra negra encravada no lado oriental, constitui o início e o fim do Hajj – peregrinação à cidade de Meca (Makkah).
3 mesquitas sagradas dos muçulmanos:
1. Kaaba
Kaaba - local de adoração que há cerca de 4000 anos foi construído por Abraão e seu filho Ismael por ordem de Deus.
Esta constução foi feita de pedra, onde se acredita que foi o local original de um santuário estabelecido por Adão. Segundo a interpretação muçulmana Deus ordenou a Abraão que convocasse toda a humanidade para vistar o Kaaba. Por isso, quando os peregrinos visitam a Kaaba, dizem:
Eis-no aqui, ó Senhor.
2. Madina
Madina - a mesquita do Profeta Mohammad. Ela se encontra na cidade de Madina, um dos locais mais respeitados do mundo islâmico.
Madina contém o Jardim Purificado (Arrawdat Almutah-hara), e a tumba do Profeta Mohammad, juntamente com a tumba dos Califas Abu Bakr Assidik e Ômar Ibn Al Khatab.
A mesquita foi fundada no primeiro ano da hégira, logo após a chegada de Mohammad à Madina. Ele mesmo participou de sua construção.
3. Al Aqsa
Al Aqsa - encontra-se na cidade de Jerusalém, Bait Al Makdis É o símbolo das três grandes religiões monoteístas: judaismo, Cristianismo e o Islamismo. Para os muçulmanos, ela representa o local onde o Profeta Mohammad realizou a sua Viagem Noturna (Isrá), e sua ascenção aos céus (Miraj).
Compreende-se Isrá como a viagem noturna com a qual, Deus honrou o Profeta Mohammad, levando-o da mesquita sagrada Kaaba, até a mesquita de Al Aqsa, em Jerusalém, aonde rezou.
Por Miraj, compreende-se a posterior ascenção do Profeta Mohammad aos sete céus, alcançando o limite onde o conhecimento das criaturas jamais alcançou. Então ele retornou de corpo e alma para a mesquita da kaaba.
Canto do Adhan pelo muezzin - Este ritual foi estabelecido no primeiro ano da Hégira, o Profeta Mohammad, o respeitava, tanto de dia como de noite, tanto em sua vida domiciliar, como quando estava viajando, ninguém jamais ouviu dizer que Mohammad, deixou uma única vez de atender ou pronunciar o chamamento para a oração o Adhan, ou permetiu a alguém se abster-se dele, até o dia de sua morte, e se tornou um dever para todos os muçulmanos.
O Chamamento(Adhan) - é pronunciado pelo muezzin para convocar os muçulmanos na hora da oração. A pessoa põe-se de pé voltada para a Quibla, ou seja em direção à Kaaba em Meca (Makkah), levantando ambas as mãos e colocando-as na altura das orelhas, pronuncia a seguinte oração:
Allahu Akbar
Deus é Maior !
Allahu Akbar
Deus é o Maior !
Allahu Akbar
Deus é o Maior !
Allahu Akbar
Deus é o Maior !
Ach hadu an la ilaha ill- Allah
Testemunho de que não há outra divindade além de Deus
Ach hadu an la ilaha ill- Allah
Testemunho de que não há outra divindade além de Deus
Ach hadu anna Mohammadan raçulullah
Testemunho de que Mohammad é o Mensageiro de Deus
Ach hadu anna Mohammadan raçulullah
Testemunho de que Mohammad é o Mensageiro de Deus
Haiyá alas-salat
Vinde para a Oração
Haiyá alas-salat
Vinde para a Oração
Haiyá alal-falah
Vinde para o êxito
Haiyá alal-falah
Vinde para o êxito
Allahu Akbar
Deus é o Maior !
Allahu Akbar
Deus é o Maior !
Lá ilaha ill Allah
Não há outra divindade além de Deus !
Somente na oração da alvorada o Muezzin deve pronunciar depois de ''Haiya alal-falah'', o seguinte 2 vezes:
As-salatu Kairun minan-naum
A oração é melhor do que o sono.
As-salatu Kairun minan-naum
Mohammad - Maomé
Profeta do Islam
Maomé (Mohammad) nasceu em Meca (Makkah), na Arábia, em 571 EC (Era Comum). Foi casado com Cadija.
Em 610, quando se retirou na caverna do monte Hira para meditar, recebeu a visita do anjo Gabriel, que veio em nome do Deus Único. Então, o profeta começou a divulgar a palavra de Deus e partiu para Madina em 622, devido às perseguições que sofria em Meca.
Sua emigração para Madina é conhecida em árabe como Hijra (Hégira), que significa "rompimento" ou "partida".
Em Madina, Maomé se tornou o líder político e religioso, e na década seguinte, um pouco antes de morrer, retornou poderoso a Meca, estabelecendo a união do seu país.
O Calendário Islâmico
calendário islâmico inicia-se com a partida do Profeta para Medina em 622
EC (Era Comum). Cada mês dura de uma lua nova até a seguinte, tornando o ano islâmico 10 ou 11 dias mais curto do que o calendário gregoriano.
O calendário apresenta doze meses. São eles:
Muharam
Safar
Jumadulaual
Jumadulthani
Rabiulaual
Rabiuthani
Autoria: Márcia Torres
Mais sobre o Islamismo
Para cada uma das seitas verdadeiras ou falsas, das associações beneficentes ou perniciosas e dos partidos retos ou perversos, há uns princípios e fundamentos racionais, e umas questões ideológicas que determinam sua meta e dirigem sua marcha, sendo norma para cada um de seus afiliados e seguidores. Quem quer afiliar-se a qualquer deles se fixará primeiro nestes princípios que, se os admitir e acreditar que são corretos, aceitá-los-á em meu consciente e subconsciente e não abrigará nenhuma dúvida, e solicitará sua filiação a esta assossiação. Cumprirá com suas obrigações dentro dela, realizará os trabalhos instituídos pelos seus estatutos, pagará a cota do afiliado tal como prescreve o regulamento e, além disso, deve demonstrar, com sua conduta, fidelidade a seus princípios, lembrar sempre destes princípios e não fazer com que seus atos algo que o distancie dela, mas dar, com sua moral e conduta, um bom exemplo e ser um predicador verdadeiro.
A filiação nesta assossiação representa conhecimento de seus estatutos, crença em seus princípios, obediência às suas determinações e uma vida coerente com a associação.
Este panorama geral é aplicável ao Islam.
Quem quer entrar no Islam tem que aceitar primeiro seus fundamentos racionais e crer neles totalmente, até que constituam para ele uma ideologia. Estes fundamentos se resumem em que este mundo materialista não é tudo e a vida mundana não é a vida íntegra. Porque o homen existia antes de nascer e seguirá existindo depois da morte, e não criou a si mesmo, mas foi criado do nada (antes de conhecer-se), e não foi criado pelo inanimado que o rodeia, porque é racional, e o inanimado não tem razão, foi criado e a tudo do Universo do nada por Um só Deus, Que é Único, o Que ressuscita e faz morrer. É Ele Quem criou tudo e se quiser pode aniquilá-lo e fazê-lo desaparecer, pois este é o Deus que não tem semelhante algum em todos os universos. Que não tem princípios nem fim, Eterno, Todo-Poderoso, e não há limitações para Seu poder e capacidade; é Sapientíssimo e não há nada oculto para Ele; É justo, porém não se mede Sua Justiça absoluta com os parâmetros da justiça humana.
Ele foi quem disse dispos as regras do Universo (as que denominamos de Leis Naturais) e as fez todas comedidamente, limitado desde sempre suas partes espécies, e o que acontecerá com os vivos inanimados, com o movimento e a inércia, com a constância e mutação, com o feito e o deixado. Dotou o homen de um cérebro com o qual pode julgar sobre muitas coisas e escolher o que quiser, e de uma vontade com a qual realiza o que escolher. Crê que depois desta vida terrena provisória há outra eterna, na qual se premeia os virtuosos com o Paraíso e se castiga os iníquos com o inferno.
Este é o Deus Único
Não tem associado a quem se pode adorar junto a Ele, nem mediador que possa interceder junto a Ele sem a Sua anuência. Assim, pois, a submissão deve ser absoluta em todos os aspectos.
Entre suas criações há as que são materiais, evidentes para nós perceptíveis pelos sentidos, e outras ocultas para nós, inanimadas umas, viventes e responsáveis outras. Entre as viventes, há umas absolutamente virtuosas, são anjos; outras caracterizadas pelo mal absoluto, são os demônios; e outras que são uma mescla que contém o bem e o mal, a virtude e a maldade, estes são os gênios.
Ele elege entre os humanos a quem os anjos tem de revelar a legislação divina para que a divulguem entre as pessoas. Estes são os mensageiros. Estas legislações estão contidas em livros revelados que anulam os anteriores a eles e os modificam. O último desses livros é o Alcorão, que, ao contrário do que ocorreu com os livros anteriores a ele que foram desvirtuados e esquecidos, permaneceu intacto e salvo das desvirtuações ou de qualquer perda. E o último desses mensageiros e profetas é Mohamad Ben Abdullah, o árabe, o coraixita, e com ele ficaram selados para sempre topdas as mensagens, e com sua religião todas as religiões. Não haverá depois dele profeta algum.
Portanto, o Alcorão é a constituição do Islam e quem está persuadindo que é divino e crê nele, em todas e cada uma de suas partes, chama-se crente. A fé neste sentido não é conhecida mais que por Deus, porque os humanos não podem abrir os corações das pessoas e saber o que contêm neles. Por isso, para contar-se entre os muçulmanos só é preciso declarar a fé dizendo:
"Testemunho que não há outra divindade além de Deus e que Mohamad é o mensageiro de Deus".
Se a declarar, tornar-se-á muçulmano, e gozará dos mesmos direitos de qualquer muçulmano e aceitará cumprir com todos os deveres que o Islam o responsabiliza. Estes preconceitos são poucos, fáceis e não precisam de grande esforço nem fadiga.
Primeiro: Prostar-se duas vezes ao amanhecer, chamando a seu Senhor pedindo-lhe Seus bens e refúgio de Seu castigo, e fazer abluções parcialmente, ou totalmente no caso de ter tido contacto sexual. Prostar-se quatro vezes ao meio-dia, seguidas de outras quatro à tarde, três vezes ao pôr do sol e quatro no começo da noite.
Estas são as orações prescritas, cujos cumprimentos não leva mais que meia hora por dia. Não se exige um lugar específico para realizá-las nem uma pessoa determinada que as dirija, para que sejam corretas, nem precisa mediadores entre muçulmano e seu Senhor.
Segundo: Durante o ano há determinado mês em que o muçulmano adianta o seu desjejum e o faz ao final da noite, em vez do começo do dia; atrasa o seu almoço até depois do entardecer; abstêm-se durante o dia de qualquer comida, bebida ou relação sexual. Será, pois, este, um mês para purificar sua alma, dar descanço a seu estômago e educar seu caráter, o qual será também benéfico para seu corpo. Além disso, este mês é uma manifestação de concordância das pessoas na prática do bem e na igualdade no viver.
Terceiro: Se depois de satisfazer seus gastos pessoais e os de sua família, ainda sobrar uma importância determinada de dinheiro, que possuirá durante um ano sem ter necessidade de gastá-la, responsabiliza-se em tirar, passado esse tempo, em quantidade equivalente a 2,5% para os pobres e necessitados, o que para ele não será uma grande carga, porém sim, uma grande ajuda para aqueles. Ademais, será um sólido pilar para a soliedariedade social e um remédio para a enfermidade da pobreza, que é o pior dos males.
Quarto: O Islam organizou para a sociedade islâmica reuniões periódicas, semelhantes às reuniões de bairros, e com horário parecido a de um colégio; dispos que se reunissem cinco vezes cada dia. Esta é a oração coletiva na qual cada fiel reitera sua submissão absoluta apresentando-se perante Deus. O fruto disso será, pois, que o forte ajude o fraco, que os sábios ensinem aos ignorantes e que os ricos socarram aos pobres. A duração desta reunião é de um quarto de hora, o qual não distrai o trabalhador de seu trabalho nem a um comerciante de seu comércio. Se alguém faltar à reunião e rezar em sua casa, não será culpado pela ausência, mas priva-se do prêmio pela presença.
Outra reunião similar aos conselhos dos distritos, celebra-se uma vez por semana; é a congregação de sexta-feira. Sua duração é de aproximadamente uma hora e sua assistência é obrigatória para todos os homens.
Uma terceira reunião, semelhante, aos conselhos das cidades, celebra-se uma vez por ano, é a oração do Id (Festa celebrada pelos muçulmanos no encerramento do mês de Ramadan). O comparecimento não é obrigatório e sua duração é inferior a uma hora.
E por último, uma grande reunião, a exemplo de um congresso geral. Celebra-se cada ano em um local determinado. Na realidade é uma convocação educativa, disportiva ou para reflexão, à qual o muçulmano tem a obrigação de comparecer ao menos uma vez em sua vida; é o Haj (Peregrinação).
Estes são os deveres religiosos originais com os quais o muçulmano é responsabilizado.
Entre esses deveres há os que privam de atos concretos, aqueles sobre os quais concordam as pessoas sensatas desta terra em decidir que são um mal e , portanto, devem ser evitados, tais como matar sem motivo, suplantar os direitos das pessoas, a tirania em todas as suas formas, as bebidas alcoólicas, pois fazem perder a razão, a fornicação, que atenta contra a honra e mistura, a descência, a usura, a mentira, a trama, a traição e a deserção do serviço militar, quando este é para servir a causa de Deus. Porém, entre todos, os mais graves são a desobediência aos pais, o perjúrio e o falso testemunho.
Além destes, há outros atos abomináveis e maldosos, sobre o que coincide a razão em perceber a sua falsidade e maldade.
Se o muçulmano descuida do cumprimento de algum de seus deveres ou infringe alguma das proibições, porém logo se arrepende e pede o perdão de Deu, Ele o perdoará. Porém, se não se arrepende, ficará muçulmano, todavia pecador e merecedor, do castigo no Dia do Juízo Final, se bem que seu castigo será transitório, não eterno, como será para o incrédulo.
Se renega alguns dos princípios ou doutrinas originais, que duvida delas, ou renega um dever sobre o qual há um consenso geral para o seu cumprimento ou de algo no que há acordo sobre sua ilicitude, ou de uma só palavra do Alcorão, será considerado um apóstata e ser-lhe-á tirada a identidade islâmica, pois o apóstata é o pior crime contra o Islam, igual à traição nas leis modernas. Se não se arrepende, o castigo será a morte.
É possível que o muçulmano abandone algum de seus deveres ou infrinja algumas proibições, mesmo sabendo que é seu dever e que é ilícito. Ele continuará sendo muçulmano, porém pecador. Mas quanto à fé, esta é indivisível e mesmo que creia em noventa e nove por cento e renegue um, será um apóstata.
Pode-se ser muçulmano sem ser crente. É como quem se filia a uma associação, assiste as suas reuniões, paga suas contas e faz papel de sócio, porém não aceita seus princípios nem crê em sua autenticidade. Só entra nela para espionar e corromper seus assuntos. Este é o hipócrita, o que pronuncia os dois testemunhos de fé e cumpre os deveres religiosos aparentemente, porém não crê na verdade. Este não se salvará ante Deus. Sem dúvida, as pessoas o consideram muçulmano, pois só vêm as aparências, porém Deus sabe a respeito dos sentimentos e do coração.
Se o homem crê nos fundamentos ideológicos que são crença absoluta em Deus, não relacionado com associados nem mediadores, nos anjos, nos mensageiros, nos livros Sagrados, na outra vida, no destino, e pronuncia os dois testemunhos de fé, pratica as orações prescritas, jejua durante o mês de Ramadan, paga o Zakat de seu dinheiro, peregrina uma vez na vida se puder, e se priva daquilo em que há acordo sobre sua ilicitude, será um muçulmano crente. Porém o fruto de sua crença não se manifestará nele nem sentirá sua doçura; tampouco será um muçulmano completo até que adote em sua vida a conduta de um muçulmano crente.
O mensageiro de Deus resumiu esta forma de conduta em uma só frase, com as mais eloquentes das palavras que os homens tenham pronunciado.
Estas palavras reunem o bem absoluto, desta e de outra vida e são: Que o muçulamano tenha presente em sua memória que em todo o momento, esteja e pé ou sentado, só ou acompanhado, na seriedade ou na frivolidade, e em todas as circunstâncias, que Deus o vê e observa; então assim não O desobedecerá, e não teme e nem desespera pois sabe que Deus está com ele; não sente a solidào nem a necessidade de nada, um vez que pede e roga a Deus. Pois, ainda que desobedeça - sua natureza é por si desobediente - retorna e se arrepende e lhe será aceito o arrependimento.
Tudo que foi dito anteriormente está baseado nas palavras do Profeta sobre o coneceito Ihsan:
"Adorarás a Deus como se O estivesses vendo, pois se não O estiveres vendo, Ele estará te vendo".
Fonte: Centro Islâmico de Foz do Iguaçu
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