Brasileirão Série A 2010: Corinthians perde em casa para o Grêmio
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Brasileirão Série A 2010: Corinthians perde em casa para o Grêmio
Num jogo dramático no Pacaembu, o Grêmio mostrou a sua velha garra e provou ser "imortal", como canta a sua torcida, ganhando seu primeiro duelo fora de casa neste Campeonato Brasileiro. Venceu o Corinthians por 1 a 0, mesmo jogando com um jogador a menos desde os 12 minutos do segundo tempo, e, com um golaço de Douglas, acabou com a sequência de vitórias alvinegras em casa. Até então, o Corinthians havia vencido todos os seus dez compromissos como mandante no torneio nacional. Aliás, a equipe corintiana, que perdeu um pênalti com Iarley no segundo tempo, não era derrotada no Pacaembu desde novembro do ano passado, quando foi batida pelo Náutico. Eram 23 jogos de invencibilidade.
O Grêmio uniu força com criatividade. Enquanto os volantes Adílson e Ferdinando anulavam Bruno César e Elias, os homens de armação do Corinthians, Douglas e Souza tinham espaço para dominar, pensar na melhor alternativa, lançar seus companheiros. Os dois meias gremistas contavam ainda com a ajuda de Gabriel, lateral que caía pelo meio, se revezando com Souza, confundindo a marcação alvinegra, que perdeu Ralf aos 13 minutos. Ele foi calçado por Douglas e torceu o tornozelo. Tentou voltar, não aguentou e foi chorando para o banco. Boquita entrou em seu lugar.
Com seus armadores anulados, o Corinthians dependia das raras subidas de Jucilei. Iarley e Jorge Henrique, isolados na frente, passarem a voltar para buscar o jogo. Então, o Timão embolou, perdeu senso tático e deu a bola para o Grêmio jogar com tranquilidade. Douglas comandava as ações no meio de campo. Aos 28 minutos, ele cobrou escanteio da esquerda. A bola foi rebatida e sobrou para Gabriel emendar de primeira, de pé esquerdo, que não é o seu forte. O tiro, que saiu forte, rasteiro, entraria no canto esquerdo, mas Julio Cesar se atirou e defendeu.
O Grêmio rondava a área corintiana com cada vez mais frequência. Aos 34, aconteceu o que parecia inevitável. Douglas recebeu pela esquerda, avançou, colocou a bola entre as pernas do zagueiro corintiano Paulo André e encheu a canhota, acertando o ângulo. Um golaço, que não foi comemorado pelo camisa 10. Campeão paulista e da Copa do Brasil no ano passado, pelo Timão, ele preferiu apenas abraçar os companheiros, sem festejar.
O Corinthians, acuado, só conseguia chegar em tiros de longe, sempre de Bruno César, que não acertou o alvo. O Grêmio estava mais perto de marcar o segundo do que levar o empate.
O segundo tempo mudou completamente. O técnico do Corinthians, Adílson Batista, fez uma alteração importante. Tirou o lateral-direito Moacir, que não estava funcionando, e colocou o meia Danilo. O Corinthians, assim, passava a ter uma presença maior no meio-campo. Bruno César ganhou companhia, a bola passou a ser corintiana. E o jogo também.
Agora, o Grêmio não avançava. Limitava-se a afastar a bola de sua área em desesperados chutões. Aos 12 minutos, Bruno César arrancou pela esquerda e foi deslocado por Vilson, num golpe de ombro, na área. Pênalti. O zagueiro gremista, que já tinha amarelo, levou o vermelho. O Corinthians estava com a faca e o queijo na mão. Um pênalti para bater, um jogador a mais em campo. Mas todo o corintiano sabe: as coisas para o Timão nunca são fáceis. Iarley executou a cobrança. Tentava acertar o canto direito. O chute saiu fraco. Victor adivinhou e espalmou. Desespero nas arquibancadas do Pacaembu. Em seguida, Elias recebeu de Bruno César e cruzou. Iarley estava na pequena área. Finalizou, mas Rafael Marques, em cima da linha, salvou.
A pressão corintiana era impressionante - foram 23 finalizações alvinegras contra seis do Tricolor -, e o técnico gremista Renato Gaúcho trancou o seu time. A ordem era afastar a bola da área. Chutão sem pudor. À medida que o tempo passava, os corintianos iam ficando cada vez mais nervosos. A bola parecia queimar. Os cruzamentos na área se intensificaram. Já não havia mais jogada trabalhada. Era pressão por todos os lados. Mas a pressa é inimiga da perfeição.
A noite corintiana só não foi pior graças ao Fluminense. O líder do Campeonato Brasileiro e próximo adversário perdeu para o Atlético-GO, por 2 a 1 em Goiânia, e se manteve três pontos à frente, mas com um jogo a mais. Na quarta-feira, Corinthians e Fluminense se enfrentarão no Rio de Janeiro. Já o Grêmio, com a vitória, escalou quatro posições na tabela e, com 26 pontos, é o décimo colocado - podendo ser ultrapassado no domingo com o complemento da rodada.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 0 x 1 GRÊMIO
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 11 de setembro de 2010, sábado
Horário: 18h30 (de Brasília)
Público: 33.240
Renda: R$ 966.465,00
Árbitro: Francisco Carlos Nascimento (AL)
Assistentes: Pedro Jorge Santos de Araújo (AL) e Guilherme Dias Camilo (MG)
Cartões Amarelos: Boquita (Corinthians); Ferdinando, Rafael Marques, Victor, Vilson e Borges (Grêmio)
Cartão Vermelho: Vilson (Grêmio)
Gols: GRÊMIO: Douglas, aos 33 minutos do primeiro tempo
CORINTHIANS: Júlio César; Moacir (Danilo), Paulo André, William (Defederico) e Leandro Castán; Ralf (Boquita), Jucilei, Elias e Bruno César; Jorge Henrique e Iarley
Técnico: Adílson Batista
GRÊMIO: Victor; Gabriel, Vilson, Rafael Marques e Fábio Santos; Adílson, Ferdinando, Souza e Douglas (Paulão); Jonas (Roberson) e Borges (Lúcio)
Técnico: Renato Gaúcho
Fonte: GE
Grêmio manda no primeiro tempo
O Grêmio uniu força com criatividade. Enquanto os volantes Adílson e Ferdinando anulavam Bruno César e Elias, os homens de armação do Corinthians, Douglas e Souza tinham espaço para dominar, pensar na melhor alternativa, lançar seus companheiros. Os dois meias gremistas contavam ainda com a ajuda de Gabriel, lateral que caía pelo meio, se revezando com Souza, confundindo a marcação alvinegra, que perdeu Ralf aos 13 minutos. Ele foi calçado por Douglas e torceu o tornozelo. Tentou voltar, não aguentou e foi chorando para o banco. Boquita entrou em seu lugar.
Com seus armadores anulados, o Corinthians dependia das raras subidas de Jucilei. Iarley e Jorge Henrique, isolados na frente, passarem a voltar para buscar o jogo. Então, o Timão embolou, perdeu senso tático e deu a bola para o Grêmio jogar com tranquilidade. Douglas comandava as ações no meio de campo. Aos 28 minutos, ele cobrou escanteio da esquerda. A bola foi rebatida e sobrou para Gabriel emendar de primeira, de pé esquerdo, que não é o seu forte. O tiro, que saiu forte, rasteiro, entraria no canto esquerdo, mas Julio Cesar se atirou e defendeu.
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Os jogadores do Grêmio comemoram o gol de Douglas, no Pacaembu (Foto: Ag. Estado)
O Grêmio rondava a área corintiana com cada vez mais frequência. Aos 34, aconteceu o que parecia inevitável. Douglas recebeu pela esquerda, avançou, colocou a bola entre as pernas do zagueiro corintiano Paulo André e encheu a canhota, acertando o ângulo. Um golaço, que não foi comemorado pelo camisa 10. Campeão paulista e da Copa do Brasil no ano passado, pelo Timão, ele preferiu apenas abraçar os companheiros, sem festejar.
O Corinthians, acuado, só conseguia chegar em tiros de longe, sempre de Bruno César, que não acertou o alvo. O Grêmio estava mais perto de marcar o segundo do que levar o empate.
Pressão total do Corinthians
O segundo tempo mudou completamente. O técnico do Corinthians, Adílson Batista, fez uma alteração importante. Tirou o lateral-direito Moacir, que não estava funcionando, e colocou o meia Danilo. O Corinthians, assim, passava a ter uma presença maior no meio-campo. Bruno César ganhou companhia, a bola passou a ser corintiana. E o jogo também.
Agora, o Grêmio não avançava. Limitava-se a afastar a bola de sua área em desesperados chutões. Aos 12 minutos, Bruno César arrancou pela esquerda e foi deslocado por Vilson, num golpe de ombro, na área. Pênalti. O zagueiro gremista, que já tinha amarelo, levou o vermelho. O Corinthians estava com a faca e o queijo na mão. Um pênalti para bater, um jogador a mais em campo. Mas todo o corintiano sabe: as coisas para o Timão nunca são fáceis. Iarley executou a cobrança. Tentava acertar o canto direito. O chute saiu fraco. Victor adivinhou e espalmou. Desespero nas arquibancadas do Pacaembu. Em seguida, Elias recebeu de Bruno César e cruzou. Iarley estava na pequena área. Finalizou, mas Rafael Marques, em cima da linha, salvou.
A pressão corintiana era impressionante - foram 23 finalizações alvinegras contra seis do Tricolor -, e o técnico gremista Renato Gaúcho trancou o seu time. A ordem era afastar a bola da área. Chutão sem pudor. À medida que o tempo passava, os corintianos iam ficando cada vez mais nervosos. A bola parecia queimar. Os cruzamentos na área se intensificaram. Já não havia mais jogada trabalhada. Era pressão por todos os lados. Mas a pressa é inimiga da perfeição.
A noite corintiana só não foi pior graças ao Fluminense. O líder do Campeonato Brasileiro e próximo adversário perdeu para o Atlético-GO, por 2 a 1 em Goiânia, e se manteve três pontos à frente, mas com um jogo a mais. Na quarta-feira, Corinthians e Fluminense se enfrentarão no Rio de Janeiro. Já o Grêmio, com a vitória, escalou quatro posições na tabela e, com 26 pontos, é o décimo colocado - podendo ser ultrapassado no domingo com o complemento da rodada.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 0 x 1 GRÊMIO
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 11 de setembro de 2010, sábado
Horário: 18h30 (de Brasília)
Público: 33.240
Renda: R$ 966.465,00
Árbitro: Francisco Carlos Nascimento (AL)
Assistentes: Pedro Jorge Santos de Araújo (AL) e Guilherme Dias Camilo (MG)
Cartões Amarelos: Boquita (Corinthians); Ferdinando, Rafael Marques, Victor, Vilson e Borges (Grêmio)
Cartão Vermelho: Vilson (Grêmio)
Gols: GRÊMIO: Douglas, aos 33 minutos do primeiro tempo
CORINTHIANS: Júlio César; Moacir (Danilo), Paulo André, William (Defederico) e Leandro Castán; Ralf (Boquita), Jucilei, Elias e Bruno César; Jorge Henrique e Iarley
Técnico: Adílson Batista
GRÊMIO: Victor; Gabriel, Vilson, Rafael Marques e Fábio Santos; Adílson, Ferdinando, Souza e Douglas (Paulão); Jonas (Roberson) e Borges (Lúcio)
Técnico: Renato Gaúcho
Fonte: GE
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