Di Cavalcanti
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Di Cavalcanti
Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque Melo (1897 - 1976) é considerado um dos principais pintores modernistas brasileiros, tendo atingido sua maturidade artística principalmente a partir dos anos 40, além da pintura e do desenho escreveu prosa e poesia. Foi o provável autor da iniciativa de se realizar a Semana de Arte Moderna de 22. Nasceu no Rio de Janeiro, tendo oportunidade de estar sempre no meio de intelectuais e artistas que visitavam a casa de seu tio.
Suas primeiras manifestações nas artes visuais foi como desenhista e caricaturista. Já em 1914 a Revista Fon Fon, de orientação progressista, publicava seus desenhos, participando, dois anos depois, do Salão dos Humoristas. Em 1917 vai para São Paulo estudar na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, trabalhando como revisor para o jornal “O Estado de S.Paulo“.
Um ano depois já está freqüentando o círculo de intelectuais e artistas de vanguarda na cidade e atua como diretor artístico da Revista Panóplia. Na ocasião da Semana de Arte Moderna, em fevereiro de 1922, Di Cavalcanti era o único artista à frente do evento que ainda não tinha tido contato com a Europa. Nela expôs trabalhos mesclando influências simbolistas, impressionistas e demostrando ainda leve tendência expressionista. “Ao Pé da Cruz“, “Intimidade“ e “Coqueteria“ são algumas dessas obras. Um ano depois desiste da faculdade de Direito (que na realidade nunca se empenhara) e acaba embarcando para Paris para estudar artes plásticas, atuando como correspondente do jornal Correio da Manhã. Em Paris (entre 1923 e 1925) conhece artistas que exerceriam profunda influência sobre seu trabalho como Picasso (a maior influência, principalmente seus nus monumentais dos anos 20), Braque, Matisse e poetas como Breton, Jean Cocteau e compositores como Eric Satie. Posteriormente foi à Itália, entrando em contato com trabalhos de mestres antigos como Michelângelo e Ticiano. Retorna à cidade entre 1935 e 1940. Sua obra inspira-se em diferentes fontes como o Expressionismo, o Cubismo, O Surrealismo, os Fauves, El grego, Cézanne, Gauguin, Lautrec, mexicanos como Diego Rivera, entre outros.
Entretanto, a interpretação pessoal e a temática brasileira sempre foram marca registrada do pintor, estritamente figurativista: as mulatas, (um de seus temas preferidos, sendo chamado por Mário de Andrade o “mulatista-mor“ da pintura), o samba, os morros do Rio de Janeiro e a vida noturna da cidade, os pescadores, as prostitutas, são constantes no trabalho do pintor. Entre eles podem ser citados: “Mesa de Bar“, de 1929; “Cinco Moças de Guaratinguetá“, de 1930; “Mulata com Leque“, de 1937; “O Nascimento de Vênus“, de 1940 (em que trata a mitologia sob ótica tropical); “Ciganos“, de 1940; “Mulher de Vermelho“, de 1945, “Mulata com Gato Preto“, “Onde Eu Estaria Feliz“ (com sua claridade e composição atípica do pintor) e “Pescadores“, de 1951. Dividiu o prêmio de Melhor Pintor Nacional com Volpi na II Bienal de São Paulo. Publicou dois livros de memórias: “Viagem da Minha Vida - Testamento da Alvorada“, em 1955 e “Reminiscências Líricas de um Perfeito Carioca“, 1964.
Suas primeiras manifestações nas artes visuais foi como desenhista e caricaturista. Já em 1914 a Revista Fon Fon, de orientação progressista, publicava seus desenhos, participando, dois anos depois, do Salão dos Humoristas. Em 1917 vai para São Paulo estudar na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, trabalhando como revisor para o jornal “O Estado de S.Paulo“.
Um ano depois já está freqüentando o círculo de intelectuais e artistas de vanguarda na cidade e atua como diretor artístico da Revista Panóplia. Na ocasião da Semana de Arte Moderna, em fevereiro de 1922, Di Cavalcanti era o único artista à frente do evento que ainda não tinha tido contato com a Europa. Nela expôs trabalhos mesclando influências simbolistas, impressionistas e demostrando ainda leve tendência expressionista. “Ao Pé da Cruz“, “Intimidade“ e “Coqueteria“ são algumas dessas obras. Um ano depois desiste da faculdade de Direito (que na realidade nunca se empenhara) e acaba embarcando para Paris para estudar artes plásticas, atuando como correspondente do jornal Correio da Manhã. Em Paris (entre 1923 e 1925) conhece artistas que exerceriam profunda influência sobre seu trabalho como Picasso (a maior influência, principalmente seus nus monumentais dos anos 20), Braque, Matisse e poetas como Breton, Jean Cocteau e compositores como Eric Satie. Posteriormente foi à Itália, entrando em contato com trabalhos de mestres antigos como Michelângelo e Ticiano. Retorna à cidade entre 1935 e 1940. Sua obra inspira-se em diferentes fontes como o Expressionismo, o Cubismo, O Surrealismo, os Fauves, El grego, Cézanne, Gauguin, Lautrec, mexicanos como Diego Rivera, entre outros.
Entretanto, a interpretação pessoal e a temática brasileira sempre foram marca registrada do pintor, estritamente figurativista: as mulatas, (um de seus temas preferidos, sendo chamado por Mário de Andrade o “mulatista-mor“ da pintura), o samba, os morros do Rio de Janeiro e a vida noturna da cidade, os pescadores, as prostitutas, são constantes no trabalho do pintor. Entre eles podem ser citados: “Mesa de Bar“, de 1929; “Cinco Moças de Guaratinguetá“, de 1930; “Mulata com Leque“, de 1937; “O Nascimento de Vênus“, de 1940 (em que trata a mitologia sob ótica tropical); “Ciganos“, de 1940; “Mulher de Vermelho“, de 1945, “Mulata com Gato Preto“, “Onde Eu Estaria Feliz“ (com sua claridade e composição atípica do pintor) e “Pescadores“, de 1951. Dividiu o prêmio de Melhor Pintor Nacional com Volpi na II Bienal de São Paulo. Publicou dois livros de memórias: “Viagem da Minha Vida - Testamento da Alvorada“, em 1955 e “Reminiscências Líricas de um Perfeito Carioca“, 1964.
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