CTT recebem mais de 300 mil cartas para o Pai Natal
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CTT recebem mais de 300 mil cartas para o Pai Natal
CTT recebem mais de 300 mil cartas para o Pai Natal
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Trazem
selos inventados, desenhos e destinam-se sobretudo ao Pólo Norte. Os
CTT esperam este ano pelo menos 300 mil cartas ao Pai Natal, mensagens
simples, por vezes com erros, mas recheadas de uma desconcertante
capacidade de sonhar.
A duas semanas da visita do velhinho mais
famoso do mundo, não há tempo a perder para organizar os envelopes que
chegam de todas as partes do país e mesmo do estrangeiro, em particular
das comunidades portuguesas.
Diariamente, uma equipa de 15 a 20
pessoas, instalada na central da empresa em Cabo Ruivo (Lisboa), abre e
lê algumas listas de presentes pretendidos, mas também muitas mensagens
solidárias, como a da Bárbara.
«Querido Pai Natal, eu gostaria
de te pedir muitas prendas, mas como sei que tu tens muitos meninos que
precisam mais do que eu, aceito o que tu me quiseres dar», escreve,
numa caligrafia esforçada.
A imaginação e a sinceridade não
conhecem limites quando as palavras pertencem a quem acredita na magia
de uma fábrica de brinquedos na Rua das Estrelas ou na Aldeia do Pai
Natal, no Pólo Norte.
Noutros anos, pediram-se, por exemplo,
«dois ratinhos a sério, um cão e um gato com os seus ninhos», sugestões
para «deixar de ser faladora», um quadro para escrever com o giz já
oferecido pela madrinha e filmes sobre o corpo «umano» para ver com «a
televisão e o comando ligado a ela».
«Sei que a vida está má
oiço a minha mãe a falar com o meu pai a dizer que a prestação do banco
já vai em 500 euros e os ordenados são pequenos nem tenho coragem de
lhe pedir nada por isso lembrei-me de falar contigo se me puderes dar
uma prenda», lia-se numa outra carta, certamente enviada sem a
correcção dos pais.
Segundo o director de comunicação dos CTT,
Luís Andrade, é praticamente certo que mensagens como esta motivem
alguns funcionários a ajudar, por sua própria iniciativa, crianças de
famílias desfavorecidas cujas dificuldades lhes chegam às mãos.
«Não
tenho um controlo rigoroso, mas isto toca de tal forma as pessoas que
há, com certeza, muita gente que se transforma em Pai Natal de algumas
crianças, principalmente daquelas que revelam carências e problemas de
ordem social», admite à Lusa, adiantando, no entanto, que, por
protecção da privacidade, as moradas não são facultadas ao público,
mesmo que as intenções sejam semelhantes.
Ainda assim, nenhum
texto ou desenho fica sem resposta – os pequenos remetentes recebem uma
mensagem do Pai Natal (escrita, na verdade, pelo director dos CTT), e
uma lembrança de carácter didáctico.
Por isso, devem indicar a
sua morada completa no envelope, apesar de não ser preciso colar nenhum
selo (real, pelo menos, já que é comum desenhá-los).
«Este
projecto tem naturalmente um determinado investimento, mas julgo que
muito mais importante do que o seu volume é o investimento na
criatividade e na imaginação dos meninos. Este é que é o grande
retorno: fomentar a capacidade de sonhar, de criar, de imaginar um
mundo melhor», afirma Luís Andrade.
Para o responsável, a
iniciativa tem também o mérito de incentivar o convívio e a partilha de
objectivos entre cada criança e a família e a escola, contextos em que
a maioria dos textos e dos desenhos é feita.
O Pai Natal dos CTT teve início em 1985, ano em que foram recebidas duas mil cartas.
Em 2000, o número ascendia já a cerca de 150 mil e em 2007 esteve perto das 300 mil.
«Este
ano esperamos ligeiramente mais», adianta o director de comunicação,
admitindo que a falta de espaço para armazenamento de tal quantidade
obriga à «dolorosa» destruição de uma parte significativa das cartas,
depois das festas.
Ainda assim, os Correios prometem continuar a
receber todas as cartas com a mesma atenção do Pai Natal e a estimular
cada vez mais a imaginação.
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Trazem
selos inventados, desenhos e destinam-se sobretudo ao Pólo Norte. Os
CTT esperam este ano pelo menos 300 mil cartas ao Pai Natal, mensagens
simples, por vezes com erros, mas recheadas de uma desconcertante
capacidade de sonhar.
A duas semanas da visita do velhinho mais
famoso do mundo, não há tempo a perder para organizar os envelopes que
chegam de todas as partes do país e mesmo do estrangeiro, em particular
das comunidades portuguesas.
Diariamente, uma equipa de 15 a 20
pessoas, instalada na central da empresa em Cabo Ruivo (Lisboa), abre e
lê algumas listas de presentes pretendidos, mas também muitas mensagens
solidárias, como a da Bárbara.
«Querido Pai Natal, eu gostaria
de te pedir muitas prendas, mas como sei que tu tens muitos meninos que
precisam mais do que eu, aceito o que tu me quiseres dar», escreve,
numa caligrafia esforçada.
A imaginação e a sinceridade não
conhecem limites quando as palavras pertencem a quem acredita na magia
de uma fábrica de brinquedos na Rua das Estrelas ou na Aldeia do Pai
Natal, no Pólo Norte.
Noutros anos, pediram-se, por exemplo,
«dois ratinhos a sério, um cão e um gato com os seus ninhos», sugestões
para «deixar de ser faladora», um quadro para escrever com o giz já
oferecido pela madrinha e filmes sobre o corpo «umano» para ver com «a
televisão e o comando ligado a ela».
«Sei que a vida está má
oiço a minha mãe a falar com o meu pai a dizer que a prestação do banco
já vai em 500 euros e os ordenados são pequenos nem tenho coragem de
lhe pedir nada por isso lembrei-me de falar contigo se me puderes dar
uma prenda», lia-se numa outra carta, certamente enviada sem a
correcção dos pais.
Segundo o director de comunicação dos CTT,
Luís Andrade, é praticamente certo que mensagens como esta motivem
alguns funcionários a ajudar, por sua própria iniciativa, crianças de
famílias desfavorecidas cujas dificuldades lhes chegam às mãos.
«Não
tenho um controlo rigoroso, mas isto toca de tal forma as pessoas que
há, com certeza, muita gente que se transforma em Pai Natal de algumas
crianças, principalmente daquelas que revelam carências e problemas de
ordem social», admite à Lusa, adiantando, no entanto, que, por
protecção da privacidade, as moradas não são facultadas ao público,
mesmo que as intenções sejam semelhantes.
Ainda assim, nenhum
texto ou desenho fica sem resposta – os pequenos remetentes recebem uma
mensagem do Pai Natal (escrita, na verdade, pelo director dos CTT), e
uma lembrança de carácter didáctico.
Por isso, devem indicar a
sua morada completa no envelope, apesar de não ser preciso colar nenhum
selo (real, pelo menos, já que é comum desenhá-los).
«Este
projecto tem naturalmente um determinado investimento, mas julgo que
muito mais importante do que o seu volume é o investimento na
criatividade e na imaginação dos meninos. Este é que é o grande
retorno: fomentar a capacidade de sonhar, de criar, de imaginar um
mundo melhor», afirma Luís Andrade.
Para o responsável, a
iniciativa tem também o mérito de incentivar o convívio e a partilha de
objectivos entre cada criança e a família e a escola, contextos em que
a maioria dos textos e dos desenhos é feita.
O Pai Natal dos CTT teve início em 1985, ano em que foram recebidas duas mil cartas.
Em 2000, o número ascendia já a cerca de 150 mil e em 2007 esteve perto das 300 mil.
«Este
ano esperamos ligeiramente mais», adianta o director de comunicação,
admitindo que a falta de espaço para armazenamento de tal quantidade
obriga à «dolorosa» destruição de uma parte significativa das cartas,
depois das festas.
Ainda assim, os Correios prometem continuar a
receber todas as cartas com a mesma atenção do Pai Natal e a estimular
cada vez mais a imaginação.
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