" Mosquito ": sistema de ultra-sons que repele jovens, alargado a todas as idades
:: Menu Entretenimento :: Mundo
Página 1 de 1
" Mosquito ": sistema de ultra-sons que repele jovens, alargado a todas as idades
" Mosquito ": sistema de ultra-sons que repele jovens, alargado a todas as idades
O
"Mosquito", um polémico emissor de ultra-sons destinado inicialmente a
lutar contra a delinquência juvenil, vai ser aprovado para ser audível
por todas as idades, anunciaram terça-feira os fabricantes.
Introduzido
no Reino Unido em 2005, o Mosquito é um aparelho que emite sons a alta
frequência - 17 kilohertz - que não são audíveis por pessoas com mais
de 25 anos. Mais de 9.000 exemplares do aparelho fabricado pela
sociedade galesa Compound Security System, foram vendidos em todo o
mundo.
A maioria destes aparelhos está instalada nas imediações
de supermercados, ou em locais onde os jovens habitualmente se reúnem,
com o objectivo de afastar os potenciais delinquentes.
Mas a
sociedade galesa, que explica ter respondido ao pedido de numerosas
forças de manutenção da ordem, acaba de lançar no comércio uma versão
"multi-idades".
"Muitas pessoas sem residência fixa têm mais de
25 anos e muitas pessoas reúnem-se nas passagens subterrâneas, (as
empresas de segurança) querem simplesmente mandá-los embora", explicou
Simon Morris, director comercial de Compound security System.
Uma
centena de exemplares desta nova versão - vendida a 495 libras ou 580
euros - já foi vendida, nomeadamente na Holanda e nos Estados Unidos.
Os aparelhos desta nova versão emitem um assobio estridente pontuado
por curtas pulsações.
"Não é tanto a frequência que incomoda ",
explicou um policial britânico a coberto do anonimato. "É o tipo de
som, a tonalidade e as pulsações. Porque não é um ruído regular, o
cérebro não o pode ignorar", acrescentou.
Mas as organizações de
protecção dos direitos humanos, particularmente das crianças,
insurgiram-se contra o "Mosquito" desde o seu lançamento há três anos.
"Este
aparelho não faz distinção e atinge todas as crianças e jovens,
incluindo bebés, além de que não tem em conta se estes estão a ter um
comportamento condenável ou não", realçou em Fevereiro Al
Aynsley-Green, responsável governamental pela protecção de crianças, no
lançamento desta campanha.
"O Mosquito não tem lugar num país
que preza as suas crianças e que procura inculcar-lhes dignidade e
respeito", afirmou Shami Chakrabarti da organização de defesa dos
direitos humanos Liberty.
Howard Stapleton, o inventor deste
aparelho, reconheceu que este pode ser utilizado com más intenções e
sugeriu que o seu uso fosse regulamentado.
Contudo, "as pessoas
falam de violação dos direitos humanos mas onde estão os direitos
humanos dos comerciantes que vêem os seus negócios ser arruinados
devido a grupos de jovens incontroláveis que afastam os seus
clientes?", perguntou Howard.
A Comissão Europeia fez saber, em Abril, que não pretendia proibir o dispositivo.
Em
Portugal, o grupo Cooper Safety não iniciou a comercialização do
"Mosquito", por considerar que a sua utilização poderá levantar
questões éticas.
O
"Mosquito", um polémico emissor de ultra-sons destinado inicialmente a
lutar contra a delinquência juvenil, vai ser aprovado para ser audível
por todas as idades, anunciaram terça-feira os fabricantes.
Introduzido
no Reino Unido em 2005, o Mosquito é um aparelho que emite sons a alta
frequência - 17 kilohertz - que não são audíveis por pessoas com mais
de 25 anos. Mais de 9.000 exemplares do aparelho fabricado pela
sociedade galesa Compound Security System, foram vendidos em todo o
mundo.
A maioria destes aparelhos está instalada nas imediações
de supermercados, ou em locais onde os jovens habitualmente se reúnem,
com o objectivo de afastar os potenciais delinquentes.
Mas a
sociedade galesa, que explica ter respondido ao pedido de numerosas
forças de manutenção da ordem, acaba de lançar no comércio uma versão
"multi-idades".
"Muitas pessoas sem residência fixa têm mais de
25 anos e muitas pessoas reúnem-se nas passagens subterrâneas, (as
empresas de segurança) querem simplesmente mandá-los embora", explicou
Simon Morris, director comercial de Compound security System.
Uma
centena de exemplares desta nova versão - vendida a 495 libras ou 580
euros - já foi vendida, nomeadamente na Holanda e nos Estados Unidos.
Os aparelhos desta nova versão emitem um assobio estridente pontuado
por curtas pulsações.
"Não é tanto a frequência que incomoda ",
explicou um policial britânico a coberto do anonimato. "É o tipo de
som, a tonalidade e as pulsações. Porque não é um ruído regular, o
cérebro não o pode ignorar", acrescentou.
Mas as organizações de
protecção dos direitos humanos, particularmente das crianças,
insurgiram-se contra o "Mosquito" desde o seu lançamento há três anos.
"Este
aparelho não faz distinção e atinge todas as crianças e jovens,
incluindo bebés, além de que não tem em conta se estes estão a ter um
comportamento condenável ou não", realçou em Fevereiro Al
Aynsley-Green, responsável governamental pela protecção de crianças, no
lançamento desta campanha.
"O Mosquito não tem lugar num país
que preza as suas crianças e que procura inculcar-lhes dignidade e
respeito", afirmou Shami Chakrabarti da organização de defesa dos
direitos humanos Liberty.
Howard Stapleton, o inventor deste
aparelho, reconheceu que este pode ser utilizado com más intenções e
sugeriu que o seu uso fosse regulamentado.
Contudo, "as pessoas
falam de violação dos direitos humanos mas onde estão os direitos
humanos dos comerciantes que vêem os seus negócios ser arruinados
devido a grupos de jovens incontroláveis que afastam os seus
clientes?", perguntou Howard.
A Comissão Europeia fez saber, em Abril, que não pretendia proibir o dispositivo.
Em
Portugal, o grupo Cooper Safety não iniciou a comercialização do
"Mosquito", por considerar que a sua utilização poderá levantar
questões éticas.
:: Menu Entretenimento :: Mundo
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos