Desmatamento e poluição dos rios e da atmosfera
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Desmatamento e poluição dos rios e da atmosfera
Desmatamento e poluição seguem o rastro do agronegócio
Degradação ambiental e concentração fundiária acompanham o avanço da agricultura empresarial no país. Prejuízos causados ao Pantanal, Cerrado e Amazônia são a face mais conhecida dos danos que também atingem camponeses e populações tradicionais
O agronegócio avança na trilha do desmatamento meio ambiente. No lugar da floresta, grandes pastos para receber gado, lavouras de soja e algodão. Esse é o alto preço que paga o país por apostar na grande propriedade rural como alavanca para o desenvolvimento econômico. As ameaças ao Pantanal, Cerrado e Amazônia são apenas a face mais conhecida da destruição ambiental provocada também por grandes projetos de infra-estrutura que obedecem às demandas da indústria e da agricultura exportadora.
A extração ilegal de madeira para fornecer às siderúrgicas, produtoras de ferro-gusa, também preocupa os agricultores da região de Carajás. Além de testemunhar a plantação de eucaliptos em grandes propriedades alterando a paisagem, Nilton Fernandes da Silva, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Marabá, também vê a mata nativa das pequenas propriedades sendo derrubada e vendida às carvoeiras. O carvão vegetal é utilizado na fabricação de ferro-gusa, matéria-prima do aço.
A agricultura empresarial depende da exploração de grandes extensões de terra. E o termo agronegócio - utilizado para modernizar a imagem do latifúndio - não esconde que, por onde a atividade avança, crescem a degradação ambiental e a concentração fundiária.
Redução de danos
O Ministério do Meio Ambiente tem apostado que é possível conciliar o crescimento econômico do país com a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais. Tarefa que impõe um grande desafio, uma vez que a exportação de produtos agrícolas cultivados por grandes propriedades rurais sustenta a política econômica do governo federal, dependente de superávits na balança comercial. Enquanto o Ministério da Agricultura, porta-voz dos interesses do agronegócio, estima que quase 90 milhões de hectares de terras férteis ainda podem ser explorados no país.
Na opinião de Tasso de Azevedo, a principal arma contra a destruição das florestas é a regularização fundiária, que concede direito de uso e posse da terra e, ao mesmo tempo, arrecada as áreas públicas ocupadas por grileiros (pessoas que falsificam documentos para justificar a posse da terra).
Articulado com a política ambiental, o Ministério de Desenvolvimento Agrário definiu que a política de regularização fundiária deverá começar pela região Norte do país, principalmente pelos estados de Roraima, Pará e Amazonas. A ação já estava prevista desde 2003, mas o governo afirma que só agora o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) tem estrutura para iniciar o trabalho.
Essa região, que abrange municípios como Marabá, Santana do Araguaia e Xinguara, ainda sente os sintomas de uma colonização incentivada pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar que beneficiou os grandes empreendimentos do Centro-Sul e de fora do país. Ficaram do lado de fora a população indígena, as comunidades tradicionais e os pequenos produtores que, pelo o que tem sido observado, possuem maior capacidade de preservar o meio ambiente em comparação ao latifúndio.
Contudo, a pressão gerada pelo crescimento dos negócios extrativistas ou agropecuários tem alterado a realidade econômica dessas regiões e nem todos os assentamentos rurais na Amazônia conseguem preservar suas próprias áreas. Segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), até o ano de 2002 havia 1.354 assentamentos, ocupando mais de 231 mil quilômetros quadrados e onde moram mais de 200 mil famílias. Esses assentamentos estão localizados ao longo das rodovias e na região do Arco do Desmatamento (partes dos territórios de Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Pará e Maranhão).
A organizações ambientalistas criticam a opção estatal de privilegiar a criação de assentamentos na região Norte do país, sem levar em conta o impacto ambiental que isso tem gerado. Mais de 80% dos assentamentos foram criados a partir de 1995, mas a política de levar "homens sem terra para uma terra sem homens", respaldada pelo regime militar, é antiga, discursada do Juscelino Kubitschek e por Getúlio Vargas.
Moradora de um projeto agroextrativista de Nova Ipixuna, Maria do Espírito Santo, conta que recebe sempre ameaças por denunciar a retirada ilegal de árvores do assentamento, localizado a cerca de 100 quilômetros de Marabá.
É forte a resistência das populações tradicionais na luta para preservar a floresta. Mas as ações do poder público parecem chegar tarde e serem frágeis frente ao poder de atividades econômicas que já alteraram profundamente a paisagem brasileira.
Derrubando árvores
Entre 2004 e 2005, foram desmatados cerca de 19 mil quilômetros quadrados na região amazônica. O campeão de desmatamento foi o Estado do Mato Grosso, com quase 7 mil quilômetros quadrados de floresta derrubada, seguido pelo Pará, com cerca de 6 mil quilômetros quadrados. São números menores do que os índices apresentados em 2004, quando nada menos que 27 mil quilômetros quadrados de floresta haviam sido destruídos. Mas os pequenos agricultores, indígenas, seringueiros, pescadores e ribeirinhos não têm motivos para respirar aliviados.
As árvores derrubadas são parte de uma história que começou nos anos 70, com a expansão das fronteiras agrícolas. A entrada da agricultura empresarial na região da Amazônia Legal alterou radicalmente o uso que os povos indígenas e as populações locais faziam da terra, basicamente a agricultura de subsistência e extrativismo. Quando a soja chegou nos anos 80 à região, boa parte da cobertura vegetal já havia cedido espaço à pecuária extensiva.
No ciclo da expansão agrícola, a criação de gado abre fronteiras, amansa e regulariza a terra e depois cede espaço às monoculturas, para depois avançar sobre outras áreas da floresta. Segundo o Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE), partindo do Sudeste do Mato Grosso, a soja alcançou nos anos 90 a região Norte do Estado e seguiu em direção à rodovia Cuiabá-Santarém (BR-163). Nesta região está, por exemplo, o município de Sorriso que é responsável atualmente por mais de 10% da produção nacional de soja. No caminho, outros municípios cresceram rapidamente sob a influência do agronegócio, como a região de Rondonópolis, onde se consolidou o cultivo de soja e milho. Quando conquistou o Pará, incentivada por benefícios concedidos pelo governo estadual, a soja já dominava as lavouras nos cerrados de Mato Grosso, Tocantins, Sul do Maranhão e Piauí.
Engana-se, porém, quem imagina que a abertura de novas fronteiras agrícolas está próxima de seu fim. Em 2002, o IBGE fez o primeiro levantamento sobre o meio ambiente nos municípios brasileiros e revelou que a região de cerrado na porção Oeste da Bahia já está ameaçada pelo desmatamento. "Muitos gestores municipais indicaram queimadas e desmatamento alterando a qualidade de vida e a paisagem. Pode estar se repetindo aí a expansão agropecuária que já substituiu por enormes plantações de soja grande parte dos cerrados outrora existentes no Brasil Central", indica a pesquisa.
Degradação ambiental e concentração fundiária acompanham o avanço da agricultura empresarial no país. Prejuízos causados ao Pantanal, Cerrado e Amazônia são a face mais conhecida dos danos que também atingem camponeses e populações tradicionais
O agronegócio avança na trilha do desmatamento meio ambiente. No lugar da floresta, grandes pastos para receber gado, lavouras de soja e algodão. Esse é o alto preço que paga o país por apostar na grande propriedade rural como alavanca para o desenvolvimento econômico. As ameaças ao Pantanal, Cerrado e Amazônia são apenas a face mais conhecida da destruição ambiental provocada também por grandes projetos de infra-estrutura que obedecem às demandas da indústria e da agricultura exportadora.
A extração ilegal de madeira para fornecer às siderúrgicas, produtoras de ferro-gusa, também preocupa os agricultores da região de Carajás. Além de testemunhar a plantação de eucaliptos em grandes propriedades alterando a paisagem, Nilton Fernandes da Silva, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Marabá, também vê a mata nativa das pequenas propriedades sendo derrubada e vendida às carvoeiras. O carvão vegetal é utilizado na fabricação de ferro-gusa, matéria-prima do aço.
A agricultura empresarial depende da exploração de grandes extensões de terra. E o termo agronegócio - utilizado para modernizar a imagem do latifúndio - não esconde que, por onde a atividade avança, crescem a degradação ambiental e a concentração fundiária.
Redução de danos
O Ministério do Meio Ambiente tem apostado que é possível conciliar o crescimento econômico do país com a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais. Tarefa que impõe um grande desafio, uma vez que a exportação de produtos agrícolas cultivados por grandes propriedades rurais sustenta a política econômica do governo federal, dependente de superávits na balança comercial. Enquanto o Ministério da Agricultura, porta-voz dos interesses do agronegócio, estima que quase 90 milhões de hectares de terras férteis ainda podem ser explorados no país.
Na opinião de Tasso de Azevedo, a principal arma contra a destruição das florestas é a regularização fundiária, que concede direito de uso e posse da terra e, ao mesmo tempo, arrecada as áreas públicas ocupadas por grileiros (pessoas que falsificam documentos para justificar a posse da terra).
Articulado com a política ambiental, o Ministério de Desenvolvimento Agrário definiu que a política de regularização fundiária deverá começar pela região Norte do país, principalmente pelos estados de Roraima, Pará e Amazonas. A ação já estava prevista desde 2003, mas o governo afirma que só agora o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) tem estrutura para iniciar o trabalho.
Essa região, que abrange municípios como Marabá, Santana do Araguaia e Xinguara, ainda sente os sintomas de uma colonização incentivada pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar que beneficiou os grandes empreendimentos do Centro-Sul e de fora do país. Ficaram do lado de fora a população indígena, as comunidades tradicionais e os pequenos produtores que, pelo o que tem sido observado, possuem maior capacidade de preservar o meio ambiente em comparação ao latifúndio.
Contudo, a pressão gerada pelo crescimento dos negócios extrativistas ou agropecuários tem alterado a realidade econômica dessas regiões e nem todos os assentamentos rurais na Amazônia conseguem preservar suas próprias áreas. Segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), até o ano de 2002 havia 1.354 assentamentos, ocupando mais de 231 mil quilômetros quadrados e onde moram mais de 200 mil famílias. Esses assentamentos estão localizados ao longo das rodovias e na região do Arco do Desmatamento (partes dos territórios de Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Pará e Maranhão).
A organizações ambientalistas criticam a opção estatal de privilegiar a criação de assentamentos na região Norte do país, sem levar em conta o impacto ambiental que isso tem gerado. Mais de 80% dos assentamentos foram criados a partir de 1995, mas a política de levar "homens sem terra para uma terra sem homens", respaldada pelo regime militar, é antiga, discursada do Juscelino Kubitschek e por Getúlio Vargas.
Moradora de um projeto agroextrativista de Nova Ipixuna, Maria do Espírito Santo, conta que recebe sempre ameaças por denunciar a retirada ilegal de árvores do assentamento, localizado a cerca de 100 quilômetros de Marabá.
É forte a resistência das populações tradicionais na luta para preservar a floresta. Mas as ações do poder público parecem chegar tarde e serem frágeis frente ao poder de atividades econômicas que já alteraram profundamente a paisagem brasileira.
Derrubando árvores
Entre 2004 e 2005, foram desmatados cerca de 19 mil quilômetros quadrados na região amazônica. O campeão de desmatamento foi o Estado do Mato Grosso, com quase 7 mil quilômetros quadrados de floresta derrubada, seguido pelo Pará, com cerca de 6 mil quilômetros quadrados. São números menores do que os índices apresentados em 2004, quando nada menos que 27 mil quilômetros quadrados de floresta haviam sido destruídos. Mas os pequenos agricultores, indígenas, seringueiros, pescadores e ribeirinhos não têm motivos para respirar aliviados.
As árvores derrubadas são parte de uma história que começou nos anos 70, com a expansão das fronteiras agrícolas. A entrada da agricultura empresarial na região da Amazônia Legal alterou radicalmente o uso que os povos indígenas e as populações locais faziam da terra, basicamente a agricultura de subsistência e extrativismo. Quando a soja chegou nos anos 80 à região, boa parte da cobertura vegetal já havia cedido espaço à pecuária extensiva.
No ciclo da expansão agrícola, a criação de gado abre fronteiras, amansa e regulariza a terra e depois cede espaço às monoculturas, para depois avançar sobre outras áreas da floresta. Segundo o Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE), partindo do Sudeste do Mato Grosso, a soja alcançou nos anos 90 a região Norte do Estado e seguiu em direção à rodovia Cuiabá-Santarém (BR-163). Nesta região está, por exemplo, o município de Sorriso que é responsável atualmente por mais de 10% da produção nacional de soja. No caminho, outros municípios cresceram rapidamente sob a influência do agronegócio, como a região de Rondonópolis, onde se consolidou o cultivo de soja e milho. Quando conquistou o Pará, incentivada por benefícios concedidos pelo governo estadual, a soja já dominava as lavouras nos cerrados de Mato Grosso, Tocantins, Sul do Maranhão e Piauí.
Engana-se, porém, quem imagina que a abertura de novas fronteiras agrícolas está próxima de seu fim. Em 2002, o IBGE fez o primeiro levantamento sobre o meio ambiente nos municípios brasileiros e revelou que a região de cerrado na porção Oeste da Bahia já está ameaçada pelo desmatamento. "Muitos gestores municipais indicaram queimadas e desmatamento alterando a qualidade de vida e a paisagem. Pode estar se repetindo aí a expansão agropecuária que já substituiu por enormes plantações de soja grande parte dos cerrados outrora existentes no Brasil Central", indica a pesquisa.
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Re: Desmatamento e poluição dos rios e da atmosfera
Poluição da água
As águas subterrâneas, os rios, lagos e mares são o destino final de todo poluente solúvel lançado no ar e no solo.
A poluição da água tem causado sérios problemas ecológicos, no Brasil, em rios como o Tietê (SP) e Paraíba do Sul(SP-RJ). A maior responsabilidade pela devastação da fauna e pela deterioração da água nessas vias fluviais cabe às indústrias químicas instaladas em suas margens.
Os resíduos fecais constituem os principais poluentes presentes nos esgotos domésticos.
Eles contêm principalmente restos orgânicos e bactérias coliformes. Tais poluentes causam distúrbios intestinais, diarréia e intoxicações.
O grande acúmulo de restos orgânicos facilita a proliferação de bactérias aeróbias, que são consumidoras de oxigênio. Com o consumo do oxigênio, desenvolvem-se bactérias anaeróbias, produtos dos gases de putrefação, responsáveis pelo cheiro da água, e tóxicas para os seres vivos.
Os fertilizantes usados na lavoura, quando arrastados pela água da chuva, podem poluir rios e lagos. Os nitratos e fosfato, principalmente, favorecem uma proliferação exagerada de algas, que podem cobrir completamente a superfície da água. Esse processo, denominado eutrofização, limita e inibe o desenvolvimento de outros organismos.
Os agrotóxicos usados na lavoura são muitos tóxicos. Os organismos aquáticos são afetados pelos inseticidas. Os que não morrem acumulam tais materiais; quando são comidos por outros, o efeitos tóxicos é transferido para organismos maiores. Peixes, aves e mamíferos sofrem os efeitos tóxicos dos inseticidas. No homem, a intoxicação provoca dores de cabeça, diarréias, sudorese, vômitos, dificuldades respiratórias, choque e morte.
Os detergentes impedem a decantação e a deposição de sedimentos e, como reduzem a tensão superficial, permitem a formação de espuma na superfície da água.
Os ácidos acidificam a água de rios e lagos, comprometendo toda a vida aquática. Eles chegam até os rios e lagos com as chuvas ácidas, em conseqüência da poluição atmosférica por dióxidos de enxofre e óxido de nitrogênio.
O petróleo polui a água do mar durante o transportes, pois ocorrem vazamentos e a limpeza dos petroleiros é feita no mar. Ele se espalha sobre a água, formando uma camada que impedi as trocas gasosas e a passagem da luz. Com isso, ocorrem os organismos componentes do plâncton; muitos peixes ficam com as brânquias obstruídas, o que os impedem de respirar; e as aves marinhas, com as penas lambuzando de petróleo, podem a capacidade de voar e de boiar, o que as condena à marte.
Os metais pesados, principalmente chumbo, mercúrio e cádmio, quando ingeridos com a água, causam problemas semelhantes ao que provoca quando inalados. O mercúrio, entretanto, torna-se mais tóxicos na água porque é convertido em dimetil-mercúrio é mais facilmente assimilável e fica depositado nos tecidos gordurosos dos animais.
A poluição atmosférica
A poluição atmosférica caracteriza-se basicamente pela presença de gases tóxicos e partículas só1idas no ar. As principais causas desse fenômeno são a eliminação de resíduos por certos tipos de indústrias (siderúrgicas, petroquímicas, de cimento, etc.) e a queima de carvão e petróleo em usinas, automóveis e sistemas de aquecimento doméstico.
O ar poluído penetra nos pulmões, ocasionando o aparecimento de várias doenças, em especial do aparelho respiratório, como a bronquite crônica, a asma e até o câncer pulmonar. Esses efeitos são reformados ainda pelo consumo de cigarros.
Nos grandes centros urbanos, tornam-se freqüentes os dias em que a poluição do ar atinge níveis críticos, seja pela ausência de ventos, seja pelas inversões térmicas, que são períodos nos quais cessam as correntes ascendentes do ar, importantes para a limpeza dos: poluentes acumulados nas camadas próximas à superfície. Existem exemplos famosos de casos em que os níveis críticos foram ultrapassados. Em 1948, na cidade de Donora, perto de Pittsburg, Estados Unidos, a poluição atmosférica acarretou centenas de mortes e obrigou algumas fábricas a ficarem vários dias paralisadas. Em 1952, Londres conheceu seu pior smog. Em conseqüência desse fenômeno morreram cerca de 4 000 pessoas.
A maioria dos países capitalistas desenvolvidos já possui uma rigorosa legislação antipoluição, que obriga certas fábricas a terem equipamentos especiais (filtros, tratamento de resíduos, etc.) ou a usarem processos menos poluidores. Nesses países também é intenso o controle sobre o aquecimento doméstico a carvão, o escarpamento dos automóveis, etc. Tais procedimentos alcançam resultados consideráveis, embora não eliminem completamente o problema da poluição do ar.
Calcula-se que a poluição do ar tenha provocado um crescimento do teor de gás carbônico na atmosfera, que teria sofrido um aumento de 14% entre 1830 e 1930. Hoje em dia esse aumento é de aproximadamente de 0,3% ao ano. Os desmatamentos contribuem bastante para isso, pois a queima das florestas produz grande quantidade de gás carbônico. Como o gás carbônico tem a propriedade de absorver calor, pelo chamado "efeito estufa", um aumento da proporção desse gás na atmosfera pode ocasionar um aquecimento da superfície terrestre.
Baseados nesse fato, alguns cientistas estabeleceram a seguinte hipótese: com a elevação da temperatura média na superfície terrestre, que no início do século XXI será 2ºC mais alta do que hoje, o gelo existente nas zonas polares (calotas polares) irá se derreter.
Conseqüentemente, o nível do mar subirá cerca de 60m, inundando a maioria das cidades litorâneas de todo o mundo. Alguns pesquisadores pensam inclusive que esse processo já começou a ocorrer a partir do final da década de 80. Os verões da Europa e até da América têm sido a cada ano mais quentes e algumas medições constatara um aumento pequeno, de centímetros, do nível do mar em algumas áreas litorâneas. Todavia, esse fato não é ainda admitido por grande parte dos estudiosos do assunto. Outra importante conseqüência da poluição atmosférica é o surgimento e a expansão de um buraco na camada de ozônio, que se localiza na estratosfera — camada atmosférica situada entre 20 e 80km de altitude.
O ozônio é um gás que filtra os raios ultravioletas do Sol. Se esses raios chegassem à superfície terrestre com mais intensidade provocariam queimaduras na pele, que poderiam até causar câncer, e destruiriam as folhas das árvores. O gás CFC — clorofluorcarbono —, contido em "sprays" de desodorante ou inseticidas, parece ser o grande responsável destruição da camada de ozônio. Por sorte, esses danos foram causados na parte da atmosfera situada acima da Antártida. Nos últimos anos esse buraco na camada de ozônio tem se expandido constantemente.
As águas subterrâneas, os rios, lagos e mares são o destino final de todo poluente solúvel lançado no ar e no solo.
A poluição da água tem causado sérios problemas ecológicos, no Brasil, em rios como o Tietê (SP) e Paraíba do Sul(SP-RJ). A maior responsabilidade pela devastação da fauna e pela deterioração da água nessas vias fluviais cabe às indústrias químicas instaladas em suas margens.
Os resíduos fecais constituem os principais poluentes presentes nos esgotos domésticos.
Eles contêm principalmente restos orgânicos e bactérias coliformes. Tais poluentes causam distúrbios intestinais, diarréia e intoxicações.
O grande acúmulo de restos orgânicos facilita a proliferação de bactérias aeróbias, que são consumidoras de oxigênio. Com o consumo do oxigênio, desenvolvem-se bactérias anaeróbias, produtos dos gases de putrefação, responsáveis pelo cheiro da água, e tóxicas para os seres vivos.
Os fertilizantes usados na lavoura, quando arrastados pela água da chuva, podem poluir rios e lagos. Os nitratos e fosfato, principalmente, favorecem uma proliferação exagerada de algas, que podem cobrir completamente a superfície da água. Esse processo, denominado eutrofização, limita e inibe o desenvolvimento de outros organismos.
Os agrotóxicos usados na lavoura são muitos tóxicos. Os organismos aquáticos são afetados pelos inseticidas. Os que não morrem acumulam tais materiais; quando são comidos por outros, o efeitos tóxicos é transferido para organismos maiores. Peixes, aves e mamíferos sofrem os efeitos tóxicos dos inseticidas. No homem, a intoxicação provoca dores de cabeça, diarréias, sudorese, vômitos, dificuldades respiratórias, choque e morte.
Os detergentes impedem a decantação e a deposição de sedimentos e, como reduzem a tensão superficial, permitem a formação de espuma na superfície da água.
Os ácidos acidificam a água de rios e lagos, comprometendo toda a vida aquática. Eles chegam até os rios e lagos com as chuvas ácidas, em conseqüência da poluição atmosférica por dióxidos de enxofre e óxido de nitrogênio.
O petróleo polui a água do mar durante o transportes, pois ocorrem vazamentos e a limpeza dos petroleiros é feita no mar. Ele se espalha sobre a água, formando uma camada que impedi as trocas gasosas e a passagem da luz. Com isso, ocorrem os organismos componentes do plâncton; muitos peixes ficam com as brânquias obstruídas, o que os impedem de respirar; e as aves marinhas, com as penas lambuzando de petróleo, podem a capacidade de voar e de boiar, o que as condena à marte.
Os metais pesados, principalmente chumbo, mercúrio e cádmio, quando ingeridos com a água, causam problemas semelhantes ao que provoca quando inalados. O mercúrio, entretanto, torna-se mais tóxicos na água porque é convertido em dimetil-mercúrio é mais facilmente assimilável e fica depositado nos tecidos gordurosos dos animais.
A poluição atmosférica
A poluição atmosférica caracteriza-se basicamente pela presença de gases tóxicos e partículas só1idas no ar. As principais causas desse fenômeno são a eliminação de resíduos por certos tipos de indústrias (siderúrgicas, petroquímicas, de cimento, etc.) e a queima de carvão e petróleo em usinas, automóveis e sistemas de aquecimento doméstico.
O ar poluído penetra nos pulmões, ocasionando o aparecimento de várias doenças, em especial do aparelho respiratório, como a bronquite crônica, a asma e até o câncer pulmonar. Esses efeitos são reformados ainda pelo consumo de cigarros.
Nos grandes centros urbanos, tornam-se freqüentes os dias em que a poluição do ar atinge níveis críticos, seja pela ausência de ventos, seja pelas inversões térmicas, que são períodos nos quais cessam as correntes ascendentes do ar, importantes para a limpeza dos: poluentes acumulados nas camadas próximas à superfície. Existem exemplos famosos de casos em que os níveis críticos foram ultrapassados. Em 1948, na cidade de Donora, perto de Pittsburg, Estados Unidos, a poluição atmosférica acarretou centenas de mortes e obrigou algumas fábricas a ficarem vários dias paralisadas. Em 1952, Londres conheceu seu pior smog. Em conseqüência desse fenômeno morreram cerca de 4 000 pessoas.
A maioria dos países capitalistas desenvolvidos já possui uma rigorosa legislação antipoluição, que obriga certas fábricas a terem equipamentos especiais (filtros, tratamento de resíduos, etc.) ou a usarem processos menos poluidores. Nesses países também é intenso o controle sobre o aquecimento doméstico a carvão, o escarpamento dos automóveis, etc. Tais procedimentos alcançam resultados consideráveis, embora não eliminem completamente o problema da poluição do ar.
Calcula-se que a poluição do ar tenha provocado um crescimento do teor de gás carbônico na atmosfera, que teria sofrido um aumento de 14% entre 1830 e 1930. Hoje em dia esse aumento é de aproximadamente de 0,3% ao ano. Os desmatamentos contribuem bastante para isso, pois a queima das florestas produz grande quantidade de gás carbônico. Como o gás carbônico tem a propriedade de absorver calor, pelo chamado "efeito estufa", um aumento da proporção desse gás na atmosfera pode ocasionar um aquecimento da superfície terrestre.
Baseados nesse fato, alguns cientistas estabeleceram a seguinte hipótese: com a elevação da temperatura média na superfície terrestre, que no início do século XXI será 2ºC mais alta do que hoje, o gelo existente nas zonas polares (calotas polares) irá se derreter.
Conseqüentemente, o nível do mar subirá cerca de 60m, inundando a maioria das cidades litorâneas de todo o mundo. Alguns pesquisadores pensam inclusive que esse processo já começou a ocorrer a partir do final da década de 80. Os verões da Europa e até da América têm sido a cada ano mais quentes e algumas medições constatara um aumento pequeno, de centímetros, do nível do mar em algumas áreas litorâneas. Todavia, esse fato não é ainda admitido por grande parte dos estudiosos do assunto. Outra importante conseqüência da poluição atmosférica é o surgimento e a expansão de um buraco na camada de ozônio, que se localiza na estratosfera — camada atmosférica situada entre 20 e 80km de altitude.
O ozônio é um gás que filtra os raios ultravioletas do Sol. Se esses raios chegassem à superfície terrestre com mais intensidade provocariam queimaduras na pele, que poderiam até causar câncer, e destruiriam as folhas das árvores. O gás CFC — clorofluorcarbono —, contido em "sprays" de desodorante ou inseticidas, parece ser o grande responsável destruição da camada de ozônio. Por sorte, esses danos foram causados na parte da atmosfera situada acima da Antártida. Nos últimos anos esse buraco na camada de ozônio tem se expandido constantemente.
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Re: Desmatamento e poluição dos rios e da atmosfera
ola tudo bem adorei a foto beijos
wiccano- Número de Mensagens : 1
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Re: Desmatamento e poluição dos rios e da atmosfera
Fico Feliz por terem gostado!wiccano escreveu:ola tudo bem adorei a foto beijos
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