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O órgão vomeronasal e a atração sexual

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O órgão vomeronasal e a atração sexual Empty O órgão vomeronasal e a atração sexual

Mensagem por Hi-Tech 13/10/08, 07:10 pm

O órgão vomeronasal e a atração sexual

Estudos têm demonstrado que a maior parte das espécies de vertebrados
tem um órgão situado na cavidade nasal denominado órgão
vomeronasal (OVN)
. A finalidade do OVN parece ser
exclusivamente a de detectar sinais químicos – os ferormônios
- envolvidos no comportamento sexual e de marcação de território. Os ferormônios
distinguem-se dos hormônios,
porque estes são liberados internamente e exercem influência sobre o
metabolismo do indivíduo, enquanto que os ferormônios são liberados
externamente, com atividade sobre indivíduos da mesma espécie.


Quanto à estrutura química dos ferormônios sexuais, verifica-se a existência
de composição muito diversificada, variando a sua natureza com as
diferentes espécies. Já foram identificados sob as formas de derivados
de ácidos graxos ou terpenos, álcoois, acetatos, hidrocarbonetos (freqüentemente
insaturados, com uma ou duas ligações duplas), substâncias aromáticas
com grupos funcionais diversos, etc. A maioria deles é constituída por
moléculas simples e de peso molecular relativamente baixo.


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O OVN humano consiste de duas pequenas bolsas de 2 mm de
profundidade, cerca de 1 cm a partir das narinas, abrindo-se em
pequenas cavidades ocas com pequenos orifícios em seus
centros, de cerca de 0,1 mm de distância. Só para comparação: o
OVN do elefante tem 20-25 cm de comprimento!

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Imagem:
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teaching/sensory/pherom.html, traduzida


Qual
é o segredo da atração? Filósofos, biólogos, sexólogos,
antropologistas e outros têm debatido bastante esta questão. Dependendo
do ponto de vista, existem muitas respostas, mas nenhuma é única. Uma
das mais antigas atrações é provocada pelo cheiro. Tanto os humanos
quanto os animais exalam quantidades sutis
de ferormônio, detectável (inconscientemente por humanos) pelo sexo
oposto, o qual desencadeia uma resposta específica em um parceiro
potencial. Dessa forma, para alguns, o amor não começa quando os
olhares se encontram, mas sim um pouco mais embaixo, no nariz. "Há
circuitos que vão do olfato até o cérebro e levam uma mensagem muito
clara: sexo". Nos homens
e mulheres, este odor é liberado através das glândulas apócrinas,
localizadas nas axilas, ao redor dos mamilos e na virilha. (estes odores não
são desagradáveis como o suor). As secreções apócrinas começam na
puberdade com o desenvolvimento sexual e são diferentes entre os dois
sexos.



Quando
o anatomista Dr. David Berliner estava pesquisando a composição da pele
humana, observou que, quando deixava abertos frascos contendo extratos de
pele, os sentimentos dele e das pessoas à sua volta pareciam mudar -
tornavam-se mais cálidos e amistosos. Esses sentimentos diminuíam
se os frascos eram tampados. Essas descobertas levaram-no a investigar o
potencial que as diferentes substâncias têm para estimular o órgão do
"sexto sentido", o OVN, e a pesquisar o uso de ferormônios como
perfumes, de modo a dar à natureza uma "mãozinha" no campo dos
romances.



Durante
o último encontro anual da Sociedade Britânica de Psicologia, uma equipe
de pesquisadores da Universidade de Northumbria, em Newcastle-upon-Tyne,
anunciou o resultado de um estudo sobre a influência dos ferormônios
na capacidade de atração sexual. O estudo baseou-se na projeção de
fotografias de homens para diferentes grupos de mulheres, que avaliavam
cada um segundo seu sex-appeal. A classificação
"atraente" era mais freqüente quando os cientistas borrifavam o
ambiente com ferormônios. Segundo Nick Neave, chefe da pesquisa, os mais
beneficiados pelo efeito afrodisíaco do suor foram os homens de aparência
mais comum.

Amor
ao "primeiro cheiro"

Um
tradicional exemplo do estreito vínculo entre olfato e desejo é a síndrome
de Kalman, um quadro genético de alteração hormonal que prejudica a
puberdade e que está acompanhado por uma ausência congênita do olfato.
Com a ajuda de tratamento, esses pacientes chegam a ter níveis normais de
hormônios, mas não recuperam o olfato e isso têm efeitos diretos em sua
vida afetiva. "No consultório atendo pacientes com problemas de
olfato, todos com dificuldades no plano sexual. Uma paciente me disse que
desde que perdera o olfato não tinha vontade de tre relações sexuais
com o marido"
, conta o médico García Medina.

Alternativa
para problemas sexuais?

O
laboratório canadense Pheromone Sciences Corp. isolou e caracterizou os
diversos ferormônios extraídos do suor. Uma primeira pesquisa revelou
que o composto pode estimular a libido em homens e mulheres. Os
pesquisadores esperam que, em um futuro não muito distante, esse derivado
de ferormônios possa servir como tratamento efetivo e seguro para
determinadas disfunções sexuais. Inclusive como complemento de remédios
como o Viagra.

"Alguns
derivados dos ferormônios já são usados para casos de frigidez feminina
e ajudam na primeira etapa da sexualidade, que é o desejo
",
afirma García Medina. "Isso pode ter um grande potencial em
outros tipos de disfunções sexuais, mas ao mesmo tempo, reacende questões
éticas: É lícito interferir dessa forma no comportamento de uma pessoa?
"
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