FISIOLOGIA DA PAIXÃO
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FISIOLOGIA DA PAIXÃO
FISIOLOGIA DA PAIXÃO
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
O ENCÉFALO,
OS NEUROTRANSMISSORES E A PAIXÃO
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]O
chamado diencéfalo ou cérebro primitivo, comum a todos os mamíferos,
intervém, através do hipotálamo, no desejo, no interesse sexual e também
recolhe as informações que chegam do exterior e dos hormônios,
controlando-os e dando as respostas da excitação sexual, ejaculação,
sensações de prazer e regulando as respostas emocionais e afetivas no
comportamento sexual.
O
sistema límbico discrimina e seleciona os estímulos, reconhecendo os
sinais de saciedade (estar satisfeito) e inibindo o comportamento sexual.
A
nossa sexualidade apresenta-se não apenas em nível dos estímulos
(visuais,fantasias ,etc) ,como também na participação muito importante
da emoção e sobretudo na aprendizagem. Algumas partes do nosso cérebro
relacionam o ambiente e a cultura às nossas respostas sexuais. O
resultado pode ter maior ou menor eficácia dando aos parceiros, maior ou
menor prazer.
Razão,
fantasia, emoção e aprendizagem se misturam em nosso cérebro dando
respostas curiosas no dia a dia sexual do ser humano.
Os
neurotransmissores cumprem uma função indispensável na ativação do
impulso sexual, como por exemplo, quando as carícias e beijos levam a
lubrificação vaginal e à ereção peniana.
Os
cientistas conhecem a feniletilamina (um dos mais simples
neurotransmissores) há cerca de 100 anos, mas só recentemente começaram
a associá-la à paixão. Ela é uma molécula natural semelhante à
anfetamina e suspeita-se que sua produção no cérebro possa ser
desencadeada por eventos tão simples como uma troca de olhares ou um
aperto de mãos.
O “affair” da
feniletilamina com a paixão teve início com uma teoria proposta pelos médicos
Donald F. Klein e Michael Lebowitz, do Instituto Psiquiátrico Estadual de
Nova Iorque. Eles sugeriram que o cérebro de uma pessoa apaixonada
continha grandes quantidades de feniletilamina, e que esta substância
poderia responder, em grande parte, pelas sensações e modificações
fisiológicas que experimentamos quando estamos apaixonados.
PAIXÃO X TEMPO
Existe um limite de tempo para homens e mulheres sentirem os arroubos da
paixão? Segundo a professora Cindy Hazan, da Universidade Cornell de Nova
Iorque, sim. Ela diz: "seres humanos são biologicamente programados
para se sentirem apaixonados durante 18 a 30 meses". Ela entrevistou
e testou 5.000 pessoas de 37 culturas diferentes e descobriu que a paixão
possui um "tempo de vida" longo o suficiente para que o casal se
conheça, copule e produza uma criança.
A pesquisadora identificou algumas substâncias responsáveis pelo
amor-paixão: dopamina, feniletilamina e ocitocina. Estes produtos químicos
são todos relativamente comuns no corpo humano, mas são encontrados
juntos apenas durante as fases iniciais do flerte. Ainda assim, com o
tempo, o organismo vai se tornando resistente aos seus efeitos - e toda a
"loucura" da paixão desvanece gradualmente - a fase de atração
não dura para sempre. O casal, então, se vê frente a uma dicotomia: ou
se separa ou habitua-se a manifestações mais brandas de amor -
companheirismo, afeto e tolerância, e permanece junto. "Isto é
especialmente verdadeiro quando filhos estão envolvidos na relação",
diz a Dra. Hazan.
Os
homens parecem ser mais susceptíveis à ação dessas substâncias. Eles
se apaixonam mais rápida e facilmente que as mulheres. E a Dra. Hazan é
categórica quanto ao que leva um casal a se apaixonar e reproduzir:
"graças à intensidade da ilusão romanceada, achamos que escolhemos
nossos parceiros; mas a verdade é conhecida até mesmo pelos zeladores
dos zoológicos: a maneira mais confiável de se fazer com que um casal de
qualquer espécie reproduza é mantê-los em um mesmo espaço durante
algum tempo".
Com
base em outras pesquisas desenvolvidas pela Dra. Helen Fisher,
antropologista da Universidade Rutgers e autora do livro The Anatomy of
Love, pode-se fazer um quadro com as várias manifestações e fases
do amor e suas relações com diferentes substâncias químicas no corpo:
OS SENTIDOS E A PAIXÃO
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
VISÃO
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]A visão é, provavelmente, a fonte de
estimulação sexual mais importante que existe.
No homem, existem numerosos estímulos visuais envolvidos na atração
sexual, que vão muito além da visão dos genitais do sexo oposto. A
forma de mover-se, um olhar, um gesto, inclusive a forma de vestir-se, são
estímulos que, enquanto potencializam a capacidade de imaginação do ser
humano, podem resultar mais atraentes que a contemplação pura e simples
de um corpo nu.
Segundo
o neurobiólogo James Old, o amor entra pelos olhos.
Imaginemos
duas pessoas que não se conhecem e se encontram em uma festa:
è
Ambos se olham e imediatamente se avaliam, o que ativa neocórtex,
especializado em selecionar e avaliar.
è O
primeiro nível de avaliação de ambos será o biológico (tem orelhas,
duas pernas etc) e enfim, geneticamente saudável.
è Depois a análise continua por padrões baseados na experiência de cada
um: tipos físicos reforçados como positivos pelos pais, amigos e meios
de comunicação.
è Simultaneamente se avaliam dentro de seu tempo e cultura: numa sociedade
propensa a sucumbir a pragas e escassez de alimentos, mulheres mais
cheinhas eram sinônimo de saúde e fortaleza.
Elas
são mais seletivas
O neurobiólogo aponta que no caso feminino também existe um fator
adicional e mais abstrato: o poder (também ocorrem mudanças com o tempo
e cultura)
Segundo
o pesquisador, como as mulheres geneticamente têm menos oportunidades
para procriar (o número de gametas femininos é menor do que o de
espermatozóides), elas buscam no selecionado a capacidade de prover e
proteger seus filhos.
AUDIÇÃO
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]No
homem, a aparição da linguagem representa um passo muito mais avançado
como meio de solicitação sexual. Em praticamente todas as sociedades
humanas, o uso de frases e canções amorosas constitui uma das
preliminares mais habituais. Libertado o cérebro da carga social, uma
frase erótica, sussurrada ao ouvido, pode resultar tão incitadora quanto
um bramido de elefante na imensidão da selva.
De
acordo com investigações do Krasnow Institute for Advanced Study of George Mason
University, não só as primeiras palavras, mas também os tons de voz
deverão responder aos padrões de saúde e genética desejados na escolha
do(a) parceiro(a).
TATO: a pele com a qual amamos
A
superfície do corpo humano, com aproximadamente dois metros quadrados de
extensão é, poderíamos dizer, o maior órgão sexual do homem. Mais do
que simplesmente um dos sentidos, o tato é a resultante de muitos
ingredientes: sensibilidades superficiais (epidérmicas e dérmicas),
profundas - como a proprioceptiva, ligada a movimento -, vontade de
explorar e atividade motora, emoções, memória, imaginação.
Existem
cerca de cinco milhões de receptores do tato na pele - as pontas dos
dedos tem uns 3.000 que enviam impulsos nervosos ao cérebro através da
medula. O tato é provavelmente o mais primitivo dos sentidos. É a
mais elementar, talvez a mais predominante experiência do ser humano,
mesmo naquele que ainda não chegou a nascer. O bebê explora o mundo pelo
tato. Assim, descobre onde termina seu corpo e onde começa o mundo
exterior. Esse sentido é seu primeiro guia.
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
Imagem: BEAR,
M.F., CONNORS, B.W. & PARADISO, M.A. Neurociências – Desvendando
o Sistema Nervoso. Porto Alegre
2ª ed, Artmed Editora, 2002.
O sentido do tato proporciona um contato imediato com os objetos
percebidos e, na relação humana, é uma experiência inevitavelmente recíproca:
pele contra a pele provoca imediatamente um nível de conhecimento mútuo.
Na relação com o outro, não é possível experimentá-la.
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
O ENCÉFALO,
OS NEUROTRANSMISSORES E A PAIXÃO
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]O
chamado diencéfalo ou cérebro primitivo, comum a todos os mamíferos,
intervém, através do hipotálamo, no desejo, no interesse sexual e também
recolhe as informações que chegam do exterior e dos hormônios,
controlando-os e dando as respostas da excitação sexual, ejaculação,
sensações de prazer e regulando as respostas emocionais e afetivas no
comportamento sexual.
O
sistema límbico discrimina e seleciona os estímulos, reconhecendo os
sinais de saciedade (estar satisfeito) e inibindo o comportamento sexual.
A
nossa sexualidade apresenta-se não apenas em nível dos estímulos
(visuais,fantasias ,etc) ,como também na participação muito importante
da emoção e sobretudo na aprendizagem. Algumas partes do nosso cérebro
relacionam o ambiente e a cultura às nossas respostas sexuais. O
resultado pode ter maior ou menor eficácia dando aos parceiros, maior ou
menor prazer.
Razão,
fantasia, emoção e aprendizagem se misturam em nosso cérebro dando
respostas curiosas no dia a dia sexual do ser humano.
Os
neurotransmissores cumprem uma função indispensável na ativação do
impulso sexual, como por exemplo, quando as carícias e beijos levam a
lubrificação vaginal e à ereção peniana.
Os
cientistas conhecem a feniletilamina (um dos mais simples
neurotransmissores) há cerca de 100 anos, mas só recentemente começaram
a associá-la à paixão. Ela é uma molécula natural semelhante à
anfetamina e suspeita-se que sua produção no cérebro possa ser
desencadeada por eventos tão simples como uma troca de olhares ou um
aperto de mãos.
O “affair” da
feniletilamina com a paixão teve início com uma teoria proposta pelos médicos
Donald F. Klein e Michael Lebowitz, do Instituto Psiquiátrico Estadual de
Nova Iorque. Eles sugeriram que o cérebro de uma pessoa apaixonada
continha grandes quantidades de feniletilamina, e que esta substância
poderia responder, em grande parte, pelas sensações e modificações
fisiológicas que experimentamos quando estamos apaixonados.
PAIXÃO X TEMPO
Existe um limite de tempo para homens e mulheres sentirem os arroubos da
paixão? Segundo a professora Cindy Hazan, da Universidade Cornell de Nova
Iorque, sim. Ela diz: "seres humanos são biologicamente programados
para se sentirem apaixonados durante 18 a 30 meses". Ela entrevistou
e testou 5.000 pessoas de 37 culturas diferentes e descobriu que a paixão
possui um "tempo de vida" longo o suficiente para que o casal se
conheça, copule e produza uma criança.
A pesquisadora identificou algumas substâncias responsáveis pelo
amor-paixão: dopamina, feniletilamina e ocitocina. Estes produtos químicos
são todos relativamente comuns no corpo humano, mas são encontrados
juntos apenas durante as fases iniciais do flerte. Ainda assim, com o
tempo, o organismo vai se tornando resistente aos seus efeitos - e toda a
"loucura" da paixão desvanece gradualmente - a fase de atração
não dura para sempre. O casal, então, se vê frente a uma dicotomia: ou
se separa ou habitua-se a manifestações mais brandas de amor -
companheirismo, afeto e tolerância, e permanece junto. "Isto é
especialmente verdadeiro quando filhos estão envolvidos na relação",
diz a Dra. Hazan.
Os
homens parecem ser mais susceptíveis à ação dessas substâncias. Eles
se apaixonam mais rápida e facilmente que as mulheres. E a Dra. Hazan é
categórica quanto ao que leva um casal a se apaixonar e reproduzir:
"graças à intensidade da ilusão romanceada, achamos que escolhemos
nossos parceiros; mas a verdade é conhecida até mesmo pelos zeladores
dos zoológicos: a maneira mais confiável de se fazer com que um casal de
qualquer espécie reproduza é mantê-los em um mesmo espaço durante
algum tempo".
Com
base em outras pesquisas desenvolvidas pela Dra. Helen Fisher,
antropologista da Universidade Rutgers e autora do livro The Anatomy of
Love, pode-se fazer um quadro com as várias manifestações e fases
do amor e suas relações com diferentes substâncias químicas no corpo:
Manifestação | Conceito | Substância mais associada |
Luxúria | Desejo ardente por sexo | Testosterona (aumento da libido – desejo sexual) |
Atração | Amor no estágio de euforia, envolvimento emocional e romance |
|
Ligação | Atração que evolui para uma relação calma, duradoura e segura. | Ocitocina (associada ao aumento do desejo sexual, orgasmo e bem-estar geral) e vasopressina (ADH), associada à regulação cardiovascular, atuando no controle da pressão sangüínea. |
OS SENTIDOS E A PAIXÃO
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
VISÃO
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]A visão é, provavelmente, a fonte de
estimulação sexual mais importante que existe.
No homem, existem numerosos estímulos visuais envolvidos na atração
sexual, que vão muito além da visão dos genitais do sexo oposto. A
forma de mover-se, um olhar, um gesto, inclusive a forma de vestir-se, são
estímulos que, enquanto potencializam a capacidade de imaginação do ser
humano, podem resultar mais atraentes que a contemplação pura e simples
de um corpo nu.
Segundo
o neurobiólogo James Old, o amor entra pelos olhos.
Imaginemos
duas pessoas que não se conhecem e se encontram em uma festa:
è
Ambos se olham e imediatamente se avaliam, o que ativa neocórtex,
especializado em selecionar e avaliar.
è O
primeiro nível de avaliação de ambos será o biológico (tem orelhas,
duas pernas etc) e enfim, geneticamente saudável.
è Depois a análise continua por padrões baseados na experiência de cada
um: tipos físicos reforçados como positivos pelos pais, amigos e meios
de comunicação.
è Simultaneamente se avaliam dentro de seu tempo e cultura: numa sociedade
propensa a sucumbir a pragas e escassez de alimentos, mulheres mais
cheinhas eram sinônimo de saúde e fortaleza.
Elas
são mais seletivas
O neurobiólogo aponta que no caso feminino também existe um fator
adicional e mais abstrato: o poder (também ocorrem mudanças com o tempo
e cultura)
Segundo
o pesquisador, como as mulheres geneticamente têm menos oportunidades
para procriar (o número de gametas femininos é menor do que o de
espermatozóides), elas buscam no selecionado a capacidade de prover e
proteger seus filhos.
AUDIÇÃO
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]No
homem, a aparição da linguagem representa um passo muito mais avançado
como meio de solicitação sexual. Em praticamente todas as sociedades
humanas, o uso de frases e canções amorosas constitui uma das
preliminares mais habituais. Libertado o cérebro da carga social, uma
frase erótica, sussurrada ao ouvido, pode resultar tão incitadora quanto
um bramido de elefante na imensidão da selva.
De
acordo com investigações do Krasnow Institute for Advanced Study of George Mason
University, não só as primeiras palavras, mas também os tons de voz
deverão responder aos padrões de saúde e genética desejados na escolha
do(a) parceiro(a).
TATO: a pele com a qual amamos
A
superfície do corpo humano, com aproximadamente dois metros quadrados de
extensão é, poderíamos dizer, o maior órgão sexual do homem. Mais do
que simplesmente um dos sentidos, o tato é a resultante de muitos
ingredientes: sensibilidades superficiais (epidérmicas e dérmicas),
profundas - como a proprioceptiva, ligada a movimento -, vontade de
explorar e atividade motora, emoções, memória, imaginação.
Existem
cerca de cinco milhões de receptores do tato na pele - as pontas dos
dedos tem uns 3.000 que enviam impulsos nervosos ao cérebro através da
medula. O tato é provavelmente o mais primitivo dos sentidos. É a
mais elementar, talvez a mais predominante experiência do ser humano,
mesmo naquele que ainda não chegou a nascer. O bebê explora o mundo pelo
tato. Assim, descobre onde termina seu corpo e onde começa o mundo
exterior. Esse sentido é seu primeiro guia.
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
Imagem: BEAR,
M.F., CONNORS, B.W. & PARADISO, M.A. Neurociências – Desvendando
o Sistema Nervoso. Porto Alegre
2ª ed, Artmed Editora, 2002.
O sentido do tato proporciona um contato imediato com os objetos
percebidos e, na relação humana, é uma experiência inevitavelmente recíproca:
pele contra a pele provoca imediatamente um nível de conhecimento mútuo.
Na relação com o outro, não é possível experimentá-la.
Re: FISIOLOGIA DA PAIXÃO
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
Imagem: BEAR,
M.F., CONNORS, B.W. & PARADISO, M.A. Neurociências – Desvendando
o Sistema Nervoso. Porto Alegre
2ª ed, Artmed Editora, 2002.
Encontramos
homens com problemas sexuais que não beijam, não abraçam e nem
acariciam sua parceira. Para quê? Pensam eles. Este modelo de
comportamento impede que muitos casais desfrutem do prazer que pode
proporcionar o simples fato de dar e receber carícias.
A
estimulação tátil é uma necessidade básica, tão importante para o
desenvolvimento como os alimentos, as roupas, etc.. O contato físico é a
forma de comunicação mais íntima e intensa dos seres humanos, segundo
alguns estudos, até os mais insignificantes contatos físicos tem notáveis
efeitos.
Nós
realmente "sentimos com o olho da mente" - Uma
região do cérebro envolvida no processamento do sentido da [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
é também necessária para o sentido do [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link].
Resultados da Universidade de Emory, que confirmam o papel do córtex
visual na percepção táctil (toque), foram publicados na edição da revista Nature de 06/10/1999.
As conclusões
do estudo são relevantes para o entendimento de não apenas como o cérebro
normalmente processa a informação sensorial, "mas também como o
processamento é alterado em condições como cegueira, surdez ou torpor
e, principalmente, para melhoria dos métodos de comunicação em indivíduos
que sofrem de tais desordens", de acordo com Krishnankutty Sathian,
Ph.D.
Até
recentemente, cientistas acreditavam que regiões separadas do cérebro
processavam a informação advinda de vários sentidos. Essa idéia está
sendo, agora, desafiada. As descobertas recentes de que o córtex visual
de deficientes visuais é ativado durante a leitura em Braille não são tão
surpreendentes se apreciadas por este contexto. Os resultados obtidos pelo
grupo de pesquisa demonstram que uma região do córtex cerebral,
associada à visão, é ativada quando os humanos tentam distinguir a
orientação através do tato.
Juntamente
aos depoimentos subjetivos da imagem visual e a ativação cortical
parieto-occiptal associada, as descobertas levam a crer que o
processamento visual facilita a discriminação tátil normal de orientação.
Isso, provavelmente, está relacionado ao fato de que geralmente confiamos
no sistema visual para nos orientarmos.
PALADAR
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]Desde muito cedo, a boca é a primeira fonte de
prazer. Com 16 semanas de vida, além de fazer caretas, levantar as
sobrancelhas e coçar a cabeça, as papilas gustativas já estão
desenvolvidas. A experiência tem demonstrado que o feto faz careta e para
de engolir quando uma gota de substância amarga é colocada no líquido
amniótico. Por outro lado, uma substância doce provoca a aceleração
dos movimentos de sucção e deglutição.
Aliás,
o prazer do paladar continua na fase em que o bebê se amamenta através
do mamilo da sua mãe. Daí para frente, o paladar fica cada vez mais
apurado.
A
boca é uma das partes que compõem o rosto de qualquer pessoa. Quanto a
isto, não restam margem para dúvidas. Mas o que se calhar não sabe, é
que a zona bocal é a última parte a adquirir todas[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem] as formas e recortes
finais, embora seja a primeira a sentir as emoções iniciais da vivência.
A
língua é a base de todo o paladar e a
boca é uma das partes mais sensíveis do corpo e mais versáteis. Um beijo
combina os três sentidos de tato, paladar e olfato. Favorece o aparelho
circulatório, aumenta de 70 para 150 os batimentos do coração e
beneficia a oxigenação do sangue. Sem esquecer que o beijo estimula a
liberação de hormônios que causam bem-estar. Detalhe:
na troca de saliva, a boca é invadida por cerca de 250 bactérias, 9
miligramas de água, 18 de substâncias orgânicas, 7 decigramas de
albumina, 711 miligramas de materiais gordurosos e 45 miligramas de sais
minerais. As terminações nervosas reagem ao estímulo erótico e
promovem uma reação em cadeia. Ao mesmo tempo, as células olfativas do
nariz – mais próximas da boca – permitem tocar, cheirar e degustar o
outro.
OLFATO
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem] O
amor não começa quando os olhares se encontram, mas sim um pouco mais
embaixo, no nariz. "Há circuitos que vão do olfato até o cérebro
e levam uma mensagem muito clara: sexo", explica Maria Rosa García
Medina, especialista em sentidos químicos do Laboratório de Pesquisas
Sensoriais do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas
(Conicet), da Argentina.
Alguns
pesquisadores afirmam que exalamos continuamente, pelos bilhões de poros
na pele e até mesmo pelo hálito, produtos químicos voláteis chamados ferormônios.
Estudos
têm demonstrado que a maior parte das espécies de vertebrados tem um órgão
situado na cavidade nasal denominado órgão vomeronasal (OVN).
A finalidade do OVN parece ser exclusivamente a de detectar sinais químicos
– os ferormônios - envolvidos no comportamento sexual e de marcação
de território.
Atualmente, existem evidências intrigantes e
controvertidas de que os seres humanos podem se comunicar com sinais bioquímicos
inconscientes. Os que defendem a existência dos ferormônios baseiam-se em
evidências mostrando a presença e a utilização de ferormônios por espécies
tão diversas como borboletas, formigas, lobos, elefantes e pequenos símios.
Os ferormônios podem sinalizar interesses sexuais, situações de perigo e
outros.
Os
defensores da Teoria dos Ferormônios vão ainda mais longe: dizem
que o "amor à primeira vista" é a maior prova da existência
destas substâncias controvertidas. Os ferormônios – atestam –
produzem reações químicas que resultam em sensações prazerosas. À
medida em que vamos nos tornando dependentes, a cada ausência mais
prolongada nos dizemos "apaixonados" – a ansiedade da paixão,
então, seria o sintoma mais pertinente da [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
de Abstinência de Ferormônios.
Com
ou sem ferormônios, é fato que a sensação de "amor à primeira
vista" relaciona-se significativamente a grandes quantidades de
feniletilamina, dopamina e norepinefrina no organismo. E voltamos à questão
inicial: até que ponto a paixão é simplesmente uma reação química?
Um
tradicional exemplo do estreito vínculo entre olfato e desejo é a síndrome
de Kalman, um quadro genético de alteração hormonal que prejudica a
puberdade e que está acompanhado por uma ausência congênita do olfato.
Com a ajuda de tratamento, esses pacientes chegam a ter níveis normais de
hormônios, mas não recuperam o olfato e isso têm efeitos diretos em sua
vida afetiva.
O
laboratório canadense Pheromone Sciences Corp. isolou e caracterizou os
diversos ferormônios extraídos do suor. Uma primeira pesquisa revelou
que o composto pode estimular a libido em homens e mulheres. Os
pesquisadores esperam que, em um futuro não muito distante, esse
derivado de ferormônios possa servir como tratamento efetivo e seguro
para determinadas disfunções sexuais. Inclusive como complemento de
remédios como o Viagra.
"Alguns derivados dos ferormônios já são usados
para casos de frigidez feminina e ajudam na primeira etapa da sexualidade,
que é o desejo", afirma García Medina. "Isso pode ter um
grande potencial em outros tipos de disfunções sexuais, mas ao mesmo
tempo, reacende questões éticas: É lícito interferir dessa forma no
comportamento de uma pessoa?"
Não
há duas pessoas que possuam exatamente o mesmo cheiro, embora haja
algumas semelhanças entre membros de uma mesma etnia. O odor corporal é
fortemente influenciado pelo tipo de alimentação e influencia nossas
preferências por certos aromas. Pessoas que gostam de comidas muito
temperadas também preferem fragrâncias fortes e penetrantes, como as que
contêm patchuli, sândalo ou gengibre. Aquelas que consomem mais laticínios
preferem fragrâncias florais, como lavanda e néroli (flor de
laranjeira). A alimentação branda porém saudável dos japoneses,
baseada principalmente em peixes, verduras e arroz, em conjunto com os
banhos freqüentes e meticulosos, é uma das razões pelas quais seu odor
corporal é praticamente inexistente, ao menos para o olfato de outras
etnias.
Os japoneses são atraídos por fragrâncias delicadas. E, enquanto os
esquimós são tidos como tendo cheiro de peixe e os africanos cheiro de
amoníaco, o resto do mundo concorda que o cheiro azedo dos europeus é o
mais nauseante (neste caso não seria pela conhecida carência de banho?).
Há
duas décadas atrás, cientistas europeus conseguiram reproduzir os ferormônios
em laboratório. Alguns anos mais tarde, empresários americanos compraram
a fórmula, fabricaram o produto em quantidades industriais e o
engarrafaram em belos vidrinhos. Agora, os tais ferormônios estão à
venda na Internet. O representante brasileiro do perfume americano The
Scent promete: "É garantido! Você vai
conquistar a mulher dos seus sonhos pelo cheiro". No site da
empresa, o extrato de ferormônios é promovido como um "afrodisíaco
natural", uma "química revolucionária", um "grande
segredo vindo da natureza"; em síntese: "um estimulante sexual
da mulher", que foi "inteligentemente mascarado como uma colônia
masculina". Segundo seus
fabricantes, este
produto mágico age diretamente no subconsciente da mulher, despertando
seu desejo sexual
sem que ela saiba o porquê de se sentir loucamente atraída pelo galã
perfumado. Mesmo sem explicações válidas, o site jura que "ela
ficará totalmente a sua mercê". Ficou curioso? As belas promessas
continuam: "você usa, é invisível, não tem cheiro, ninguém ficará
sabendo, só você. É a ciência médica interferindo na nossa vida
sexual, uma arma que ajudará nas suas conquistas". Segundo os
responsáveis pelo produto, o sujeito que utilizar a poderosa colônia
atrairá todos os olhares femininos, gerando "mais contatos imediatos
e, sem dúvida, uma vida sexual mais ativa do que poderia um dia imaginar,
não importa a sua aparência, não importa o nível social. Onde quer que
você esteja, passará a chamar muita atenção, como um imã". Mas será
que funcionam mesmo? Como você já deve ter percebido, o mesmo perfume ou
loção após a barba, exala diversos cheiros em diferentes pessoas,
especialmente naquelas do sexo oposto. À medida que a fragrância
vaporiza e interage com nossa química própria, várias mudanças do aroma
tornam-se perceptíveis.
Finalizando
Apesar de todas as pesquisas e descobertas, existe no ar uma sensação
de que a evolução, por algum motivo, deu-se no sentido de que o amor não-associado
à procriação surgisse – calcula-se que isto se deu há
aproximadamente 10.000 anos. Os homens passaram realmente a amar as
mulheres, e algumas destas passaram a olhar os homens como algo mais além
de máquinas de proteção.
A
despeito de todos os tubos de ensaio de sofisticados laboratórios e reações
químicas e moléculas citoplasmáticas, afinal, deve haver algo mais
entre o céu e a terra...
De
qualquer forma, quando decidimos que temos química com alguém, o mais
provável é que estejamos literalmente certos.
VOCÊ
SABIA ???
1- Que
o odor no homem é mais intenso que na mulher? Suas glândulas são mais
ativas, fazendo com que “eles” transpirem duas vezes mais.
2- Que na etnia negra as glândulas sudoríparas
são mais ativas para compensar o calor, mantendo a temperatura ideal do
corpo?
3- Que o alho e a cebola interferem no odor da
transpiração?
Imagem: BEAR,
M.F., CONNORS, B.W. & PARADISO, M.A. Neurociências – Desvendando
o Sistema Nervoso. Porto Alegre
2ª ed, Artmed Editora, 2002.
Encontramos
homens com problemas sexuais que não beijam, não abraçam e nem
acariciam sua parceira. Para quê? Pensam eles. Este modelo de
comportamento impede que muitos casais desfrutem do prazer que pode
proporcionar o simples fato de dar e receber carícias.
A
estimulação tátil é uma necessidade básica, tão importante para o
desenvolvimento como os alimentos, as roupas, etc.. O contato físico é a
forma de comunicação mais íntima e intensa dos seres humanos, segundo
alguns estudos, até os mais insignificantes contatos físicos tem notáveis
efeitos.
Nós
realmente "sentimos com o olho da mente" - Uma
região do cérebro envolvida no processamento do sentido da [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
é também necessária para o sentido do [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link].
Resultados da Universidade de Emory, que confirmam o papel do córtex
visual na percepção táctil (toque), foram publicados na edição da revista Nature de 06/10/1999.
As conclusões
do estudo são relevantes para o entendimento de não apenas como o cérebro
normalmente processa a informação sensorial, "mas também como o
processamento é alterado em condições como cegueira, surdez ou torpor
e, principalmente, para melhoria dos métodos de comunicação em indivíduos
que sofrem de tais desordens", de acordo com Krishnankutty Sathian,
Ph.D.
Até
recentemente, cientistas acreditavam que regiões separadas do cérebro
processavam a informação advinda de vários sentidos. Essa idéia está
sendo, agora, desafiada. As descobertas recentes de que o córtex visual
de deficientes visuais é ativado durante a leitura em Braille não são tão
surpreendentes se apreciadas por este contexto. Os resultados obtidos pelo
grupo de pesquisa demonstram que uma região do córtex cerebral,
associada à visão, é ativada quando os humanos tentam distinguir a
orientação através do tato.
Juntamente
aos depoimentos subjetivos da imagem visual e a ativação cortical
parieto-occiptal associada, as descobertas levam a crer que o
processamento visual facilita a discriminação tátil normal de orientação.
Isso, provavelmente, está relacionado ao fato de que geralmente confiamos
no sistema visual para nos orientarmos.
PALADAR
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]Desde muito cedo, a boca é a primeira fonte de
prazer. Com 16 semanas de vida, além de fazer caretas, levantar as
sobrancelhas e coçar a cabeça, as papilas gustativas já estão
desenvolvidas. A experiência tem demonstrado que o feto faz careta e para
de engolir quando uma gota de substância amarga é colocada no líquido
amniótico. Por outro lado, uma substância doce provoca a aceleração
dos movimentos de sucção e deglutição.
Aliás,
o prazer do paladar continua na fase em que o bebê se amamenta através
do mamilo da sua mãe. Daí para frente, o paladar fica cada vez mais
apurado.
A
boca é uma das partes que compõem o rosto de qualquer pessoa. Quanto a
isto, não restam margem para dúvidas. Mas o que se calhar não sabe, é
que a zona bocal é a última parte a adquirir todas[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem] as formas e recortes
finais, embora seja a primeira a sentir as emoções iniciais da vivência.
A
língua é a base de todo o paladar e a
boca é uma das partes mais sensíveis do corpo e mais versáteis. Um beijo
combina os três sentidos de tato, paladar e olfato. Favorece o aparelho
circulatório, aumenta de 70 para 150 os batimentos do coração e
beneficia a oxigenação do sangue. Sem esquecer que o beijo estimula a
liberação de hormônios que causam bem-estar. Detalhe:
na troca de saliva, a boca é invadida por cerca de 250 bactérias, 9
miligramas de água, 18 de substâncias orgânicas, 7 decigramas de
albumina, 711 miligramas de materiais gordurosos e 45 miligramas de sais
minerais. As terminações nervosas reagem ao estímulo erótico e
promovem uma reação em cadeia. Ao mesmo tempo, as células olfativas do
nariz – mais próximas da boca – permitem tocar, cheirar e degustar o
outro.
OLFATO
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem] O
amor não começa quando os olhares se encontram, mas sim um pouco mais
embaixo, no nariz. "Há circuitos que vão do olfato até o cérebro
e levam uma mensagem muito clara: sexo", explica Maria Rosa García
Medina, especialista em sentidos químicos do Laboratório de Pesquisas
Sensoriais do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas
(Conicet), da Argentina.
Alguns
pesquisadores afirmam que exalamos continuamente, pelos bilhões de poros
na pele e até mesmo pelo hálito, produtos químicos voláteis chamados ferormônios.
Estudos
têm demonstrado que a maior parte das espécies de vertebrados tem um órgão
situado na cavidade nasal denominado órgão vomeronasal (OVN).
A finalidade do OVN parece ser exclusivamente a de detectar sinais químicos
– os ferormônios - envolvidos no comportamento sexual e de marcação
de território.
Atualmente, existem evidências intrigantes e
controvertidas de que os seres humanos podem se comunicar com sinais bioquímicos
inconscientes. Os que defendem a existência dos ferormônios baseiam-se em
evidências mostrando a presença e a utilização de ferormônios por espécies
tão diversas como borboletas, formigas, lobos, elefantes e pequenos símios.
Os ferormônios podem sinalizar interesses sexuais, situações de perigo e
outros.
Os
defensores da Teoria dos Ferormônios vão ainda mais longe: dizem
que o "amor à primeira vista" é a maior prova da existência
destas substâncias controvertidas. Os ferormônios – atestam –
produzem reações químicas que resultam em sensações prazerosas. À
medida em que vamos nos tornando dependentes, a cada ausência mais
prolongada nos dizemos "apaixonados" – a ansiedade da paixão,
então, seria o sintoma mais pertinente da [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
de Abstinência de Ferormônios.
Com
ou sem ferormônios, é fato que a sensação de "amor à primeira
vista" relaciona-se significativamente a grandes quantidades de
feniletilamina, dopamina e norepinefrina no organismo. E voltamos à questão
inicial: até que ponto a paixão é simplesmente uma reação química?
Um
tradicional exemplo do estreito vínculo entre olfato e desejo é a síndrome
de Kalman, um quadro genético de alteração hormonal que prejudica a
puberdade e que está acompanhado por uma ausência congênita do olfato.
Com a ajuda de tratamento, esses pacientes chegam a ter níveis normais de
hormônios, mas não recuperam o olfato e isso têm efeitos diretos em sua
vida afetiva.
O
laboratório canadense Pheromone Sciences Corp. isolou e caracterizou os
diversos ferormônios extraídos do suor. Uma primeira pesquisa revelou
que o composto pode estimular a libido em homens e mulheres. Os
pesquisadores esperam que, em um futuro não muito distante, esse
derivado de ferormônios possa servir como tratamento efetivo e seguro
para determinadas disfunções sexuais. Inclusive como complemento de
remédios como o Viagra.
"Alguns derivados dos ferormônios já são usados
para casos de frigidez feminina e ajudam na primeira etapa da sexualidade,
que é o desejo", afirma García Medina. "Isso pode ter um
grande potencial em outros tipos de disfunções sexuais, mas ao mesmo
tempo, reacende questões éticas: É lícito interferir dessa forma no
comportamento de uma pessoa?"
Não
há duas pessoas que possuam exatamente o mesmo cheiro, embora haja
algumas semelhanças entre membros de uma mesma etnia. O odor corporal é
fortemente influenciado pelo tipo de alimentação e influencia nossas
preferências por certos aromas. Pessoas que gostam de comidas muito
temperadas também preferem fragrâncias fortes e penetrantes, como as que
contêm patchuli, sândalo ou gengibre. Aquelas que consomem mais laticínios
preferem fragrâncias florais, como lavanda e néroli (flor de
laranjeira). A alimentação branda porém saudável dos japoneses,
baseada principalmente em peixes, verduras e arroz, em conjunto com os
banhos freqüentes e meticulosos, é uma das razões pelas quais seu odor
corporal é praticamente inexistente, ao menos para o olfato de outras
etnias.
Os japoneses são atraídos por fragrâncias delicadas. E, enquanto os
esquimós são tidos como tendo cheiro de peixe e os africanos cheiro de
amoníaco, o resto do mundo concorda que o cheiro azedo dos europeus é o
mais nauseante (neste caso não seria pela conhecida carência de banho?).
Há
duas décadas atrás, cientistas europeus conseguiram reproduzir os ferormônios
em laboratório. Alguns anos mais tarde, empresários americanos compraram
a fórmula, fabricaram o produto em quantidades industriais e o
engarrafaram em belos vidrinhos. Agora, os tais ferormônios estão à
venda na Internet. O representante brasileiro do perfume americano The
Scent promete: "É garantido! Você vai
conquistar a mulher dos seus sonhos pelo cheiro". No site da
empresa, o extrato de ferormônios é promovido como um "afrodisíaco
natural", uma "química revolucionária", um "grande
segredo vindo da natureza"; em síntese: "um estimulante sexual
da mulher", que foi "inteligentemente mascarado como uma colônia
masculina". Segundo seus
fabricantes, este
produto mágico age diretamente no subconsciente da mulher, despertando
seu desejo sexual
sem que ela saiba o porquê de se sentir loucamente atraída pelo galã
perfumado. Mesmo sem explicações válidas, o site jura que "ela
ficará totalmente a sua mercê". Ficou curioso? As belas promessas
continuam: "você usa, é invisível, não tem cheiro, ninguém ficará
sabendo, só você. É a ciência médica interferindo na nossa vida
sexual, uma arma que ajudará nas suas conquistas". Segundo os
responsáveis pelo produto, o sujeito que utilizar a poderosa colônia
atrairá todos os olhares femininos, gerando "mais contatos imediatos
e, sem dúvida, uma vida sexual mais ativa do que poderia um dia imaginar,
não importa a sua aparência, não importa o nível social. Onde quer que
você esteja, passará a chamar muita atenção, como um imã". Mas será
que funcionam mesmo? Como você já deve ter percebido, o mesmo perfume ou
loção após a barba, exala diversos cheiros em diferentes pessoas,
especialmente naquelas do sexo oposto. À medida que a fragrância
vaporiza e interage com nossa química própria, várias mudanças do aroma
tornam-se perceptíveis.
Finalizando
Apesar de todas as pesquisas e descobertas, existe no ar uma sensação
de que a evolução, por algum motivo, deu-se no sentido de que o amor não-associado
à procriação surgisse – calcula-se que isto se deu há
aproximadamente 10.000 anos. Os homens passaram realmente a amar as
mulheres, e algumas destas passaram a olhar os homens como algo mais além
de máquinas de proteção.
A
despeito de todos os tubos de ensaio de sofisticados laboratórios e reações
químicas e moléculas citoplasmáticas, afinal, deve haver algo mais
entre o céu e a terra...
De
qualquer forma, quando decidimos que temos química com alguém, o mais
provável é que estejamos literalmente certos.
VOCÊ
SABIA ???
1- Que
o odor no homem é mais intenso que na mulher? Suas glândulas são mais
ativas, fazendo com que “eles” transpirem duas vezes mais.
2- Que na etnia negra as glândulas sudoríparas
são mais ativas para compensar o calor, mantendo a temperatura ideal do
corpo?
3- Que o alho e a cebola interferem no odor da
transpiração?
Re: FISIOLOGIA DA PAIXÃO
Muito bom! Explica bastante coisa... apesar de algumas coisas não serem tão reais, por exemplo:
Tem homens que sentem-se atraidos por genitais de seu próprio sexo...No homem, existem numerosos estímulos visuais envolvidos na atração
sexual, que vão muito além da visão dos genitais do sexo oposto.
Jen- Utilizador do Fórum
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Re: FISIOLOGIA DA PAIXÃO
Jen escreveu:Muito bom! Explica bastante coisa... apesar de algumas coisas não serem tão reais, por exemplo:Tem homens que sentem-se atraidos por genitais de seu próprio sexo...No homem, existem numerosos estímulos visuais envolvidos na atração
sexual, que vão muito além da visão dos genitais do sexo oposto.
Tem razão
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