Geneticista britânico afirma que evolução humana está perto do fim
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Geneticista britânico afirma que evolução humana está perto do fim
Geneticista britânico afirma que evolução humana está perto do fim
Pesquisador vê falta de mutações causadas por idades paternas.
Seleção natural também estaria enfraquecendo na nossa espécie.
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DNA
A
evolução humana está próxima de seu fim por causa do decrescente número
de mutações no DNA dos progenitores, o que está transformando a espécie
em uma "massa uniforme", declarou o geneticista Steve Jones, do
University College de Londres. O jornal britânico "The Times" publica
nesta terça (7) as conclusões desse pesquisador, que destaca
principalmente o dano que a falta de pais de idade avançada está
causando para a evolução humana.
Jones afirma que as mutações no
esperma são mais suscetíveis na medida em que a idade do homem aumenta,
especialmente a partir dos 35 anos. Embora contaminações química e
radioativa possam alterar o material genético, um dos fatores mais
importantes para que as mutações aconteçam é a idade avançada dos
homens, já que a divisão celular aumenta com o passar dos anos. "Cada
vez que há uma divisão celular, há uma oportunidade de erro, de
mutação", diz o especialista.
Em um pai de 29 anos - a média de
idade com a qual os homens têm filhos nos países ocidentais - acontecem
cerca de 300 divisões celulares entre o esperma que lhe deu a vida e o
que fornecerá para sua descendência. No caso de um pai de 50 anos, no
entanto, as divisões superam mil. No Ocidente, os pais começam a
procriar tarde e param muito cedo.
Por outro lado, segundo o jornal
"The Daily Telegraph", metade dos pais em Camarões têm mais de 50 anos,
enquanto este índice é de 20% no Paquistão e de 5% na França. "De forma
imprevista, diminuímos o ritmo de mutações (no Ocidente) por mudanças
nos padrões reprodutivos", afirmou Jones. O geneticista explica ainda
que a mudança social humana afeta seu futuro genético, sobretudo pelos
padrões de casamento e métodos contraceptivos.
Seleção natural some
Entretanto,
não é apenas a idade que possui impacto negativo na evolução da
espécie, mas também a seleção natural e a mudança genética aleatória.
Com a diminuição da taxa de mortalidade nos indivíduos jovens - nos
países ocidentais, 98% das pessoas sobrevivem até os 20 anos -, a
seleção natural se debilitou. Além disso, as mudanças aleatórias também
diminuíram, o que faz com que humanos sejam 10 mil vezes mais parecidos
entre si do que deveriam ser normalmente com as regras do reino animal.
A
agricultura permitiu a superpopulação do planeta - sem ela, não haveria
nem meio milhão de pessoas no planeta -, o que faz com que não haja
populações isoladas e todas estejam conectadas. O isolamento permite
que as mudanças aconteçam através das gerações, devido à pouca
influência do mundo exterior, mas a mistura conduz à uniformidade.
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Pesquisador vê falta de mutações causadas por idades paternas.
Seleção natural também estaria enfraquecendo na nossa espécie.
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DNA
A
evolução humana está próxima de seu fim por causa do decrescente número
de mutações no DNA dos progenitores, o que está transformando a espécie
em uma "massa uniforme", declarou o geneticista Steve Jones, do
University College de Londres. O jornal britânico "The Times" publica
nesta terça (7) as conclusões desse pesquisador, que destaca
principalmente o dano que a falta de pais de idade avançada está
causando para a evolução humana.
Jones afirma que as mutações no
esperma são mais suscetíveis na medida em que a idade do homem aumenta,
especialmente a partir dos 35 anos. Embora contaminações química e
radioativa possam alterar o material genético, um dos fatores mais
importantes para que as mutações aconteçam é a idade avançada dos
homens, já que a divisão celular aumenta com o passar dos anos. "Cada
vez que há uma divisão celular, há uma oportunidade de erro, de
mutação", diz o especialista.
Em um pai de 29 anos - a média de
idade com a qual os homens têm filhos nos países ocidentais - acontecem
cerca de 300 divisões celulares entre o esperma que lhe deu a vida e o
que fornecerá para sua descendência. No caso de um pai de 50 anos, no
entanto, as divisões superam mil. No Ocidente, os pais começam a
procriar tarde e param muito cedo.
Por outro lado, segundo o jornal
"The Daily Telegraph", metade dos pais em Camarões têm mais de 50 anos,
enquanto este índice é de 20% no Paquistão e de 5% na França. "De forma
imprevista, diminuímos o ritmo de mutações (no Ocidente) por mudanças
nos padrões reprodutivos", afirmou Jones. O geneticista explica ainda
que a mudança social humana afeta seu futuro genético, sobretudo pelos
padrões de casamento e métodos contraceptivos.
Seleção natural some
Entretanto,
não é apenas a idade que possui impacto negativo na evolução da
espécie, mas também a seleção natural e a mudança genética aleatória.
Com a diminuição da taxa de mortalidade nos indivíduos jovens - nos
países ocidentais, 98% das pessoas sobrevivem até os 20 anos -, a
seleção natural se debilitou. Além disso, as mudanças aleatórias também
diminuíram, o que faz com que humanos sejam 10 mil vezes mais parecidos
entre si do que deveriam ser normalmente com as regras do reino animal.
A
agricultura permitiu a superpopulação do planeta - sem ela, não haveria
nem meio milhão de pessoas no planeta -, o que faz com que não haja
populações isoladas e todas estejam conectadas. O isolamento permite
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influência do mundo exterior, mas a mistura conduz à uniformidade.
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