Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Alemanha consagra um novo tetra e o maior artilheiro dos mundiais

Ir para baixo

Alemanha consagra um novo tetra e o maior artilheiro dos mundiais  Empty Alemanha consagra um novo tetra e o maior artilheiro dos mundiais

Mensagem por Hi-Tech 28/06/10, 05:53 pm

A Copa do Mundo retornou à Alemanha em 2006. Mas diferente do que ocorreu em 1974, desta vez o mundial ocorreria em uma Alemanha unificada, com jogos programados para os dois lados do país. A organização seguiu o impecável padrão alemão. Os estádios escolhidos para acolher os jogos estavam entre os mais belos e modernos do mundo. Fanática e vibrante, a torcida exibia ao mundo uma pouco conhecida face de uma Alemanha quase sempre austera.

As novidades do mundial completaram o festivo cenário. Da África, estrearam em Copas as seleções de Angola, país em reconstrução e que podia se orgulhar de entrar no mapa-mundi da bola, Gana, Togo e Costa do Marfim, que levaram para a Alemanha legiões de multicoloridos e animados torcedores. A Concacaf enviou para a competição a equipe de Trinidad & Tobago, que retornou ao Caribe sem deixar saudades.

A geopolítica foi a responsável por três outras estreias. Herdeira da maior fatia da antiga Tchecoslováquia, a República Tcheca finalmente disputaria um mundial. Frações da extinta Iugoslávia, Sérvia e Montenegro chegaram à Alemanha com insuperáveis divergências internas e colecionaram sucessivos vexames. Mais bem-sucedida, a Ucrânia, parte do espólio soviético, avançou até as quartas.

Quarteto Mágico

Nos dois anos que antecederam o mundial, o Brasil colecionou vitórias. Ganhou a Copa América, a Copa das Confederações e liderou sem contestação o ranking da Fifa. Técnico campeão em 1994 com um esquema de jogo que privilegiava a forte marcação, Carlos Alberto Parreira agora comandava uma equipe que se destacava pela força ofensiva do "quarteto mágico", formado por Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Adriano e Ronaldo Fenômeno. Mas à medida que os jogos da Copa aconteciam, ficava claro que a magia do quarteto se perdeu no tempo.

O Brasil venceu sem brilho os quatro primeiros jogos, até mais uma vez parar na França, a velha algoz dos mundiais de 1986 e 98. A euforia dos meses anteriores, reforçada na festiva fase preparatória realizada na cidade suíça de Weggis, desconcentraram o grupo de jogadores, muitos dos quais em má forma física.

No jogo fatal diante da França, o Brasil jogava mal e se curvava ao talento de Zidane. O golpe decisivo partiu de um cruzamento para a área brasileira, que encontrou o atacante Thierry Henry desmarcado para assinalar o único gol do jogo. Para muitos, o vilão da jogada foi o lateral Roberto Carlos, que estava arrumando a meia na chuteira no momento em que a bola foi alçada. Injustiça, já que toda a equipe atuou muito mal, o que frustrou o sonho do hexa.

A cabeçada na despedida

A Itália manteve a tradição em Copas do Mundo. Passou sem brilho pela primeira fase e levou um susto nas oitavas, contra a pouco conhecida seleção da Austrália, que chegou ao mundial ao vencer o Uruguai na repescagem. Favorita, a Azzurra atuou parte do tempo com um jogador a menos.

Quando a partida se encaminhava para o que poderia se converter em uma dramática prorrogação, os italianos foram beneficiados pela marcação de um pênalti muito contestado já nos acréscimos do jogo e, assim, ganharam de 1x0. Com a vitória, a equipe embalou. Eliminou fácil a Ucrânia e, numa primorosa prorrogação, tirou da disputa os anfitriões.

Faltava apenas a França, que após superar o Brasil derrotou a surpreendente seleção portuguesa, dirigida por Luiz Felipe Scolari. A final reuniu muitos jogadores da Juventus de Turim, clube italiano que acabava de ser denunciado por envolvimento em um esquema de manipulação de resultados. Condenado, foi rebaixado à série B da Itália. Mas o escândalo não respingou em Trezeguet, Buffon, Vieira, Thuram, Camoranesi, Zambrotta, Del Piero e Cannavarro, todos, afinal, em campo na decisão.

O placar do jogo era de 1x1 e tudo levava a crer que mais uma final de Copas com a participação da Itália seria resolvida nos pênalti. Mas cinco minutos antes que tal suspeita se confirmasse, o craque Zidane protagonizou seu último ato como jogador de futebol. Ofendido pelo truculento zagueiro italiano Materazzi, desferiu-lhe uma violenta cabeçada. O lance marcou a despedida dos gramados do maior jogador que a França revelou ao mundo. Nos pênaltis, a Itália celebrou o tetra e manteve uma curiosa tradição. De 1970 para cá, a cada 12 anos a Azzurra disputa uma final de Copa!

Recuperação fundamental

Nas eliminatórias europeias, a França correu sério risco de não se classificar. Para se livrar da ameaça, recorreu a Zidane. Longe das condições físicas ideais, o craque cumpria o final do contrato com o Real Madrid e mantinha um exílio voluntário da seleção. Retornou ainda a tempo de garantir o país na Copa. No primeiro semestre, sofreu com diversas lesões. Iniciou com os Bleus o mundial e teve atuações discretas na primeira fase. Mas contra Espanha, Brasil, Portugal e na final, o craque voltou a exibir o futebol refinado que fez dele um dos maiores da história pós-Pelé.

Fenômeno de gols

Logo aos 5 minutos do jogo contra Gana, partida válida pela fase de quartas de final, Ronaldo inaugurou o placar. E não se tratou de um gol qualquer. Foi simplesmente o 15º gol marcado pelo Fenômeno em Copas, o que fez dele o maior artilheiro da história dos mundiais.

Severamente criticado por ter descuidado da forma física e se apresentado à seleção muito acima do peso ideal, o atacante foi uma pífia figura na estreia contra a Croácia e no jogo seguinte diante da Austrália. Marcou duas vezes contra o Japão, fez o histórico gol na equipe de Gana, mas como toda a seleção falhou na derrota para a França.

No jogo que eliminou o Brasil, foi mais lembrado pelo "chapéu" que levou de Zidane do que por dois lances individuais executados no final da partida, que por pouco não salvaram a seleção da desclassificação.

Brasileiros na Copa

Goleiros: Dida (Milan-ITA), Rogério Ceni (São Paulo) e Júlio Cesar (Internazionale Milano-ITA)
Atacantes: Adriano (Internazionale Milano-ITA), Ronaldo (Real Madrid-ESP), Ronaldiho Gaúcho (Barcelona-ESP), Fred (Plympique Lyonnais-FRA), Robinho (Real Madrid-ESP)
Zagueiros: Cafu (Milan-ITA), Lúcio (Bayern Müchen-ALE), Juan (Bayer Lerkusen-ALE), Roberto Carlos (Real Madrid-ESP), Cicinho (Real Madrid-ESP), Luisão (Lisboa e Benfica-PORT), Cris (Olympique Lyonnais-FRA), Gilberto (Hertha BSC Berlim-ALE)
Meia: Emerson (Juventus-Juventus-ITA), Kaká (Milan-ITA), Zé Roberto (Bayern Müchen-ALE), Gilberto Silva (Arsenal-ING), Mineiro (São Paulo), Juninho Pernambucano (Olympique Lyonnais-FRA), Ricardinho (Corinthians)
Técnico: Carlos Alberto Gomes Parreira

Fonte: BN
Hi-Tech
Hi-Tech
Utilizador do Fórum

Sexo : Masculino
Idade : 28
Número de Mensagens : 3796
Minha Frase : Seja Bem-Vindo ao fórum Hi-Tech!
Barra de respeito as regras: : Alemanha consagra um novo tetra e o maior artilheiro dos mundiais  100

https://www.youtube.com/hitechuniverso

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos