Limpadores de latrinas lutam por fim de remoção manual de fezes na Índia
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Limpadores de latrinas lutam por fim de remoção manual de fezes na Índia
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Centenas de limpadores de latrinas na Índia estão se concentrando na capital do país, Nova Déli, para exigir que o governo se desculpe por séculos de discriminação contra a comunidade.
Integrantes da casta Dalit exigem fim da limpeza manual de privadas
Centenas de limpadores de latrinas na Índia estão se concentrando na capital do país, Nova Déli, para exigir que o governo se desculpe por séculos de discriminação contra a comunidade.
Eles começaram a marchar há um mês, cruzando o país para divulgar suas reivindicações e conscientizar o público sobre sua situação.
Retirar manualmente excrementos humanos de latrinas ou privadas que não possuem descarga automática é uma prática feita há séculos na Índia.
'Os intocáveis'
Esse tipo de trabalho é feito em grande parte pelos Dalits, conhecidos anteriormente como "os intocáveis", a casta mais inferior da sociedade segundo o hinduísmo, principal religião do país.
Por um salário médio de menos de US$ 4 por mês, esses trabalhadores vão de casa em casa, todas as manhãs, para coletar os excrementos dos moradores.
"Estamos exigindo que o Estado se desculpe diante de toda a comunidade", disse o líder da associação dos limpadores de latrinas, Bezwada Wilson, ao correspondente da BBC em Nova Déli, Rajesh Joshi.
Embora a limpeza manual de excrementos seja proibida por lei na Índia, alguns setores do governo, como o departamento responsável pelas ferrovias do país, continuam a empregar esses trabalhadores.
No caso do setor ferroviário, os limpadores são contratados para coletar os excrementos dos trilhos, já que a maioria dos trens possui privadas abertas.
300 mil limpadores
Segundo dados do governo, existem hoje mais de 300 mil limpadores de latrinas na Índia, mas de acordo com outras estimativas, o número real ultrapassaria 1 milhão.
Os organizadores do protesto querem que a prática seja completamente erradicada pelo governo e que os limpadores sejam reabilitados profissionalmente.
Wilson disse à BBC que os trabalhadores vão dar início a um protesto nacional no mês de novembro, caso o governo não atenda as suas exigências.
Fonte: BBC
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