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Tudo sobre O aquecimento global , Causas , Modelos climáticos, Efeitos!

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Mensagem por Hi-Tech 28/11/08, 05:55 pm

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O Aquecimento globa
l
é um fenômeno climático de larga extensão—um aumento da temperatura
média superficial global que vem acontecendo nos últimos 150 anos.
Entretanto, o significado deste aumento de temperatura ainda é objecto
de muitos debates entre os cientistas. Causas naturais ou
antropogênicas (provocadas pelo homem) têm sido propostas para explicar
o fenômeno.
Grande parte da comunidade científica acredita que o aumento de
concentração de poluentes antropogênicos na atmosfera é causa do efeito
estufa. A Terra recebe radiação emitida pelo Sol e devolve grande parte
dela para o espaço através de radiação de calor. Os poluentes
atmosféricos estão retendo uma parte dessa radiação que seria refletida
para o espaço, em condições normais. Essa parte retida causa um
importante aumento do aquecimento global.
A principal evidência do aquecimento global vem das medidas de
temperatura de estações metereológicas em todo o globo desde 1860. Os
dados com a correção dos efeitos de “ilhas urbanas” mostra que o
aumento médio da temperatura foi de 0.6+-0.2 C durante o século XX. Os
maiores aumentos foram em dois períodos: 1910 a 1945 e 1976 a 2000.
(fonte IPCC).
Evidências secundárias são obtidas através da observação das
variações da cobertura de neve das montanhas e de áreas geladas, do
aumento do nível global dos mares, do aumento das precipitações, da
cobertura de nuvens, do El Niño e outros eventos extremos de mau tempo
durante o século XX.
Por exemplo, dados de satélite mostram uma diminuição de 10% na área
que é coberta por neve desde os anos 60. A área da cobertura de gelo no
hemisfério norte na primavera e verão também diminuiu em cerca de 10% a
15% desde 1950 e houve retração das montanhas geladas em regiões não
polares durante todo o século XX.(Fonte: IPCC).

Causas

Mudanças climáticas ocorrem devido a factores internos e externos.
Factores internos são aqueles associados à complexidade derivada do
facto dos sistemas climáticos serem sistemas caóticos não lineares.
Fatores externos podem ser naturais ou antropogênicos.
O principal factor externo natural é a variabilidade da radiação
solar, que depende dos ciclos solares e do facto de que a temperatura
interna do sol vem aumentando. Fatores antropogênicos são aqueles da
influência humana levando ao efeito estufa, o principal dos quais é a
emissão de sulfatos que sobem até a estratosfera causando depleção da
camada de ozônio (fonte:IPCC)
Cientistas concordam que factores internos e externos naturais podem
ocasionar mudanças climáticas significativas. No último milénio dois
importantes períodos de variação de temperatura ocorreram: um período
quente conhecido como Período Medieval Quente e um frio conhecido como
Pequena Idade do Gelo. A variação de temperatura desses períodos tem
magnitude similar ao do atual aquecimento e acredita-se terem sido
causados por fatores internos e externos somente. A Pequena Idade do
Gelo é atribuída à redução da atividade solar e alguns cientistas
concordam que o aquecimento terrestre observado desde 1860 é uma
reversão natural da Pequena Idade do Gelo ( Fonte: The Skeptical
Environmentalist).
Entretanto grandes quantidades de gases tem sido emitidos para a
atmosfera desde que começou a revolução industrial, a partir de 1750 as
emissões de dióxido de carbono aumentaram 31%, metano 151%, óxido de
nitrogênio 17% e ozônio troposférico 36% (Fonte IPCC).
A maior parte destes gases são produzidos pela queima de
combustíveis fósseis. Os cientistas pensam que a redução das áreas de
florestas tropicais tem contribuído, assim como as florestas antigas,
para o aumento do carbono. No entanto florestas novas nos Estados
Unidos e na Rússia contribuem para absorver dióxido de carbono e desde
1990 a quantidade de carbono absorvido é maior que a quantidade
liberada no desflorestamento. Nem todo dióxido de carbono emitido para
a atmosfera se acumula nela, metade é absorvido pelos mares e florestas.
A real importância de cada causa proposta pode somente ser
estabelecida pela quantificação exacta de cada factor envolvido.
Factores internos e externos podem ser quantificados pela análise de
simulações baseadas nos melhores modelos climáticos.
A influência de fatores externos pode ser comparada usando conceitos
de força radiotiva. Uma força radiotiva positiva esquenta o planeta e
uma negativa o esfria. Emissões antropogênicas de gases, depleção do
ozônio estratosférico e radiação solar tem força radioativa positiva e
aerosóis tem o seu uso como força radiotiva negativa.(fonte IPCC).

Modelos climáticos

Simulações climáticas mostram que o aquecimento ocorrido de 1910 até
1945 podem ser explicado somente por forças internas e naturais
(variação da radiação solar) mas o aquecimento ocorrido de 1976 a 2000
necessita da emissão de gases antropogênicos causadores do efeito
estufa para ser explicado. A maioria da comunidade científica está
actualmente convencida de que uma proporção significativa do
aquecimento global observado é causado pela emissão de gases causadores
do efeito estufa emitidos pela actividade humana. (Fonte IPC)
Esta conclusão depende da exactidão dos modelos usados e da
estimativa correcta dos factores externos. A maioria dos cientistas
concorda que importantes características climáticas estejam sendo
incorrectamente incorporadas nos modelos climáticos, mas eles também
pensam que modelos melhores não mudariam a conclusão. (Source: IPCC)
Os críticos dizem que há falhas nos modelos e que factores externos
não levados em consideração poderiam alterar as conclusões acima. Os
críticos dizem que simulações climáticas são incapazes de modelar os
efeitos resfriadores das partículas, ajustar a retroalimentação do
vapor de água e levar em conta o papel das nuvens. Críticos também
mostram que o Sol pode ter uma maior cota de responsabilidade no
aquecimento global actualmente observado do que o aceite pela maioria
da comunidade científica. Alguns efeitos solares indirectos podem ser
muito importantes e não são levados em conta pelos modelos. Assim, a
parte do aquecimento global causado pela acção humana poderia ser menor
do que se pensa actualmente. (Fonte: The Skeptical Environmentalist)

Efeitos

Devido aos efeitos potenciais sobre a saúde humana, economia e meio
ambiente o aquecimento global tem sido fonte de grande preocupação.
Algumas importantes mudanças ambientais tem sido observadas e foram
ligadas ao aquecimento global. Os exemplos de evidências secundárias
citadas abaixo (diminuição da cobertura de gelo, aumento do nível do
mar, mudanças dos padrões climáticos) são exemplos das consequências do
aquecimento global que podem influenciar não somente as actividades
humanas mas também os ecosistemas. Aumento da temperatura global
permite que um ecosistema mude; algumas espécies podem ser forçadas a
sair dos seus habitats (possibilidade de extinção) devido a mudanças
nas condições enquanto outras podem espalhar-se, invadindo outros
ecossistemas.
Entretanto, o aquecimento global também pode ter efeitos positivos,
uma vez que aumentos de temperaturas e aumento de concentrações de CO2
podem aprimorar a produtividade do ecosistema. Observações de satélites
mostram que a produtividade do hemisfério Norte aumentou desde 1982.
Por outro lado é fato de que o total da quantidade de biomassa
produzida não é necessáriamente muito boa, uma vez que a biodiversidade
pode no silêncio diminuir ainda mais um pequeno número de espécie que
esteja florescendo.
Uma outra causa grande preocupação é o aumento do nível do mar. O
nível dos mares está aumentando em 0.01 a 0.02 metros por década e em
alguns países insulares no Oceano Pacífico são expressivamente
preocupantes, porque cedo eles estarão debaixo de água. O aquecimento
global provoca subida dos mares principalmente por causa da expansão
térmica da água dos oceanos, mas alguns cientistas estão preocupados
que no futuro, a camada de gelo polar e os glaciares derretam. Em
consequência haverá aumento do nível, em muitos metros. No momento, os
cientistas não esperam um maior derretimento nos próximos 100 anos.
(Fontes: IPCC para os dados e as publicações da grande imprensa para as
percepções gerais de que as mudanças climáticas).
Como o clima fica mais quente, a evaporação aumenta. Isto provoca
pesados aguaceiros e mais erosão. Muitas pessoas pensam que isto poderá
causar resultados mais extremos no clima como progressivo aquecimento
global.
O aquecimento global também pode apresentar efeitos menos óbvios. A
Corrente do Atlântico Norte,por exemplo, provocada por diferenças entre
a temperatura entre os mares. Aparentemente ela está diminuindo
conforme as médias da temperatura global aumentam, isso significa que
áreas como a Escandinávia e a Inglaterra que são aquecidas pela
corrente devem apresentar climas mais frios a despeito do aumento do
calor global.
Painel Intergovernamental sobre as Mudanças do Clima (IPCC)
Como este é um tema de grande importância, os govenos precisam de
previsões de tendências futuras das mudanças globais de forma que
possam tomar decisões políticas que evitem impactos indesejáveis. O
aquecimento global está sendo estudado pelo Intergovernmental Panel on
Climate Change (IPCC). O último relatório do IPCC faz algumas previsões
a respeito das mudanças climáticas. Tais previsões são a base para os
actuais debates políticos e científicos.
As previsões do IPCC baseiam-se nos mesmos modelos utilizados para
estabelecer a importância de diferentes factores no aquecimento global.
Tais modelos alimentam-se dos dados sobre emissões antropogênicas dos
gases causadores de efeito estufa e de aerosóis, gerados a partir de 35
cenários distintos, que variam entre pessimistas e optimistas. As
previsões do aquecimento global dependem do tipo de cenário levado em
consideração, nenhum dos quais leva em consideração qualquer medida
para evitar o aquecimento global.
O último relatório do IPCC projecta um aumento médio de temperatura
superficial do planeta entre 1,4 e 5,8º C entre 1990 a 2100. O nível do
mar deve subir de 0,1 a 0,9 metros nesse mesmo período.
Apesar das previsões do IPCC serem consideradas as melhores
disponíveis, elas são o centro de uma grande controvérsia científica. O
IPCC admite a necessidade do desenvolvimento de melhores modelos
analíticos e compreensão científica dos fenômenos climáticos, assim
como a existência de incertezas no campo. Críticos apontam para o facto
de que os dados disponíveis não são suficientes para determinar a
importância real dos gases causadores do efeito estufa nas mudanças
climáticas. A sensibilidade do clima aos gases estufa estaria sendo
sobrestimada enquanto fatores externos subestimados.
Por outro lado, o IPCC não atribui qualquer probabilidade aos
cenários em que suas previsões são baseadas. Segundo os críticos isso
leva a distorções dos resultados finais, pois os cenários que predizem
maiores impactos seriam menos passíveis de concretização por
contradizerem as bases do racionalismo económico.

Convenção-Quadro Sobre Mudanças Climáticas e o Protocolo de Kioto

Mesmo havendo dúvidas sobre sua importância e causas, o aquecimento
global é percebido pelo grande público e por diversos líderes políticos
como uma ameaça potencial. Por se tratar de um cenário semelhante ao da
tragédia dos comuns, apenas acordos internacionais seriam capazes de
propôr uma política de redução nas emissões de gases estufa que, de
outra forma, os países evitariam implementar de forma unilateral. Do
Protocolo de Kioto a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças
Climáticas foram ratificadas por todos os países industrializados que
concordaram em reduzir suas emissões abaixo do nível registrado em
1990. Ficou acertado que os países em desenvolvimento ficariam isentos
do acordo. Contudo, President Bush, presidente dos os Estados Unidos —
país responsável por cerca de um terço das emissões mundiais, decidiu
manter o seu país fora do acordo. Essa decisão provocou uma acalorada
controvérsia ao redor do mundo, com profundas ramificações políticas e
ideológicas.
Para avaliar a eficácia do Protocolo de Kioto, é necessário comparar
o aquecimento global com e sem o acordo. Diversos autores independentes
concordam que o impacto do protocolo no fenômeno é pequeno (uma redução
de 0,15 num aquecimento de 2ºC em 2100). Mesmo alguns defensores de
Kioto concordam que seu impacto é reduzido, mas o vêem como um primeiro
passo com mais significado político que prático, para futuras reduções.
No momento, é necessária uma analise feita pelo IPCC para resolver essa
questão.
O Protocolo de Kioto também pode ser avaliado comparando-se ganhos e
custos. Diferentes análises econômicas mostram que o Protocolo de Kioto
pode ser mais dispendioso do que o aquecimento global que procura
evitar. Contudo, os defensores da proposta argumentam que enquanto os
cortes iniciais dos gases estufa têm pouco impacto, eles criam um
precedente para cortes maiores no futuro.
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